A cada dia que passa, mais nos surpreendemos com o que ocorre nos bastidores da política da cidade de Marília. Após ser indicado para presidir a CPI da Covid Marília que alias, foi solicitada pelo próprio, também como presidente da comissão de acompanhamento da Covid na Câmara Municipal, eis que, de repente; de acordo com o Protocolo 038.1274.0000001/2021, que foi direcionado ao promotor eleitoral José Alfredo Santana, um denunciante, identificado como A. C. A., fotógrafo profissional, ingressou com uma denuncia que pode trazer sérias complicações para o vereador Élio Ajeka.

Nossa reportagem apurou que no documento assinado pelo fotografo A. C. A., o então candidato Élio Ajeka, teria contratado seu serviço para a campanha eleitoral. Mas, além de não honrar com o débito, teria deixado de incluir o trabalho na documentação entregue à Justiça Eleitoral. Isto se comprovado é gravíssimo.

O documento encaminhado ao promotor José Alfredo de Araújo Santa’Ana, da 70ª Zona Eleitoral de Marília, é rico em detalhes e, lembra que a prestação de contas de campanha é um importante instrumento utilizado pela Justiça Eleitoral para realizar de maneira concreta a fiscalização e o controle sobre a regularidade das arrecadações e gastos de campanha de candidatos e/ou partidos; “a prestação de contas é um dever de todos os candidatos, uma medida que garante a transparência e a legitimidade da atuação partidária no processo eleitoral. As despesas devem ser declaradas na prestação de contas. O vereador Elio Eiji Ajeka não prestou conta destas despesas de R$ 6,3 mil, omitindo-a”. .

O curioso é que o fato coincidentemente ocorre justamente no momento em que o mesmo propõe uma CPI para investigar as ações do poder executivo no combate ao coronavírus com os milhões que foram enviados até a cidade para esta finalidade. Confira a outra parte do texto.

“Ilustríssimo senhor promotor, durante as eleições municipais de 2020, para o cargo de vereador deste município, realizei a prestação de serviços de fotografia ao candidato e agora eleito Elio Eiji Ajeka. No entanto, o mesmo não realizou o pagamento dos meus serviços e também não incluiu na prestação de contas. Não recebendo, fiz a emissão de boleto bancário e envio por AR, no intuito de receber o que de direito. Possuo todos os áudios e imagens entre o denunciante e o candidato quanto o trabalho nas eleições, dos serviços executados, mas ignorado após eleito, omitindo tal gastos na prestação de contas, dispondo de todos os meios de prova e pessoalmente para esclarecimentos” diz o texto.

Nossa redação acessou o sistema de divulgação de candidaturas e contas eleitorais que está em modo público no site do Tribunal Superior Eleitoral e, constatou que o nobre vereador eleito com 2.359 votos pelo PP ( Partido Progressista) informou ter recebido um total de R$ 13.345 para a campanha do ano passado. Deste valor, o mesmo declarou uma despesa total de R$ 12.025 com contratações e serviços não constando nenhum serviço de fotografias, conforme a denuncia no MP.

Em outras palavras, este é mais um capitulo que começou com a retirada da assinatura do vereador Ivan Negão de forma surpreendente no pedido de solicitação de uma assessoria especial para acompanhar os trabalhos de investigação da CPI. Agora, o vereador Elio Eiji Ajeka (PP), se torna alvo de uma denúncia de calote de mais de R$ 6 mil, protocolada no Ministério Público Eleitoral (MPE).

Para finalizar, a denúncia também questiona a prestação de contas apresentada à Justiça em relação o pleito municipal de 2020, o que pode comprometer seriamente o futuro do nobre edil. Seria a vereadora Vânia Ramos a próxima vítima de tantas coincidências malévolas antes de iniciar os trabalhos da CPI ??? ESTÁ FICANDO VERGONHOSO.. PORQUE O MEDO ?

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