Levantamento da FGV, contratado pela Abramat, estima que este é o melhor resultado da década para o setor

Um levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), contratado pela Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção (Abramat) e divulgado nesta quinta-feira (8), estima que o ano de 2021 será o melhor da década, em termos de faturamento deflacionado, para o setor de materiais de construção.

A partir dos resultados do primeiro semestre deste ano e contemplando expectativas para os próximos meses, a associação revisou sua projeção feita em janeiro, de 4% avanço para o ano de 2021, indicando agora uma estimativa de crescimento de 8%, o que ultrapassaria os R$ 200 bilhões. A alta acumulada no primeiro semestre foi de 24,4%.

Nessa linha, o relatório pondera que as margens de crescimento tendem a diminuir ao longo do ano porque a base de comparação vai se normalizando. Vale lembrar que nos primeiros meses de 2020, com o primeiro impacto da pandemia do novo coronavírus, a economia do país se fechou de forma mais contundente.

Nos últimos meses, o número de lançamentos imobiliários voltou a aumentar no país e, segundo a indústria, reformas e construções por parte de pessoas físicas também ajudaram a normalizar a atividade do setor.

Olhando somente para o mês de junho, o Índice Abramat aponta queda de 0,7% no faturamento deflacionado do setor em relação a maio. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior,  aponta para uma alta de 13,1% no faturamento deflacionado do setor. 

Dividindo setorialmente, estima-se que o faturamento deflacionado dos materiais básicos registrou alta de 12,9%, enquanto os materiais de acabamento alcançaram alta de de 13,5% em relação a junho de 2020. Ambos recuaram em relação a maio.

“Revisamos a projeção de crescimento do setor no ano após o fechamento dos resultados do primeiro semestre. A partir da metodologia utilizada pela FGV-IBRE, a nova previsão é de um número extremamente positivo, ainda mais se considerarmos todo o contexto atual e o conturbado ano de 2020″, diz Rodrigo Navarro, presidente da associação.

“Temos muito a avançar nas reformas estruturantes, na retomada do investimento em infraestrutura, geração de empregos e melhoria do ambiente de negócios. Todos esses pontos são importantes para a manutenção do crescimento sustentável da indústria de materiais de construção.”

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.