Há muitas questões de natureza humana que nos geram inseguranças e indecisões, levando-nos para uma crise. Seja ela, de convicções da nossa
cultura, dos nossos valores, da política e do nosso cotidiano.

Hoje, diante do que esta sendo apresenta por uma enfermidade mundial, amplamente disseminada, por um “inimigo” invisível, penso que podemos
estar vivendo uma crise do nosso cotidiano.

E essa crise pode nos suscitar, através de reflexões, a estrutura da nossa natureza: que somos seres vivos e inter-retro-relacionados e, por isso, interdependentes. Que segundo alguns estudiosos da ciência afirmam que há uma teia de conexões nos envolvendo por todos os lados, fazendo-nos cooperativos e solidários.

Entendo que essa crise mundial, pode nos levar para uma nova era societária, ou seja, pensar modelos diferentes de projetos pessoal e coletivo.
Dessa maneira, os esforços deverão ser simultâneos e solidários, ao invés de trocas competitivas, onde somente uma parte ganha as
demais perdem.

Podemos reinventar na nossa vida privada, nossa intimidade, nossos valores, nossa religião, nossos costumes, sempre estruturando na cooperação, na compreensão e na aceitação das relações.

Na vida pública, diante dessa crise mundial, podemos inventar uma nova economia, nova política, nova cultura e reafirmação da ética. Este pode ser um processo interno doloroso, que muitas vezes pode assumir aspectos dramáticos, mas que purificam para emergir valores positivos.

Porque deveríamos mudar diante da crise?

Primeiro porque ela nos mostras um dado essencial da vida e das estruturas humanas. Estamos vivendo essa realidade; o nosso sentido
existencial. Segundo e, buscando o filósofo Leonardo Boff, ele
afirma que, … “onde há vida há crise de nascimento, de crescimento, de madureza, de velhice e a grande crise da morte”.

Portanto, diante da crise, segundo os estudiosos, devemos ter uma decisão pessoal, senão não há superação da crise, apenas protelamos. Precisamos acreditar que, neste momento surge um novo paradigma e, nós teremos que modificar nossas ações humanas, onde todos participem da
vida em comunidade.

Portanto, o prazer que teremos de criar novas maneiras para as relações de um novo mundo, podemos faze-lo coletivamente, mesmo diante das incertezas da novidade e da necessidade de criar novos hábitos do nosso pensar e do nosso agir. Libertemos para uma vida mais vigorosa e cheia
de renovados sentidos.


Prof. Marília Vilardi Mazeto é advogada, Assistente Social e Professora Universitária com atuação na formação de muitas alunas ( os ) ao longo dos anos na Unimar. Apaixonada pela cidade, ela colabora com o Jornal do Ônibus de Marília, atuando como Colunista, com artigos e reflexões que possam contribuir com a mudança na forma de pensar do modo coletivo em beneficio da construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária.

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