Se você imaginou que ações de invasões ocorriam apenas com integrantes do MST, está completamente enganado (a). Apesar de já existirem outras “ocupações irregulares” a margem dos trilhos da linha férrea no distrito de Padre Nóbrega (20 famílias) e até mesmo na área central ( novo camelódromo).

O que se esperava do gestor da cidade é que, pelo menos, ele não incentivasse outras ações e, principalmente fosse o primeiro a dar o exemplo. Pelo menos era que se esperava, mas, não foi isso que aconteceu.

Quem passar à partir deste final de semana pela avenida Nelson Spielman, próximo a passagem de nível existente justamente na parte traseira da Casa Sol Materiais para construção, acabará se deparando com um cenário diferente. No lugar da passagem da linha férrea foi construído um belo estacionamento, muito bem decorado e, até cercado com alambrado para maior segurança dos clientes da referida loja.

Tudo aparentemente normal, porém, não é isso que se configura, pois, como já citamos, a área é federal embora abandonada já há mais de 10 anos, mas, mesmo assim, impedida legalmente de ser utilizada. Fato é que, enquanto o trem não vem, dá-lhe ocupação bem a moda MST, ou como queiram, uma verdadeira invasão. Isto é fato, a loja invadiu irregularmente uma área para a construção de um estacionamento para seus clientes.

O mérito da matéria e denúncia, partiu do conceituado jornalista Rodrigo Víudes, comentarista politico da Radio Clube de Marília que comentou o fato na edição da última sexta feira ( 4). A realização da pavimentação asfáltica ficou a cargo da Codemar, empresa de economia mista e, que tem como principal acionista a prefeitura municipal de Marília, cujo o atual prefeito é Daniel Alonso, que ficou conhecido por ser o proprietário da loja que hoje, é comandada pelo seu filho.

Vale salientar que, todo o trabalho realizado e, que segundo a nota chegou ao valor de R$ 20 mil reais, foi pago pela própria Casa Sol Materiais para Construção que, acabou concluindo o belo estacionamento com decoração de plantas e como já citamos um alambrado de proteção para a segurança dos clientes. Muito bom…..

A melhoria clandestina ou ocupação irregular pode estar com os dias contados, pois, a Rumo Logística já anunciou a retomada do transporte sobre trilhos nesta região no máximo até 2024 em um contrato válido até 2058. Neste período de tempo, já é possível avistar funcionários da empresa recuperando dormentes e trilhos.

O reporter relatou ter ouvido o atual diretor da Casa Sol que declarou ao mesmo não haver nenhuma irregularidade, pois não havia edificações. Segundo o empresário, o estacionamento seria provisório e poderia ser retirado de um dia para o outro, caso a concessionário venha reivindicar o uso o espaço para a retomada do tráfego de vagões de trem.

No que diz respeito ao alambrado, que acaba proporcionando uma ampliação da área de extensão da loja, o nobre jornalista informou que o empresário teria relatado se tratar de uma medida de segurança para que as pessoas não sofressem acidentes, em função de um muro nas proximidades com risco de desmoronamento.

Se ainda estivesse no comando da loja, o prefeito Daniel Alonso correria um sério risco de ser denunciado pelo crime de improbidade administrativa e, com certeza seria convidado a tomar um cafezinho na justiça federal.

Pelo lado da Rumo Logística, já é procedimento, ao constatar alguma irregularidade ao longo do trecho concedido em contrato, adotar as medidas administrativas de reintegração de posse objetivando a segurança do transporte ferroviário e da própria população.

Sem duvida, um péssimo exemplo e, que acaba colocando por terra toda e qualquer argumentação da administração para tentar expulsar os demais invasores, afinal, a loja da família acabará de se somar ao grande de número de ocupantes ilegais de área.

Enquanto isso, o Ministério da Infraestrutura ( Tarcísio Gomes de Freitas) continua contemplando cidades com bondosos recursos para projetos de pavimentação asfáltica, inclusive a fundo perdido para diversos municípios do país que apresentam os respectivos projetos. Basta vontade politica.

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