Marília realmente é uma cidade que rompe completamente com as barreiras da seriedade, da ética, da moral e dos bons princípios. Afirmamos isto não baseado em sua população que, por sinal é a maior vítima, mas sim, pelos atores que integram a classe política da cidade.

Já está se tornando repetitivo afirmar que tudo aqui não passa de um teatro para se manter um sistema e alimentar os canais que fortalecem os grupos que dominam a cidade. Porém, fato é que, a verdade está sendo vista sem precisar de lupa, tamanho é o ato de menosprezo dos senhores feudais com a inteligência do eleitor, principalmente em época de redes sociais ativas.

A ultima orquestração fica por conta de apresentações de pré-candidatos neste eleição que estão se utilizando desde 2018 do status de DEPUTADO SUPLENTE, como se estivessem atuando ou tivessem alguma legitimidade para algum ato parlamentar. Simplesmente mero FAKE NEWS para os eleitores.

Para sintetizar vamos explicar de forma bem resumida; DEPUTADO SUPLENTE é aquele que NÃO GANHOU A ELEIÇÃO e fica na reserva esperando que o vencedor renuncie, vá à óbito ou assuma um cargo a convite do governo. A hipótese é quase nula para o primeira suplente, inexistente para o segundo e impossível para o terceiro. Os demais como quarto, QUINTO OU SEXTO, apenas receberam um diploma e NÃO PODEM NEM VENDER A ILUSÃO DE NADA. PERDERAM A ELEIÇÃO E PRONTO, NÃO SÃO NADA….O resto é conversa para induzir o eleitor…

O eleitor precisa entender que no Brasil, a cada quatro anos, os eleitores de todos os estados vão às urnas para escolher quem vai representar seus interesses no próximo mandato. Assim, apesar do controle político não ser individual, o voto pode, coletivamente, ser um meio efetivo de escolha, que impacta mais nosso dia a dia do que geralmente temos conhecimento. Devido ao que está ocorrendo em Marília vamos iremos explicar como funciona de verdade a escolha do suplente de deputado. Vamos lá?

Todo deputado importa

Independente de como foi eleito e de onde veio, todo parlamentar tem sua importância. No Congresso Nacional, eles têm direito a voz e voto, tendo em suas mãos poder para decidir sobre as questões mais importantes do nosso país — um deputado opina, por exemplo, em quais áreas o governo vai gastar mais e quais áreas serão cortadas, além de participar da criação de leis que vão reger a vida de todos nós, assim como acontece em Marília, se bem que, de forma muito, mas, muito lenta.

Suplente de deputado: eleito ou não?

Nós sabemos que é muito difícil conhecer cada parlamentar. Até para quem acompanha os parlamentares do seu estado, é comum ter um ou outro que não se tem a mínima ideia de como chegou lá, em termos de trajetória política. Já pensou no fato de que esse deputado realmente pode não ter sido eleito dentro do número de cadeiras do seu estado? Na verdade, ele pode apenas estar substituindo outro deputado, temporariamente ou permanentemente.

Pois é, existem diversos motivos para que um deputado se afaste do seu cargo, fazendo com que outro assuma sua cadeira no parlamento. Ele pode assumir outro cargo – como o de ministro no governo federal ou de secretário no seu estado de origem -, ou pode se afastar para concorrer às eleições municipais, por exemplo. Existem casos também em que o parlamentar se licencia por motivos pessoais (saúde, família e etc) ou até mesmo tem seu mandato cassado por irregularidades.

Enfim, existe uma infinidade de motivos pelos quais um deputado pode se ausentar de suas atividades, e quando isso acontece um suplente é quem o substitui.

Suplente na Câmara x no Senado

A suplência na Câmara dos Deputados funciona de maneira diferente do Senado Federal, onde o suplente é eleito junto com o senador – quase como um vice, mas que só assume alguma função caso o titular se afaste. Por esta razão alguns tentam se valer desta confusão na cabeça do eleitor que não pesquisa para usufruir de um status inexistente. Fica a diaca, pois, suplente não foi eleito e ponto final.

