O JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA, com o objetivo de manter a sua já tradicional imparcialidade na divulgação de suas matérias e, ao mesmo tempo, a rotina de sempre levar ao eleitor um jornalismo transparente, sem maquiagem e com a verdade dos fatos, vem por meio desta nota deixar bem claro a sua posição a respeito da reabertura do comércio, antes de qualquer comentário maldoso e inconsequente proferido normalmente por políticos ou agregados a eles.

“Somos favoráveis a reabertura do comércio, em defesa da sobrevida de milhares de comerciantes e empreendedores e da manutenção do emprego de tantos outros milhares, desde que, sejam respeitadas todas as medidas preventivas e sanitárias de combate ao maldito vírus. Sabemos que, a maioria cumpre a risca e não é o comércio o principal vetor de transmissão no município, mas, sim, a conduta de algumas pessoas irresponsáveis que insistem em desrespeitar as regras realizando festas clandestinas e tolerando as aglomerações em alguns bares, além claro, da grande falha da administração municipal na falta de fiscalização e multa nas constantes aglomerações no transporte coletivo e a implantação de barreiras sanitárias. O grande motivo desta matéria é justamente mostrar a realidade dos fatos sem fazer politicalha diante de um momento tão crítico. Em nosso humilde ponto de vista, o papel do bom político e do jornalismo com excelência não é promover o caos ou tampouco realizar atos e ações com o objetivo da auto promoção ou iludir a população. Por esta razão, buscamos estudar a robustez das leis aprovadas pelos senhores vereadores a toque de caixa e sancionado pelo prefeito municipal no último sábado onde, destacamos aqui, a sensatez do vereador Junior Féfin que foi íntegro em sua fala sobre a fragilidade da lei diante de um decreto estadual, ou seja, reforçando a nossa tese de que; o MP poderá derrubar a qualquer momento. Com isso buscamos alguma jurisprudência sobre o assunto, sem precisar ir muito longe para dizer a verdade a todos os comerciantes”.

Justiça pode a qualquer momento decretar novo fechamento do comércio.

Antônio Carlos : Juiz José Machado de Castro Neto é o novo diretor do foro  de Posse/GO

A exemplo do que aconteceu em Bauru, o MP pode a qualquer momento decretar o fechamento do comércio de Marília, sob o risco de multa altíssima pelo não cumprimento, ou seja, todo o ato realizado no sábado na câmara municipal serviu apenas para fotos, sem qualquer eficácia ou alicerce jurídico para sua sustentação, apenas politicagem.

Na competência concorrente, prevalece a norma de maior abrangência, em face dos interesses maiores da nação e do efeito integrador. Dessa forma, o direito à saúde se sobrepõe à atividade econômica, por sustentação contemplada na constituição federal.

O contexto da decisão se baseia no crescimento exponencial do número de casos do coronavírus. Na visão do MP, embora haja enorme preocupação com a economia e a preservação de empregos, estes não podem se sobrepor ao direito à vida, que, neste momento, exige medidas mais restritivas à circulação de pessoas, sendo recomendado o isolamento social.

Diante dessa visão, o entendimento e a tendência do órgão será sempre
proibindo o funcionamento de shoppings, galerias e lojas de departamento durante a pandemia do coronavírus.

Em nosso entendimento, o lockdow não é alternativa para combater o vírus que, já está provado que veio para ficar assim como o H1N1 e tantos outros. O grande desafio deve ser novo comportamento da população diante do vírus, que, deve ser as medidas já exaustivamente repetidas nos diversos veículos de comunicação. No entanto, como isto não ocorre, as autoridades tentam através de dispositivos de lei evitar a proliferação do Covid-19 inibindo a presença das pessoas nas ruas.

Por fim, citamos a falta de leitos suficientes para atender a população de Marília. Não é preciso ler borras de café para se prever o desastre que pode acontecer na cidade, se considerarmos o fato de que, os leitos anunciados aos quatro ventos para o município ( 10 para o HC e 10 para HU ) ainda não estão em funcionamento e, ninguém fala nada a respeito.

Verdade é que, a verba do governo federal para o leitos já existentes se encerrou no dia de ontem, 31 de Janeiro e, que não há garantias para o envio de novas verbas e, tampouco do apoio de governo estadual para os leitos já existentes ou ainda dos que serão criados. Para piorar, existe ainda o tempo necessário de implantação, contratação e treinamento de pessoal que não ocorre com menos de 45 dias.

Em síntese, desejamos boa sorte aos nosso heróis que abriram suas portas na expectativa da sobrevida para pagar suas contas e manter o ganha pão de milhares de famílias, mas, não podemos vender ilusão e nem transmitir uma falsa ilusão de um ato que poderá ser derrubado a qualquer momento. Precisamos de menos atos políticos e mais ações estratégicas que convençam o ministério público e o supremo de que as medidas adotadas contribuem de fato para a preservação da vida.

O que se faz necessário também, é o engajamento de um número maior de comerciantes e empresários nas mobilizações, a exemplo do que aconteceu no dia de ontem na cidade de Bauru. Povo, administração municipal, deputados, comerciantes e empresários unidos em pról do bem comum de um município que está agonizando. Está na hora deixar a politicagem de lado e desenvolver ações que preservem a vida e que mantenha acesa a chama do desenvolvimento da Marília de Dirceu.

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