A média móvel de mortes por covid-19, que registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana, ficou em 1.049 até a última geral computada no dia de ontem, quarta-feira, 27. Segundo o consórcio de veículos de imprensa, foram registrados 1.319 novos óbitos nas últimas 24 horas e 64.895 casos.

Com esse triste cenário, O JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA abre mais uma matéria para focar a não menos caótica e tristonha realidade de nossa cidade que vive o drama da abertura ou não do comércio paralelo ao avanço já fora de controle do vírus maldito por falta de ações mais eficazes para se amenizar a proliferação. Antes, e devido a alguns comentários sobre o informe desta matéria fazemos questão de esclarecer alguns pontos nesta simples nota;

O JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA não compactua com o sensacionalismo barato, com a exploração midiática de uma situação tão grave e com a politicalha desenfreada que estão realizando com a morte das pessoas, o sofrimento das famílias, a sangria nos geradores de emprego e a exploração de imagem em cima da vacina. Como um dos únicos veículos de comunicação da cidade com uma linha independente, que luta com dificuldades para manter sua imparcialidade, sem se manchar com o dinheiro sujo da corrupção politica, faz valer a importância da informação correta não para espalhar o pânico, mas, para conscientizar as pessoas do atual momento que estamos vivendo. Desde a primeira matéria publicada sobre o assunto, nossa redação e os profissionais envolvidos comungam de um só pensamento; “Se nossos governantes pecam pela incompetência de gestão no combate ao coronavírus, compete a nós profissionais da imprensa, conscientizar seus eleitores da necessidade de cada um fazer a sua parte, seja usando máscara, álcool gel ou evitando aglomerações e cobrando a mesma atitude de familiares e companheiros de trabalho”. Nesse momento, a preocupação não deve ser com pactos ideológicos ou partidários, e muito menos com cifras no faturamento, mas sim, com vidas humanas. O JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA se solidariza com todas as famílias e comerciantes e mais uma vez reitera aqui o seu posicionamento; ” SOMOS A FAVOR DA VIDA, SOMOS A FAVOR DO TRABALHAO, SOMOS A FAVOR DA TRANSPARÊNCIA”. Kaito Junior.

Marília acumula 15 mortes e mais 4 suspeitos pela Covid-19 nos últimos 4 dias. Segundo dados divulgados já são quase 12 mil casos.

Como já citamos, a realidade de Marília está pior do que imaginávamos e os números divulgados falam por si. Corretos ou não o velório municipal confirma diariamente os óbitos ocorridos e nos preocupa a aumento significativo já em ascensão desde a abertura do período eleitoral. Ao todo são 15 mortes divulgadas em apenas 4 dias, ou seja, desde a última segunda feira, sendo que 4 óbitos ainda estão sob investigação. Vamos aos casos;

O primeiro óbito foi de um homem, de 72 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus. Ele iniciou sintomas no dia 30 de dezembro, como febre, tosse, dor de garganta, falta de ar e desconforto respiratório. Foi internado no hospital Santa Casa dia 11 de janeiro, com resultado positivo para Covid-19 confirmado no dia 13, indo a óbito no domingo, dia 24 de janeiro.

O segundo óbito foi de uma mulher, de 81 anos, com diagnóstico de doença neurológica crônica e hipertensão arterial sistêmica. Ela começou a ter sintomas no dia 3 de janeiro, como febre, tosse, falta de ar, sonolência e queda geral do estado clínico. Foi internada no dia 5 no hospital ABHU, com resultado positivo para Covid-19 confirmado no dia 6, indo a óbito também no domingo, dia 24 de janeiro.

O terceiro óbito foi de uma mulher, de 63 anos, portador de diabetes mellitus e pneumopatia crônica. Ela começou a ter sintomas no dia 24 de dezembro, como febre, tosse, falta de ar, perda do paladar e fadiga. Foi internada no Hospital de Clínicas dia 30 de dezembro, sendo que o óbito aconteceu no último dia 22 (sexta-feira). A Vigilância Epidemiológica foi comunicada do óbito na manhã de segunda-feira (25).

O quarto óbito foi de um homem, de 56 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular crônica, diabetes e obesidade. Ele iniciou sintomas no dia 21 de janeiro e veio a óbito em casa no dia 22. Foi colhido exame pós-óbito dia 22, com liberação do resultado positivo para Covid dia 25. Esse óbito estava sob investigação, de acordo com a Vigilância Epidemiológica.

O quinto óbito foi de uma mulher, de 52 anos, com diagnóstico de diabetes e obesidade. Ela começou a ter sintomas no dia 23 de dezembro, tendo colhido exame no dia 28, com resultado positivo para Covid. Foi internada no hospital Santa Casa dia 31 de dezembro e veio a óbito na terça-feira, dia 26 de janeiro.

O sexto óbito foi de um homem, de 64 anos, com diagnóstico de diabetes. Ele teve início de sintomas no dia 2 de janeiro, sendo internado dia 6 no hospital ABHU. Colheu exame nesse mesmo dia 6, que confirmou resultado positivo para Covid. Foi a óbito na segunda-feira, dia 25.

O sétimo óbito foi de uma mulher, de 91 anos, com diagnóstico de pneumopatia crônica. Ela iniciou sintomas no dia 10 de janeiro e foi internada no Hospital de Clínicas dia 19, quando colheu exame, que confirmou resultado positivo para Covid, indo a óbito dia 25 (segunda-feira).

O oitavo óbito foi de uma mulher, de 81 anos, sem informações sobre comorbidades. Ela começou a ter sintomas dia 11 de dezembro e foi internada no hospital ABHU dia 28, quando colheu exame, que confirmou resultado positivo para Covid dia 29, indo a óbito na segunda-feira, dia 25.

