As fortes deste inicio de 2020 provocam estado de calamidade em algumas regiões. Em Minas Gerais por exemplo, de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil são 9.607 desalojados, 1.823 desabrigados, 12 feridos, 38 mortes e 17 desaparecidos. Já no Espirito Santo, a situação é mais crítica nas cidades de Iconha, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Anchieta, Mimoso do Sul e Castelo.

A Coordenadoria Estadual da Defesa Civil confirmou na manhã deste domingo (26) 37 mortes por deslizamentos de terra e soterramentos em municípios de Minas Gerais em consequência das fortes chuvas que atingiram o estado desde a sexta-feira (24). A informação foi divulgada no relatório do governo publicado às 9h.

O governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em 47 municípios afetados pelas chuvas. Conforme o decreto, publicado neste domingo (26), no Diário do Executivo Estadual, intensas precipitações pluviométricas causaram desastres, como inundações, movimentos de massa, enxurradas e alagamentos. O documento estabelece luto de três dias em sinal de pesar pelas vítimas dos desastres naturais.

Desde o início da temporada de chuvas em todo o estado, que teve início em outubro do ano passado, o número total de pessoas mortas em decorrência dos estragos provocados pelas chuvas é de 49. 

A cidade com maior número de óbitos é Belo Horizonte, onde foram registrados oito mortes, seguida de Betim, com seis mortes, e Ibirité com cinco mortes. Cidades como Alto Caparaó, Alto Jequitibá e Simonésia registraram três mortes em cada município.

As cidades de Luisburgo e Pedra Bonita têm dois óbitos confirmados e os municípios de Carangola, Contagem, Divino, Manhuaçu, Santa Margarida e Tocantins têm um óbito registrado em cada cidade, segundo informações do relatório “Memória Defesa Civil”, do governo.

Até o momento, a lista de cidades afetadas reúne 58 municípios. De acordo com as informações, são 9.607 desalojados, 1.823 desabrigados, 12 feridos, 38 mortes e 17 desaparecidos, que, segundo o boletim, são óbitos a serem confirmados.

Chuvas

Entre quinta-feira (23) e sexta (24), Belo Horizonte registrou recorde do volume de chuvas em 24 horas: 171,8 milímetros. O maior marca era de 164,2 milímetros, em 14 de fevereiro de 1978. As medições são realizadas há 110 anos.

As precipitações deixaram comunidades inteiras ilhadas. No interior do Estado, em cidades como Matipó e Manhuaçu, ambas na zona da Mata, há relatos nas redes sociais de inundação e pessoas ilhadas.

Em Belo Horizonte, moradores da Vila Bernadete no Barreiro, onde os bombeiros faziam buscas por vítimas, afirmaram ter tentado telefonar para Defesa Civil Municipal e não conseguiram contato na sexta-feira, 24, quando as chuvas atingiram fortemente o bairro. O prefeito Alexandre Kalil, que acompanhava o trabalho de resgate, disse que, durante parte do dia – o período exato não foi especificado -, o sistema de telefonia da Defesa Civil apresentou problemas que, ainda conforme Kalil, tiveram origem na operadora do serviço.

Mais de 8 mil pessoas estão fora de casa após as chuvas no Espírito Santo.

O número de pessoas desabrigadas ou desalojadas nas cidades do sul do Espírito Santo continua crescendo. De acordo com os dados da Defesa Civil estadual, divulgados no final da manhã deste domingo (26), um total de 8167 estão desabrigados ou desalojados.

A situação é mais crítica nas cidades de Iconha, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Anchieta, Mimoso do Sul e Castelo. Até o momento, nove mortes foram confirmadas, duas pessoas e ficaram feridas e três continuam desaparecidas.

O maior número de desabrigados é da cidade de Alegre, onde 2372 pessoas tiveram que deixar as residências. Grande parte deste número, devido ao risco de rompimento da barragem de São José.

Segundo a Defesa Civil do Espírito Santo, o plano de emprego em todo o estado é de alerta máximo. Há risco de deslizamentos e alagamentos em diversas localidades. Alfredo Chaves, Iconha, Vargem Alta e Rio Novo do Sul já decretaram Estado de Calamidade Pública.

Nas últimas 24 horas – período encerrado às 11 horas deste domingo – o maior acumulado de chuva foi registrado em Baixo Guandu, com 67,2 mm, seguido de Pancas, com 63,81 mm.

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