A justiça já está analisando os depoimentos de testemunhas arroladas no caso de denuncia de compra de votos por parte do agora empossado Deputado Vinicius Camarinha. A denuncia partiu por parte da então candidata Daniele Alonso, filho do Prefeito Daniel Alonso no dia da diplomação do eleito. Ela acusa Vinícius de abuso econômico e compra de votos nas eleições de 2018.

Vinícius Camarinha foi eleito deputado e empossado no cargo no último mês de março, para cumprir o seu 4º mandato na Assembleia Legislativa. A representação relata fatos ocorridos em agosto/18, dois meses antes da eleição. Os advogados Alexandre Sala e Ademir Souza e Silva, que representam Daniele, juntam “ampla produção de provas, decorrente do uso absurdamente indevido do poder econômico”, e pedem cassação do registro da candidatura e a inelegibilidade de Vinícius.

Três testemunhas de cada lado foram ouvidas no Fórum de Marília, na tarde do dia 1º de abril, na última segunda feira na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) instaurada contra o deputado . O julgamento caberá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Nos autos, foram apresentadas provas com fotos do então candidato em uma famosa pizzaria na Zona Norte, na presença de “membros do Espaço Potencial de Marília” – os nomes são citados na representação. “A reunião, paga pelo candidato (…), teve um único objetivo: capitania de votos em favor do mesmo, com oferecimento de benesses em favor dos eleitores presentes”, escrevem os advogados.

Eles lembram ainda que a legislação proíbe realizar campanha eleitoral em estabelecimento comercial. Mais adiante, extraem da conta pessoal do candidato no Facebook comentários e fotos de campanha em um supermercado da cidade. Ou seja, a prática, embora ilegal, seria recorrente. Não há data prevista para o Tribunal julgar a AIJE.

Em nota a defesa de Vinicius Camarinha afirmou na defesa prévia que, na verdade, ele foi convidado para participar do aniversário de Arsênia de Melo Rodrigues de Oliveira, presidente do Espaço Potencial.

“Logo, não tinha benesse para oferecer, aliás o candidato ganhou um pedaço de pizza, o que não pode ser considerado como captação ilícita de sufrágio”, dizem os advogados do deputado. “O representado sequer pagou a conta”. Ele afirma que ” sua campanha foi regular” e que “essa ação é mero desespero político do prefeito e sua filha “.

Rumores dão conta da existência ainda de videos da presença do candidato em duas unidades publicas na zona sul da cidade.

Nossa reportagem manteve com contato com o Drº Ademir de Souza e Silva que presta assessoria ao caso e, segundo ele, as provas são amplamente robustas que podem sim cassar o mandato do Deputado Vinicius Camarinha. Segundo ele, “mesmo que recorra, havendo condenação em Brasilia, além de perder o cargo, o deputado poderá ficar inelegível por 08 anos”, concluiu.

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