A noticia estourou como uma bomba na semana que passou entre os alunos e professores, mas, infelizmente sequer foi mencionada nos meios políticos de Marília e tampouco divulgada para os veículos de imprensa da cidade. A FAMEMA (Faculdade de Medicina de Marília ) dispensou 6 PROFESSORES que prestavam relevantes serviços na formação e qualificação de novos profissionais e anteriormente na supervisão do atendimento a população atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS ).

O fato teria ocorrido no inicio da semana passada e causou uma imensa revolta entre os alunos, professores, funcionários e demais colaboradores. Como um dos poucos a abraçar a causa da instituição desde o inicio, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) na sessão da última sexta feira (3), fez uma ampla defesa no plenário da Alesp ( Assembleia Legislativo do Estado de São Paulo ) e além de denunciar o ocorrido manifestando a sua indignação e preocupação com o futuro da entidade, solicitou mais uma vez a estadualização da FAMEMA de FORMA EFETIVA para viabilizar a canalização de recursos e investimentos. Confira no vídeo que encabeça esta matéria.

O deputado lembrou que em 2006 a ALESP aprovado a lei 12.188/2006 justamente para resolver o problema da FAMEMA, incluindo-a em uma das três universidades estaduais, UNESP, UNICAMP ou USP. Em nosso caso com uma forte tendência para a UNESP por já possuir um campo universitário na cidade.

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Segundo o deputado, com a estadualização, a instituição passaria a ter direito a cota parte do ICMS (9,57% que financia as universidades estaduais). Ele citou que pela lei a mesma está estadualizada, mas, na prática nada foi feito e as consequências disto começam a ser sentidas.

Nossa reportagem apurou, que foram demitidos PROFISSIONAIS pós graduados que exerciam a função de professores e até a coordenadoria de todas as residências nos curso de medicina e saúde. O processo na realidade, teria se iniciado em fevereiro, quando a gestão local eliminou dos professores demitidos sem qualquer justificativa, o exercício de uma das funções dos mesmos, justamente a que cuidava do atendimento a população, já preparando o processo que culminou com a demissão assinada na última terça feira ( 30 novembro) .

Outro detalhe importante é que; pelo novo modelo de gestão haverá novas contratações por um suposto processo seletivo de apenas 1 ano de duração com prorrogação por mais um ano, causando assim, um grande prejuízo para os trabalhos de pesquisa científica. O salário seria outro empecilho, pois, estaria estipulado em torno de R$ 3.000 mil reais, inviabilizando o interesse de qualquer profissional altamente qualificado para as funções que assim os requerem.

Embora existam um grande trabalho de marketing realizado com investimentos que chegam de alguns politicos, principalmente em equipamentos, a população não tem o discernimento ou as informações necessárias para saber que o HC FAMEMA é uma autarquia e a FAMEMA é a instituição que forma os profissionais para atender a população. A faculdade vive de emendas parlamentares, pois, não consta no orçamento do estado e ninguém faz nada para reverter o quadro.

Tal informação também foi mencionada pelo deputado Carlos Giannazi, que lembrou do seu trabalho de longa data com a realização de audiências públicas, ações no ministério público, tribunal de contas e outras para tentar resolver a situação de forma definitiva. Ele mencionou inclusive a existência da FUMES e da FAMAR, duas fundações que inclusive causam uma grande confusão na administração. Basta lembrar do recente imbróglio jurídico.

Ele lembrou a falta de concurso públicos e relatou que estará convocando o diretor da FAMEMA, pedindo que haja de forma emergencial a recontratação destes profissionais para não se comprometer a qualidade de ensino dos alunos e o atendimento a população. Vale recordar que a instituição não possui sequer sede própria e perdeu recentemente o terreno que havia sido doado pela união na avenida Tiradentes, para construção do prédio que contemplaria também outra áreas.

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Conseguimos também apurar que, um grupo está sendo organizado para tentar impedir mais etapa de um processo que pude culminar a médio/longo prazo com encerramento das atividades da FAMEMA. O grupo é composto por membros do Diretório Acadêmico, Professores, Alunos, funcionários e até integrantes de movimentos sociais.

Segundo uma das lideranças deste movimento, a operação desmonte já pôde ser sentida no curso de enfermagem quando 20 vagas não foram preenchidas, conotando já um processo natural de eliminação de matérias e cursos. Dentro de nossa conduta sempre imparcial, enviamos a pauta do ocorrido para assessoria de imprensa, objetivando claro, o seu legitimo direito de se manifestar sobre o assunto e, até para que possamos novamente a debater sobre tão importante pauta para a coletividade dos 62 municípios contemplados pelo atendimento do complexo.

A pergunta que se faz é; aonde estão os políticos dos discursos eloquentes e inflamados, principalmente em período eleitoral que até agora nada realizaram na raiz do problema, que é justamente a EFETIVA ESTADUALIZAÇÃO DA FAMEMA ?

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