Cerca de quatro milhões de domicílios no país solicitaram um empréstimo em julho, o equivalente a quase 6% das moradias, segundo dados da pesquisa de acordo com números divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid19), nesta quinta-feira. Dos que solicitaram, cerca de 82% obtiveram o crédito.

Ainda segundo os dados, os pedidos de empréstimos mais frequentes foram para bancos e financeiras, com 75,7%. O percentual de domicílios onde algum morador conseguiu empréstimo com amigos ou parentes ficou em 23,6%. O mesmo comportamento foi observado em todas as regiões.

Dos que solicitaram, cerca de 82% obtiveram o crédito.

Entre os que solicitaram e não conseguiram, 59,2% pertencem às duas classes de rendimentos mais baixas, com ganhos mensais inferiores a um salário-mínimo.

A Fintech de empréstimo pessoal do Santander percebeu o aumento na procura, com um aumento de 113% do volume de propostas de crédito no segundo trimestre de 2020 em comparação com os primeiros três meses do ano. Grande parte do crescimento ficou concentrado no empréstimo com garantia de veículo que teve aumento de 288% no volume total de propostas.

Por conta disso, a empresa prevê em 6 meses atingir uma carteira de crédito total de R$ 1 bilhão. Em abril, a Sim lançou uma condição diferenciada para empréstimos com garantia de veículo: taxa fixa de 1,79% ao mês com isenção do IOF e parcelamento em até 60 vezes. Com a medida, a fintech do Santander tem atendido não apenas pessoas físicas, que são o foco da Sim, mas também micro e pequenos empreendedores. A linha de crédito oferece até R$ 50 mil.

Domicílios que receberam auxílio emergencial e mercado de trabalho

A proporção de domicílios do país que receberam algum auxílio emergencial relacionado à pandemia passou de 43,0% em junho para 44,1% em julho, com valor médio do benefício em R$ 896 por domicílio. O percentual de domicílios recebendo o auxílio aumentou em todas as Grandes Regiões. As Regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores percentuais, 60,6% e 59,6%, respectivamente.

O nível da ocupação, isto é, o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar, passou de 49,0% em junho para 47,9%, em julho. Dos 81,5 milhões de ocupados em julho, 9,7 milhões estavam afastados do trabalho na semana de referência, dos quais 6,8 milhões estavam afastados devido ao distanciamento social. Esses dois contingentes caíram, respectivamente, 34,0% e 42,6% em relação a junho.

O total de pessoas desocupadas em julho foi de 12,3 milhões, 3,7% acima do total de junho (em termos absolutos, equivale a 438 mil pessoas). O Centro-Oeste foi a única região a apresentar queda da população desocupada (-3,8%), enquanto Norte (5,4%) e Sudeste (5,3%) apresentaram as maiores variações.

A pesquisa mostrou ainda que a taxa de desocupação aumentou em 0,7 pontos percentuais de junho para julho (passou de 12,4% para 13,1%) no país. A taxa em julho foi maior que em junho em todas as Grandes Regiões, exceto na Região Centro-Oeste, cujos valores, em ordem decrescente, em julho foram: Nordeste (14,0%), Sudeste (13,7%), Norte (13,1%), Centro-Oeste (12,2%), e Sul (10,3%).

A população fora da força de trabalho, em julho, foi estimada em 76,5 milhões de pessoas (+2,1% em relação a junho). Deste total, 36,9% (28,2 milhões) gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho, e 24,8% (19,0 milhões) não buscaram trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas gostariam de trabalhar. Em junho, entre as pessoas que embora quisessem trabalhar não o fizeram, 66,7% alegaram como principal motivo a pandemia ou a falta de trabalho na localidade. Em julho, esta proporção subiu para 67,0%.

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