A Situação parece que se complicou mais um pouco para a administração do HEM ( Hospital Espirita de Marília). Nem bem entrou em um acordo com a família da primeira vítima fatal do incêndio ocorrido no último dia 07, na manhã de hoje foi anunciado óbito da segunda vítima que estava internada em um hospital especializado em catanduva, após ter sido transferido da Santa Casa de Marília devido ao estado grave em que se encontrava.

Trata-se do Senhor Hélio Dias de Andrade, de 50 anos, pedreiro e estava internado na unidade de queimados da Santa Casa de Catanduva, para onde foi transferido alguns dias após a tragédia do dia 7 de abril.

RELEMBRANDO O CASO.

Conforme o publicado no Jornal do Ônibus, na tarde do domingo (7), um rapaz que estava acompanhado de outros dois pacientes em um dos quartos HEM, usando um isqueiro, ateou fogo nos colchões. 

Após o ato, ele correu e se trancou em um banheiro no quarto, que é bastante amplo. Ao perceber a fumaça, funcionários do Hospital acionaram o Corpo de Bombeiros.  

Os outros dois pacientes que dormiam no momento do incêndio sofreram graves queimaduras. O fogo foi colocado por um outro paciente. Segundo informações, trata-se do protético E.R.P. de 45 anos que teve um surto de distúrbio psiquiátrico.  

Saíram vítimas Diego Alexandre Carvalho Cardoso, de 34 anos,pintor, e que residia no Bairro Alto Cafezal, na Zona Oeste de Marília. Diego não resistiu aos ferimentos e veio a falecer no dia 14 deste mês. Já a outra vítima, o senhor Hélio Dias de Andrade, pedreiro de 50 anos, que residia no Jardim Santa Clara, na Zona Sul de Marília, foi a óbito nesta madrugada se tornando a segunda vítima.

Após o fato, o paciente que causou a tragédia, foi isolado por internos em uma outra ala, após o incêndio, para não ser linchado por outros pacientes. Foi transferido para um hospital de Garça, onde também foi ameaçado pelos outros pacientes e ficou isolado.

Ele já havia sido autuado várias vezes por surtos psicóticos. A última condução dele foi no dia 2 de abril, quando dizia estar sendo perseguido e que ia morrer. Mesmo ao lado da viatura policial, ele ainda correu atrás de uma pessoa com faca, sendo necessário ser contido, algemado e amarrado.

INDENIZAÇÕES

A Família da primeira vítima, Diego, após a tragédia vive o drama de como pagar as despesas de funeral e sepultamento. Segundo relato, fizeram empréstimos para pagar sepultamento do rapaz na esperança de obter algum apoio do HEM.

Segundo eles, passados dez dias do sepultamento, a família procurou a direção do Hospital Espírita para tentar o ressarcimento das despesas com os funerais e pagar o empréstimo realizado junto a um amigo, mas não conseguiu, pois o advogado do Hospital teria solicitado que os mesmos assinassem documentos abrindo mão de se recorrer à Justiça em buscar dos direitos.

A mãe de Diego é a cuidadora de idosos desempregada Solange Carvalho e o padrasto, o atendente Wolmir Rossilho que vive em situação precária em uma casa de madeira alugada.

HOSPITAL CONTESTA

Nossa reportagem entrou em contato com a direção do Hospital Espírita de Marília, e, um dos Gestores afirmou que foi oferecido pagamento das despesas à família de Diego. “Fizemos uma proposta de pagamento que supria todas as necessidades, mas os familiares não aceitaram e já estavam movendo ação judicial. Diante disso, encerramos a tentativa de acordo e passamos o caso para o departamento Jurídico do Hospital resolver”. Não foi revelado o valor oferecido à família. 

Já com os familiares da segunda vítima, não conseguimos obter um contato, mas, segundo informações extra oficiais, eles também estariam com a intenção de acionar juridicamente o HEM ( Hospital Espirito de Marília ).

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