As eleições municipais 2020 estão marcadas para os dias 15 de novembro e a abordagem aos eleitores é a principal preocupação.

Além dos novos protocolos sanitários para o dia da votação, a pandemia trouxe outro desafio para as eleições municipais de 2020: repensar as campanhas e as agendas de rua sem contato físico e aglomerações.

Mesmo sem as caminhadas pelo comércio com apertos de mão, porém, o corpo a corpo não será abandonado pelos candidatos em Marília.

Para evitar o contágio, eles devem apostar em um número reduzido de saídas, o já obrigatório uso de máscara, distanciamento entre as pessoas e diminuição da quantidade de materiais impressos.

No plano sanitário que define os protocolos para o dia da votação, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reuniu recomendações para as campanhas em meio à pandemia.

Estão entre as sugestões orientar o uso correto de máscara para os participantes, optar por espaços amplos e abertos quando em contato com outras pessoas e evitar aglomerações e distribuição de material impresso.

Alguns candidatos a vereador já estão realizando agendas [de rua] pontuais, com uso de máscaras e álcool em gel, não abdicando do método tradicional, que são as caminhadas, o corpo a corpo que rotineiramente ocorre nos mais diversos bairros.

Para a maioria dos candidatos os encontros presenciais com a população continuam importantes, prevalecendo a antiga fórmula dos três “s”, ou seja, sangue, saliva e sola de sapato.

A visão dos mais experientes é uma só; campanhas que não são financiadas por esquemas com construtoras e grandes empresas privadas e com pouco tempo de rádio, não podem abrir mão do contato com a população, no entanto, a atuação nas redes sociais também será fundamental importância seguindo uma tendência desde 2016.

O risco de contágio por coronavírus levou a uma alteração de protocolos para o dia da eleição. Entre as medidas, o TSE excluiu a identificação biométrica e o recebimento do comprovante de votação passará a ser facultativo, entregue apenas mediante solicitação do eleitor.

Além disso, em vez de entregar o documento de identificação ao mesário e retirá-lo após a votação, o eleitor deve apenas exibir o documento ou o e-Título (título de eleitor digital) pelo smartphone, mantendo a distância recomendada de um metro.

O protocolo sanitário do TSE também prevê a higienização constante de superfícies como as mesas e cadeiras usadas pelos mesários, e o uso obrigatório de máscaras.

“O risco [de contaminação] existe pela proximidade das pessoas e pela possibilidade de o papel estar contaminado”, explica Leonardo Weissmann, infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, sobre a distribuição de material impresso.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, em nota publicada em maio,“com base em estudos, é possível uma pessoa contrair Covid-19 por tocar uma superfície ou um objeto que está com o vírus e depois tocar a boca, nariz ou olhos –mas acredita-se que essa não seja a principal via de transmissão da doença.”

Para se ter uma ideia de que a preocupação não é só em nossa cidade, a reportagem do JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA apurou que para a entrega de materiais impressos em São Paulo, a equipe de uma candidata pensa em adotar uma espécie de bolha de proteção para panfleteiros, que também utilizarão máscaras.

Pela análise da equipe as agendas presenciais serão menos comuns, mas ressalta que o acesso à internet ainda é desigual na população –e que essa parcela precisa estar incluída na campanha.

Mesmo com a previsão de ir às ruas, todos coordenadores de campanha deverão dar um grande destaque para a internet, pois, o engajamento nas redes serão um elemento importante para impulsionar os candidatos mais criativos.

Alguns partidos que pegaram como termômetro a campanha do presidente Jair Bolsonaro, diminuirá a produção de materiais impressos, substituindo-os por veiculação de materiais nas plataformas online ou apostar em lives com influenciadores em suas redes e na distribuição de santinhos virtuais.

O WhatsApp, neste início de campanha, ou por quanto durar isso, vai ser o porta a porta. Mais para a frente, propagandas no rádio e TV também passam a ter grande peso para os candidatos.

Em um análise pura e simples, a pandemia serviu como catalisador de uma nova maneira de fazer campanha, em que as redes sociais ganham destaque aonde as plataformas e o WhatsApp devem ser os principais focos de atuação.

Em síntese, a agenda de rua deve ser consideravelmente menor do que nas últimas eleições, e a distribuição do material impresso também deve ser reduzida. O candidato não vai para a rua com dezenas de pessoas contratadas distribuindo panfleto e coisas do tipo. Caso o faça, deverá gastar em muito com EPI’s e outros equipamentos de proteção para as panfleteiras e divulgadoras.

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