Como se já não bastasse a grande preocupação com a COVID-19 e a nova variante ÔMICRON, um novo surto da influenza se espalha pelo país. Uma variante do vírus da gripe, chamada de H3N2, pode ser a responsável pela disparada de casos da doença na cidade de São Paulo. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, na última, semana houve um “aumento significativo” de pessoas com síndrome gripal nas unidades de saúde da capital.

Na cidade do Rio de Janeiro, a Influenza já mata mais do que a Covid-19, quando se trata de números absolutos, em dezembro. No último mês do ano, 17 pessoas já morreram por Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) provocada pelo coronavírus, quase a metade dos óbitos provocados pela gripe no período: 33, de acordo com dados do Sistema de Informações em Saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Os números mostram a aceleração da epidemia de Influenza, que teve início na capital do estado, mas que já é reconhecida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em toda a Região Metropolitana. Em novembro, mês em que o surto de gripe começou, foram registradas quatro mortes por Influenza nessas circunstâncias e 147 por Covid-19, na cidade do Rio de Janeiro.

No estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou 20 casos da Influenza H3N2 e um óbito nesta segunda-feira (20). A doença é um tipo do vírus da gripe Influenza A (H3), circulante no Estado há pelo menos cinco anos. Os dados foram apresentados numa coletiva de imprensa.

Os casos foram registrados nos municípios de Campo Largo (2), Campo Mourão, Castro (2), Cornélio Procópio, Curitiba, Guarapuava, Maringá, Paranaguá (3), Pato Branco (3), Pinhais (2), Tapira, Toledo e Resende – Rio de Janeiro (diagnosticado no município de Rio Negro, no Paraná). 

Em São Paulo, só na primeira quinzena deste mês, os casos de atendimento respiratório já superam as suspeitas de Covid-19. Foram 46.557 casos de problemas respiratórios e 45.325 suspeitos de coronavírus. Em novembro, os casos confirmados de gripe já chegavam próximos ao patamar dos atendimentos por Covid-19.

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou que as vacinas aplicadas em São Paulo foram para enfrentar o vírus H1N1 e que, para o H3N2, é necessário outro imunizante.

Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, o infectologista Renato Kfouri, essa variante já circula em outros países e a expectativa era de que ela chegasse ao Brasil só no ano que vem, no início da primavera. Até lá, o país já teria a vacina atualizada para proteger contra o vírus H3N2.

O represamento de casos de gripe por conta da Covid-19, no entanto, e cuidados como uso de máscara fizeram com que a chegada dessa variante da gripe fosse antecipada, o que não é comum, segundo Kfouri. Além disso, o relaxamento das medidas restritivas também fez com que os casos de gripe aumentassem.

Ômicron, delta: o que classifica uma variante como de preocupação -  04/12/2021 - UOL VivaBem

Capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Porto Alegre já vivem uma situação semelhante à de epidemia sazonal de gripe, que acontece todo ano. A preocupação agora é com os grupos de risco como idosos, grávidas, crianças, pessoas com doenças crônicas e imunossuprimidos.

A boa notícia é que existe tratamento para a Influenza quando a doença é diagnosticada no início dos sintomas como febre, dor no corpo e mal estar. O diretor do Centro de Contingência do Estado de São Paulo, Paulo Menezes, disse que, por enquanto, não terão novas medidas restritivas.

Em Marília, a secretaria municipal de saúde não emitiu nenhum alerta preventivo em relação ao assunto. A recomendação de cuidados segue a que já vem sendo adotada para conter o coronavírus, como uso de máscaras, limpeza das mãos e evitar aglomeração.

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