A cidade de Marília parece viver uma saga maldita de destruição dos veículos de comunicação, em especial no setor da radiodifusão. Após o fechamento da CMN ( Central Marília Noticias ) em agosto de 2016, quando a PF ( Policia Federal ) lacrou as rádios Diário FM e a Dirceu FM, pertencentes ao grupo de comunicação, mais uma emissora começa a viver um drama pela sobrevivência.

Trata-se da Rádio Clube de Vera Cruz que se identifica com o nome fantasia de Radio 950 de Marília. Na realidade, a emissora possui a concessão para a cidade de Vera Cruz, mas, opera com seus estúdios em Marília e, com o parque de transmissões ( torre ) na cidade vizinha.

Já há uma semana fora do ar, fortes rumores de seu fechamento acabaram por pulverizar nas redes sociais e nas rodinhas de conversa do centro da cidade. Se por um lado funcionários anunciavam troca de transmissores e investimentos na digitalização, por um outro, cópias de processos na justiça acabavam por trazer a verdade a tona, o seja; mais um embrolho nos tribunais que, por questões politicas podem decretar o fim de mais esta emissora de rádio.

ENTENDENDO O CASO – PARTE 1 – PEDIDO DE FALÊNCIA


Um processo movido pela cidadã Cássia Regina Penteado Serrano, pede uma indenização hoje atualizada de R$ 232.376,00 por danos morais, fruto de condenação da rádio em maio de 2018, que já transitou em julgado e portanto não cabe mais recurso. Esta Ação judicial tramita pela 3ª Vara Cível do Fórum de Marília e pede a falência da Rádio 950 AM, de seus empresários, sociedades empresariais, microempresas e empresas de pequeno porte.

A petição vem assinada pelo advogado Telêmaco Luiz Fernandes Jr, e com data dia 12 de junho último, relatando que a emissora foi condenada a indenizar a cliente dele em 100 salários mínimos e ao pagamento dos honorários advocatícios, fixados em 10% desse valor, mas que ainda não o fez.

Quando foi intimada a indicar bens à penhora a emissora através de seus representantes acabou por apresentar bens de terceiro, mas, que já havia sofrido várias constrições judiciais. Este fato foi publicado recentemente com o anuncio do leilão judicial por outras dívidas contraídas que acabou com o martelo batido para a venda. Pasmem !!! A ação de indenização é do ano de 2007.

Ante toda essa situação, o advogado pede a falência da rádio e seus empresários, solicitando que o representante legal Wilson Matos apresente contestação e o decreto de falência em 10 dias; caso queira depositar a indenização para evitar a falência, que o faça acrescida de correção monetária, juros, custas processuais e honorários. Os fatos que deram origem à indenização teriam ocorrido em 2006, em programa da rádio onde Cássia teria sido ofendida e caluniada.

Diante do impasse, o advogado pediu então a falência da rádio e seus empresários, solicitando que o representante legal Wilson Matos apresente contestação e o decreto de falência em 10 dias; caso queira depositar a indenização para evitar a falência, que o faça acrescida de correção monetária, juros, custas processuais e honorários.

Esta ação conota mais uma vez a maléfica atuação da politicalha de Marília que, na sede pelo poder não mede limites nem consequências para atingir os seus objetivos. Afinal, os fatos que deram origem ao pedido de indenização teriam ocorrido no ano de 2006, em um programa da rádio onde a vítima Cássia Penteado teria sido ofendida e caluniada, uma característica comum utilizada para denegrir os desafetos do grupo ligado a referida emissora 950.

ENTENDENDO O CASO – PARTE 2 – ORDEM DE DESPEJO

No site do Tribunal de Justiça, é possível visualizar uma ação de despejo
(nº 1014362-98.2018.8.26.0344) em tramitação na 5ª Vara Cível do Fórum de Marília contra a emissora e que teve sua última movimentação na 4ª feira (26) quando a Juíza Ângela Martinez Heinrich concedeu à ré (Rádio Clube de Vera Cruz – 950 AM) a prorrogação de prazo até dia 30, portanto no último domingo, para remoção da torre, transmissores e demais pertences da área atual, “sem acompanhamento do Oficial de Justiça”.

Ainda segundo a determinação da Juíza, Passada essa data, “com ou sem a retirada da torre e dos pertences, determino a expedição do mandado de despejo coercitivo (ou seja, com acompanhamento)”, determinou a juíza. Por esta razão, a emissora está fora do ar desde a última segunda feira ( 24 ) e funcionando de modo precário, apenas via internet.

Funcionários e pessoas ligadas a emissora chegaram a declarar e pulverizar a informação a seus clientes e pessoas mais próximas que a área onde fica a torre e transmissores da rádio, no distrito de Lácio, Zona Sul, “foi negociada” e a estrutura precisou ser transferida de local. No entanto, o documento da justiça mostra outra a realidade e a verdade de que, o parque transmissor vai voltar para a divisa entre os municípios de Marília e Vera Cruz, às margens da SP 294, onde funcionava anteriormente.

ENTENDENDO O CASO – PARTE 3 – FUNCIONÁRIOS DA CMN

Para dar a justificativa do titulo desta matéria ( A SAGA CONTINUA ) se faz necessário citarmos também o caso da CMN ( Central Marília Noticias ) que, como citamos no inicio, em operação da PF ( Policia Federal ) acabou por lacrar as emissoras Diário F.M e Dirceu A.M.

Ocorre que, os funcionários da época ficaram sem receber seus direitos trabalhistas e após ações e tratativas de acordo os mesmos até hoje estão a ver navios. Recentemente um deles chegou a informar em outra emissora local a ação do sindicato dos radialistas no caso com objetivo de se conseguir o sequestro ou penhora dos bens dos supostos proprietários e, que até hoje ainda é uma incógnita na cidade, pelo menos no meio jurídico.

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