O nono óbito foi de uma mulher, de 63 anos, portadora de doença cardiovascular crônica. Ela iniciou sintomas no dia 26 de dezembro, como febre, tosse, falta de ar, desconforto respiratório, diarreia, perda do olfato e perda do paladar. Foi internada no Hospital de Clínicas no mesmo dia 26 de dezembro, tendo colhido exame, com resultado positivo para Covid-19 confirmado no dia 3 de janeiro, vindo a óbito na quarta-feira (27).

O décimo óbito foi de um homem, de 73 anos, portador de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus. Ele começou a ter sintomas no dia 19 de dezembro, como febre, tosse, dor de garganta, falta de ar e desconforto respiratório. Fez exame e teve resultado positivo para Covid confirmado no dia 27, sendo internado no hospital Santa Casa dia 28 de dezembro, indo a óbito na quarta-feira, dia 27 de janeiro.

O décimo primeiro óbito foi de uma mulher, de 79 anos, portadora de neoplasia de intestino. Ela teve início de sintomas dia 23 de janeiro e foi a óbito em casa nesse mesmo dia. Foi colhido exame pós-óbito nesse dia, com liberação do resultado positivo para Covid no dia 25 de janeiro (segunda-feira).

O décimo segundo óbito foi de um homem, de 72 anos, portador de doença cardiovascular crônica e AVC (Acidente Vascular Cerebral). Ele começou a ter sintomas dia 24 de janeiro e foi a óbito em casa nesse mesmo dia. Foi colhido exame pós-óbito no dia 24, com resultado positivo para Covid confirmado no dia 25 (segunda-feira).

O décimo terceiro óbito foi de um homem, de 68 anos, com diagnóstico de diabetes como condição de risco. Ele iniciou sintomas no dia 4 de janeiro e foi internado no Hospital de Clínicas dia 13, com resultado positivo para Covid, indo a óbito na quarta-feira, dia 27.

O décimo quarto óbito foi de um homem, de 83 anos, com diagnóstico de doença cardiovascular e pneumopatia crônica. Ele começou a ter sintomas no dia 10 de janeiro e foi internado no hospital Santa Casa dia 16, vindo a óbito nesta quinta-feira, dia 28.

E o décimo quinto óbito foi de um homem, de 74 anos, com diagnóstico de doença neurológica crônica. Ele teve início sintomas no dia 11 de dezembro e foi internado no Hospital de Clínicas dia 24 de dezembro, com resultado positivo para Covid, indo a óbito nesta quinta-feira, dia 28 de janeiro.

Como se vê, as reuniões a portas fechadas e as fotos de reuniões para o marketing político nada estão resolvendo. É fato que vamos encerrar a semana com mais de 12 mil casos e o numero de mortes caminha já para os 200 casos nas próximas duas semanas caso seja mantida a média atual.

O cenário é bastante pessimista, porém real se analisarmos que; existem 331 casos de pessoas em transmissão que não possuem um sistema de monitoramento rígido para o isolamento. Temos até o momento 94 internados e ainda 3214 casos suspeitos, com sintomatologia e aguardando o resultado dos exames.

Apenas para lembrar, o Brasil registrou o primeiro caso do novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença Covid-19, no dia 26 de fevereiro. Foi em São Paulo. Um homem de 61 anos, cuja identidade não foi revelada, que esteve na Itália de 9 a 21 de fevereiro, mais especificamente na região da Lombardia, um dos epicentros da crise naquele país. Desde então, a infecção se alastrou por todos os Estados por meio de um tipo de transmissão chamada de comunitária, que não permite se saber onde, exatamente, uma pessoa contraiu o vírus.

O mundo ultrapassou a marca de 80 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aplicadas em todo o planeta, segundo um balanço da Universidade de Oxford, que monitora a pandemia. Segundo este informe, o Brasil aplicou, até o momento, 1,3 milhão de doses de imunizantes. Na quarta-feira à noite, o Governo federal contestou o Instituto Butantan e disse ter exclusividade na compra da Coronavac, a vacina produzida pelo laboratório brasileiro em parceria com o chinês Sinovac.

O Ministério Público do Amazonas pediu a prisão preventiva do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), por uma suposta fraude na vacinação contra a covid-19 ao favorecer pessoas com “ligações políticas” e que não fazem parte dos grupos prioritários. O Brasil, o segundo com mais mortes pela pandemia no mundo, ultrapassou a marca de 220.000 óbitos confirmados nesta quarta-feira.

No final desta matéria, fomos informados de uma reunião ocorrida nesta manhã, no Ministério Público Federal em Marília com a presença do prefeito municipal Daniel Alonso, vereadores, assessores e o promotor Izauro Pigozzi Filho para se debater sobre o assunto da reabertura do comércio. Ao final a decisão foi aguardar até amanhã, para o pronunciamento do Governador João Dória que já citou na noite de ontem que não irá reclassificar nenhuma cidade até o dia 7 fevereiro.

A alternativa encontrada é um projeto de lei que deverá ser votado na próxima segunda feira disciplinando outras atividades como essenciais para que possa se dar legalidade a abertura do comércio.

Até o momento, o gestor municipal não mencionou novas medidas restritivas de funcionamento do comércio ou de fiscalização nos ônibus de transporte coletivo ou de barreiras sanitárias no terminal rodoviário ou implantação de novas medidas no interior do terminal urbano da cidade. Enquanto isso, o povo assiste ao fechamento de lojas, aumento do desemprego e vidas sendo ceifadas com o sofrimento dos familiares.

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