Os requisitos para ser suplente de deputado são os mesmos exigidos para ser deputado, já que eles são escolhidos na mesma eleição. É preciso ter nacionalidade brasileira, estar em dia com a justiça (nos termos da Lei da Ficha Limpa), morar no estado em que quer se candidatar e ser filiado a um partido político.

Para eleger tanto o deputado, quanto o suplente de deputado é feito um cálculo pela Justiça Eleitoral, durante a apuração dos votos, em três passos (segundo o Código Eleitoral, Art. 112):

  • 1°: divide-se o número de votos (desconsiderando os nulos e brancos) pelo número de cadeiras que cada estado tem direito na Câmara — o que é popularmente conhecido como quociente eleitoral, ou seja, o número de votos necessários para um deputado se eleger.
  • 2°: divide-se o número de votos que o partido ou a coligação (união de partidos) obteve pelo quociente eleitoral. A partir desse resultado, temos o quociente partidário, que representa quantas cadeiras cada legenda (partido) ou coligação terá no parlamento.
  • 3°: começa-se a distribuição de vagas. Elas são preenchidas a partir da ordem dos candidatos nas listas das coligações e partidos, do mais votado para o menos votado. Os primeiros colocados são eleitos como deputados titulares, de acordo com o número de vagas que existe para o partido de coligação. Depois deles, são escolhidos os suplentes, a contar do mais para o menos votado.

Para resumir: os mais votados, dentre os não eleitos, são os suplentes. No entanto, é importante frisar que o suplente sempre será da mesmo coligação ou partido do deputado que será substituído.

Um exemplo famoso

jean willys politize

Jean Willys (PSOL), antes de renunciar o cargo

Um exemplo atual e famoso para ilustrar essa situação é o caso do deputado federal do PSOL, David Miranda (RJ). Com a renúncia do mandato de Jean Wyllys (PSOL/RJ) em janeira de 2019, o parlamentar mais votado que não foi eleito no partido/coligação, neste caso David, foi chamado para substituí-lo. Assim, por coincidência, a coligação do PSOL tinha como mais votado um candidato do mesmo partido, mas, caso o PCB (outro partido da coligação) tivesse um candidato mais votado e não eleito, ele seria o escolhido para ser suplente da coligação.

Concluindo…

É relevante entender o poder do seu voto e ter consciência de como todos os ocupantes de cargos podem chegar ao poder. A partir disso, é possível que a sociedade tenha controle das ações de seus representantes, bem como, noção de como acontece todo o processo político no Brasil.

Aqui você viu que seu candidato pode assumir uma cadeira posteriormente, mesmo não sendo eleito, ou que um candidato que você desconhece pode assumir o lugar do seu candidato eleito, caso ele se afaste. É possível até mesmo que seu voto em uma coligação ou partido possa, mais tarde, fazer com que outra pessoa que você não quer e/ou não conheça seja eleita. Por isso é importante estudar as minúcias do sistema político e ter clareza da situação ao votar em uma legenda ou candidato.

Mas, o entendimento em questão é: “Apesar de pré-candidatos (as) se apresentarem como DEPUTADOS SUPLENTES como status ou pelo simples interesse de se conotar alguma importância política para projetar candidaturas é errado. Eles não mentem em dizer que são suplentes, mas, exageram na dose em querer forçar uma situação que não existe.

À partir da terceira cadeira para trás é utópico pensar que irá assumir uma cadeira. Pior que isto, é propagar que está conseguindo recursos, emendas e por aí afora. ISTO É FAKE NEWS, pois, deputado suplente não tem esse poder, é apenas um (a) cidadão comum. CADA UM NO SEU QUADRADO E ENGANAR O POVO PARA TENTAR UMA CANDIDATURA JÁ É QUEIMAR NA LARGADA. O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA está na vigilante e fará o seu papel de um JORNALISMO SÉRIO E IMPARCIAL NO COMBATE A FAKE NEWS E ENGÔDOS POLITICOS. É preciso dar uma basta neste politicalha.

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