A noticia caiu como uma bomba nas redes sociais desde o último final de semana. Nos grupos de WhattsApp, o burburinho já era gritante e após a publicação de uma antiga militante e membro atuante do sindicato com uma carta desabafo postada no facebook, tornou publica a situação de mais um racha no Sindimmar ( Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marília). Confira na íntegra o texto publicado;
Nota de Esclarecimento: Eu Paula Guedes, Venho aqui, comunicar meu afastamento da Secretaria Geral da Direção do Sindimmar, e nesta nota justifico que minha saída se dá pela falta de transparência da entidade.Logo quando se formou a chapa, para concorrer a eleição do Sindimmar, em 2018, deixei claro aos demais, que estava atravessando problemas de saúde do meu pai com CA, logo não poderia ser tão atuante, mesmo assim, me coloquei a disposição e com muita coragem de todos nós diretores, enfrentamos a eleição do sindicato, não foi fácil, pois nos colocamos na cova dos leões e nossa força, nos levou a eleger uma nova direção. Enfim, por falta de coesão, aos poucos os diretores foram esvaziando a direção, período em que eu me ausentei muito, pela saúde do meu pai, foram dois anos que ele esteve acamado, falecendo em março do ano de 2020. Quando voltei para o sindicato, e depois de 5 meses, uma nova tragédia se acometeu na minha vida, o falecimento da minha filha, foi quando eu decidi que continuaria na direção, mas voltaria para meu setor. Essa decisão, foi baseada em discordar de algumas posturas do presidente e decisões que deveriam ser tomadas coletivamente, mas não é o que ocorre internamente. EU DISCORDO:- Privilégios – Reuniões paralelas e decisões monocraticas.- Falta de Transparência nas despesas e recursos do Sindicato, como a saída e abastecimentos dos veículos da entidade, inclusive finais de semana. – A decisão de NÃO divulgar estar ao lado dos funcionários da UPA zona norte, se é político o problema, ao meu ver, independente disso, somos representantes do servidores, temos que estar a disposição dos mesmos, em qualquer circunstância. (Os políticos que lutem).- Aquisição de bens pelo sindicato, não deveria estar em poder na residência de diretor, como notebook, celular, carro e assim vai, para uso particular !!!- Sindicato de portas fechadas!Isso é extremamente incoerente.Até diretor foi impedido de entrar ! Imagino o servidor…Citei apenas alguns exemplos, não quero deixar esse texto extenso.- NÃO FAÇO PARTE e nunca vou acatar, decisões de forma contrárias ao que esperei pra esse Sindicato, faço minha contribuição sindical, há mais de 20 anos, pois sempre sonhei com um Sindicato que TODOS servidores, se sentisse representados, como está na contramão do que sonhei, o Sindimmar não me representa, assim me retiro.”Se não gosto, não faço charme. Doa a quem doer, minha sinceridade e bem-estar são colocados em primeiro lugar, não nego.”Clarice Lispector
Nos grupos a troca de farpas vai desde denuncias de uso indevido do veículo da entidade para fins particulares aos finais de semana até ameaça de um diretor do sindicado a uma servidora deflagrando uma crise interna sem precedentes.
Nossa reportagem conseguiu apurar que, desde a posse ocorrida após o tumultuado processo eleitoral ocorrido no final de 2018, mais de 10 componentes da diretoria teriam renunciado aos seus cargos, praticamente isolando o atual presidente. Durante o final da tarde desta terça feira ( 27), por reiteradas vezes, tentamos um contato com presidente José Paulino, que infelizmente não atendeu as nossas ligações.
MANDATO VENCENDO: Eleitos após uma processo eleitoral polêmico em 2018, diretoria já estaria com um mandato em cheque.
Era a uma tarde de terça feira, mais precisamente do dia 15 de maio de 2018, quando a Polícia Militar foi acionada na garagem municipal por integrantes de chapa de oposição que alegavam na época o “sumiço” de urnas do processo eleitoral em andamento.
Segundo o Boletim de Ocorrência, cinco homens adentraram a garagem municipal dizendo que iam votar. Pegaram a urna, colocaram em um Voyage, preto, com placas de Americana e foram embora. O mesmo ocorreu no Daem da Avenida Santo Antonio. O veículo seria da Federação dos Sindicatos.
Depois disto, um verdadeiro imbroglio acabou ocorrendo nos tribunais que determinou posteriormente a realização de um novo processo eleitoral ocorrido em outubro de 2018.
Enfim, após 15 anos da gestão de Mauro Cirino, o Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Município de Marília (Sindimmar) elegeu então, esta nova liderança, José Paulino. Apenas para relembrar, ele foi eleito no segundo turno com 429 votos, contra a chapa 2 que obteve 323 votos. Cinco chapas haviam sido inscritas no inicio do processo.
Apesar do estatuto da categoria disciplinar que a posse deveria ter ocorrido no dia 1º de agosto daquele ano. A chapa só assumiu realmente no inicio de novembro de 2018, encontrando uma sede praticamente vazia e com várias pendências financeiras.
Já em 4 de fevereiro de 2019, a nova diretoria do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília) se apresentaram oficialmente ao prefeito municipal em reunião ocorrida no gabinete do mesmo, onde estiveram presentes no encontro o presidente José Paulino; a 1ª vice-presidente Bruna Saraiva Marcelino; o 2º vice-presidente Vicente de Paula; o 2º tesoureiro Rafael Viúdes; Luciano Cruz, do Conselho de Representantes; e o Assessor Sindical, Marcos Aurélio dos Santos.
Pelas postagens realizadas nos grupos, conforme mencionamos, o presidente José Paulino estaria hoje, administrando o sindicato apenas com o seu assessor jurídico, na qual também tentamos um contato, porém, que também não nos atendeu.
Fato é que, um novo processo eleitoral já começa a ser questionado nos bastidores onde todos esperam, que uma nova lambança não venha a ocorrer em um sindicato que outrora já foi um grande instrumento de luta dos servidores, mas, que ultimamente não goza da mesma unanimidade de antes. Áureos tempos em que tinham vereador que os defendia de forma ferrenha, saudoso e memorável Sidney Gobetty.
Dentro do nosso já tradicional espirito democrático de um jornalismo independente e imparcial, o espaço fica em aberto para as manifestações do senhor presidente ante aos fatos expostos.
DIRETO DA REDAÇÃO
