Os cientistas concordam que o vírus afeta as pessoas de forma diferente e o que se tem tornado cada vez mais óbvio com o evoluir da pandemia são os sintomas a ter em atenção

As novas variantes da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, estão levando a um aumento de casos por todo o mundo, de internamentos hospitalares, e tragicamente estão a causar um aumento no número de mortes, apontam os especialistas.

As mutações são consideradas ainda mais contagiosas – e mais letais – comparativamente à estirpe original que surgiu no ano passado, destaca um artigo publicado no jornal britânico The Sun.

A primeira variante da Covid-19 foi identificada no Reino Unido em setembro de 2020, após um aumento de casos de infecção na zona de Kent.

Especialistas de todo o mundo já alertaram que a nova estirpe aparenta ser até 70% mais transmissível, enquanto que um estudo recente considera-a igualmente mais mortífera.

Os investigadores afirmam que a estirpe provocou um aumento na mortalidade entre 29 e 91% – com três estudos diferentes a apontarem resultados bastante distintos.

A London School of Hygiene and Tropical Medicine apontou que a nova variante pode se até 1.35 mais fatal, já o Imperial College London disse que os níveis de mortalidade estavam entre os 1.36 ou 1.29 (dependendo do método usado), e a pesquisa realizada pela Universidade de Exeter apurou que pode ser 1.91 mais letal.

A mutação seguinte surgiu na África do Sul, e também é considerada mais fatal.

Cientistas da Nervtag afirmam que após terem investigado dados provenientes daquele país, detectaram”indícios de aumento da mortalidade”.

Entretanto, a terceira variante da Covid-19 emergiu no Brasil e está atualmente a propagar-se nos Estados Unidos. E é considerada como sendo ainda mais resistente à vacina contra o novo coronavírus.

Após as novas mutações terem sido detectadas o diretor clínico e professor Chris Whitty disse que os sintomas não são diferentes da estirpe que circula no Reino Unido.

Todavia, pesquisas subsequentes conduzidas peloOffice for National Statistics (ONS) apuraram que os sintomas da variante britânica diferem da original.

Pessoas que sofrem com a ‘mutação de Kent’ têm uma maior predisposição para sofrerem de tosse, dor de garganta, cansaço extremo e dores musculares, segundo o ONS.

O que difere dos três sintomas oficiais listados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) relativos à estirpe original de Covid-19 que se disseminou pelo mundo no início de 2020, e que consistem em tosse seca persistente, febre e perda de paladar e de olfato (anosmia).

De acordo com o relatório emitido pela ONS: “pessoas que testam positivo para a variante britânica apresentam uma maior probabilidade de reportarem quaisquer sintomas e os sintomas ‘clássicos’, mas apresentam uma menor predisposição para reportarem perda de paladar e de olfato”.

“Até ao momento não há evidências de diferenças nas porcentagens relativas a sintomas gastrointestinais”.

As alterações mais significativas nos sintomas entre as duas estirpes remetem para o fato das pessoas reportarem sofrer de febre.

Mais ainda, o relatório não detectou uma diferença real nos dados remetentes a falta de ar ou dor de cabeça nos doentes, quer entre aqueles que padeciam da nova estirpe ou da mutação.

Os cientistas concordam que o vírus afeta as pessoas de forma diferente e o que se tem tornado cada vez mais óbvio com o evoluir da pandemia são os sintomas a ter em atenção.

Como tal, à medida que o mundo se continua a debater com um aumento nos casos de infecção pelo SARS-CoV-2 é importante reter aqueles que são os principais sintomas da Covid-19:

  1. Tosse seca persistente;
  2. Febre

Três sintomas menos comuns que provavelmente desconhece

Covid-19: Três sintomas menos comuns que provavelmente desconhece

Apesar da maioria dos indivíduos já estar a par dos principais sinais de infecção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, existem outros indicadores da doença que precisa levar em consideração

AOrganização Mundial de Saúde (OMS) aponta que a perda de paladar e de olfato (anosmia), uma tosse seca persistente e temperatura elevada são os três principais sintomas da Covid-19.

Adicionalmente, a OMS destaca outros sinais menos preponderantes, tais como dores musculares, de cabeça e dores de garganta, diarreia ou descoloração dos dedos das mãos e dos pés. Salientando ainda quatro sintomas especialmente raros, conforme divulga o jornal britânico The Sun Online:

Perda de audição

Especialistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, afirmam que ex-doentes reportaram a deterioração da sua audição, além de problemas como zumbidos.

O estudo questionou 121 adultos admitidos no Hospital Wythenshawe. Os pacientes foram questionados pelo telefone durante um período de oito semanas após receberem alta hospitalar e 13.2% reportaram que a sua capacidade de audição tinha piorado.

É importante ter em mente que os danos auditivos também podem ser uma consequência natural do processo de envelhecimento e da exposição a ruídos demasiado elevados.

Conjuntivite

Na grande maioria dos casos a conjuntivite é causada por bactérias ou infeções virais. Mais ainda, a condição pode ser provocada por alergias, como ao pólen – sendo denominada de conjuntivite alérgica.

Os cientistas já alertaram que o SARS-CoV-2 pode entrar no corpo humanos através dos olhos e que, por sua vez, as lágrimas podem propagar a infecção.

Um estudo realizado por investigadores do Faculdade de Medicina da Universidade de Johns Hopkins University, em Baltimore, nos Estados Unidos, investigou indivíduos que haviam contraído a doença e consequentemente queixado de irritação nos olhos e de sofrerem de conjuntivite.

Os cientistas afirmaram que foi detectada a “presença do vírus em amostras de lágrima e esfregaço conjuntival num subconjunto de pacientes com Covid-19”.

No relatório a equipe de investigadores disse que encontraram encontraram a expressão de ACE2 e TMPRSS2 através de todos os espécimes oculares humanos testados e que o vírus era particularmente proeminente

Queda de cabelo

A perda de cabelo pode resultar de vários fatores, tais como envelhecimento, alterações hormonais e estresse.

Apesar da queda de cabelo não ser um dos sintomas mais comuns associados ao novo coronavírus, algumas pessoas que tiveram o vírus apontam-no como um dos efeitos secundários da condição.

Segundo o jornal The Sun, uma sobrevivente que combateu o vírus em março disse que temia ficar calva e ser forçada a usar uma peruca, devido a mais de metade do seu cabelo ter caído.

Grace Dudley de Essex, em Inglaterra, explicou à publicação que acordou com tufos de cabelo na almofada, enquanto outros indivíduos comentaram que também sofreram perda capilar extrema.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.