No dia 15 de novembro,  eleitores de todo o país vão às urnas para escolher seu candidato a prefeito e – não menos importante – vereador, o cargo responsável em elaborar leis, fiscalizar o executivo e representar os anseios da população.

Em Marília, são 321 candidatos na corrida para ocupar as 13 cadeiras da Câmara Municipal, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com um número tão grande de opções, partidos e propostas, a escolha se torna mais difícil.

Vale lembrar que, ao contrário do prefeito, os vereadores são eleitos por sistema proporcional, ou seja, pelo quociente eleitoral – a divisão dos votos válidos pelo total de vagas.

Primeiro, soma-se o total de votos do partido para definir o número de cadeiras a que terá direito. Depois, as vagas são distribuídas entre os candidatos que receberam mais votos nominais na sigla. Só serão eleitos aqueles que tiverem votação igual ou superior a 10% do quociente eleitoral.

Apenas para recapitular, em 2012, foram necessários 9.160 votos para se fazer uma cadeira. Em 2016, o número caiu para 8.594, e, a cidade registrava 169 mil eleitores em uma disputa proposta de 19 candidatos por vaga contra os atuais 178.917 deste ano, aptos a decidirem o futuro do legislativo Mariliense, porém em uma briga de 24 candidatos por vaga.

No ano de 2016, o vereador Danilo da saúde foi o mais votado com 3.831 e o último a sentar na poltrona legislativa foi o vereador João do Bar que obteve 1368 votos. Para o ano de 2021 já é certo que, no mínimo teremos três caras novas, pois os vereadores Cicero do Ceasa, Mário Coraíni e Mauricio não estão concorrendo.

Voltamos a frisar que a grande expectativa está para o número de eleitores que comparecerão as urnas, pois, somente aí será possível se construir o calculo para se achar o quociente de cadeiras, por exemplo: se houver 100 mil votos válidos válidos , divide-se por 13 (cadeiras do Legislativo em Marília) e teremos o quociente eleitoral, que neste caso seria em torno de 7,3 mil votos.

Ou seja, o partido que atingir 7,3 mil votos, elege um vereador (o mais votado da legenda) automaticamente. Se obter 14,6 mil votos, elege dois vereadores. Na eleição de 2016 foram computados 111. 722 votos válidos. Para este ano, devido a pandemia, a preocupação dos candidatos e imensa e, segundo o caldeirão dos corredores políticos, o quociente eleitoral para se fazer uma cadeira não deverá ultrapassar a casa dos 8.000 votos.

Voltando ao raciocínio, em seguida, quando os partidos não atingirem mais o quociente, começa  a sobra de cadeiras. O partido que elegeu um vereador, teve por exemplo, sobra de 5,2 mil votos. Se nenhum outro atingir esse número, na sobra, o partido obtém mais uma cadeira. E assim vai, até se completarem as 13 vagas.

Parece brincadeira, mas, é possível, que um partido que não venha a atingir o quociente eleitoral, poderá mesmo assim participar da sobra de votos e conseguir eleger vereador, ou seja, grande chance para partidos considerados nanicos na terra do biscoito. 

De uma maneira geral, os eleitores têm pouco incentivo para buscar informação sobre os candidatos, já que percebem que têm pouco poder individual de decisão em uma eleição.

O custo dessa informação é muito alto, visto o resultado que ela vai produzir. Isso leva a um fenômeno clássico em qualquer eleição, que é o baixo índice de formação dos eleitores e consequentemente a eleição de pessoas despreparadas para ocupar o cargo.

Pelo que detectamos ao longo dos anos, eles têm pouca informação e agem de maneira pouco cuidadosa, tendem a votar com razões superficiais, com base no parentesco ou em amizade. Como o vereador está muito próximo das pessoas, todo mundo conhece algum candidato, ou tem algum parentesco, amizade.

Então, como escolher?

O ideal seria que as pessoas acompanhassem o trabalho dos vereadores ao longo do mandato e fiscalizassem os votos e decisões tomadas pelos parlamentares durante os anos. Uma parcela relevante das pessoas sequer se lembra em quem votou na última eleição. A maioria das pessoas fiscaliza muito pouco o que os vereadores eleitos fazem.

Infelizmente é irrealista acreditar que essa fiscalização possa acontecer. As pessoas devem, na medida do possível, se informar sobre assuntos políticos, para diferenciar os assuntos que realmente importam dos assuntos que são futrica eleitoral. Brigas e bate-bocas são irrelevantes para a política.

Para escolher seu candidato, O JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA recomenda que os eleitores façam um exercício de introspecção. “Quais são as questões fundamentais? Aí varia de pessoa para pessoa. Mas são as grandes decisões que afetam a vida da cidade. É necessário pensar o que é importante para você na decisão pública.”

DICAS PARA FACILITAR SUA ESCOLHA

DivulgaCand

O TSE apresenta informações de todos os candidatos. Estão disponíveis dados como lista de bens declara- dos, total de recursos financeiros recebidos e informações sobre doa- dores das campanhas.

Site da Câmara

No site da Câmara, o cidadão pode ver como cada vereador eleito gastou o dinheiro público ao longo dos anos. Assim, fica mais fácil avaliar se vale a pena votar no mesmo candidato para mais um mandato.

Redes sociais

Cada vez mais presentes nas campanhas, principalmente na pandemia, as redes sociais são uma boa forma de acompanhar possíveis escolhas para o voto. Muitos candidatos são ativos em perfis no Facebook, Instagram e Twitter.

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