Demorou, mas, finalmente os órgãos competentes tomaram uma medida contra um verdadeiro leso ao consumidor que ocorria diariamente em um posto localizado na Avenida Tiradentes sem qualquer providência. Na manhã desta quarta feira ( 10), o Posto Marília Flex, foi lacrado de forma definitiva.

A lacração ocorreu em uma ação envolvendo policiais, Fiscalização da Fazenda Estadual e do Procon, e, ocorreu após mais de um ano de denúncias e flagrantes de venda de combustível adulterado e uso indevido da bandeira da Petrobrás na fachada do estabelecimento.

Após inúmeras reclamações, inclusive diretamente à redação do JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA, Fiscais da Fazenda Estadual que estiveram no estabelecimento recolheram amostras de combustíveis das bombas para análises da qualidade dos produtos, em laboratórios de Campinas. Os testes comprovaram a má qualidade dos combustíveis, justificando a lacração. Pelo que foi apurado, o posto estava vendendo metanol, um produto cuja comercialização é proibida.

RELEMBRANDO OS FATOS.

Passados exatamente 12 meses, ou seja, em fevereiro de 2020, fiscais do Ipem encontraram no local um dispositivo, com um painel de comando e um sistema de mangueiras, além de lacres rompidos. A central ficava instalada no setor de lubrificação do posto.

A famosa “gambiarra” teria função de alterar a composição dos combustíveis vendidos. Na época, o Instituto lacrou nove das 12 bombas do estabelecimento. No entanto, tempos depois, elas voltaram a funcionar e da mesma forma as reclamações e denúncias de consumidores prejudicados por este posto voltou a acontecer. Motoristas “desavisados” eram atraídos pelo desconto oferecido que chegava até R$ 0,20 por litro.

Na época, o posto já havia sido notificado pelo Procon para retirar as publicidades e características da bandeira divulgada (como cartazes), que poderiam continuar confundindo os consumidores com as cores, faixas e uniformes da Petrobrás, sendo que o posto é “bandeira branca” (sem distribuidora fixa). O gerente do posto foi notificado por propaganda enganosa, mas ignorou as advertências do Procon e o posto continuou funcionando da mesma forma.

Para alicerçar a decisão, também era misturado metanol na gasolina e chegou a ser verificado uma proporção de 63% do combustível proibido em relação ao derivado do petróleo. Foram inúmeros motoristas que reclamavam da qualidade do combustível logo após rodar alguns poucos quilômetros do posto, danificando inclusive alguns motores.

Foram identificados como proprietários do posto, um médico de 58 anos e o irmão dele, de 62, que declaram residência na cidade de Bauru (distante 110 quilômetros de Marília). Eles são investigados por crimes na relação de consumo.

DIRETO DO PLANTÃO POLICIAL

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