Na manhã de hoje, sexta feira ( 1º ) a DIG ( Delegacia de Investigações Gerais ) divulgou nota informando o esclarecimento do assassinato que vitimou o jovem Dirceu Hilário Ortega Alonso, filho do empresário Dirceu Alonso e sobrinho do Prefeito Daniel Alonso.

PARA RECORDAR

Segundo o Histórico, o crime ocorreu no dia 12 de janeiro passado, em um itambé no Parque das Azaléias, na Zona Sul de Marília. O delegado titular da DIG que comandou as investigações, Drº Valdir Tramontini ressaltou; “Inicialmente convém ressaltar a complexidade das investigações, pois os fatos ocorreram em local em que impera a denominada ‘lei do silêncio’, o que acentua, em muito, a urgente necessidade da imediata criação de rede de apoio para proteção a vítimas e testemunhas, nos moldes da denominada ‘Casa Abrigo’ prevista no artigo 35 da Lei 11340/06, a chamada lei Maria da Penha”.

O desaparecimento do rapaz ocorreu no dia 8 de janeiro, por volta das 23h, após deixar a residência onde vivia com a amásia. Neto Alonso  era usuário de cocaína, estaria sob efeito de drogas e teria se dirigiu ao Parque das Azaleias, em conhecido ponto de tráfico na Zona Sul.

No dia seguinte, 9 de janeiro, para manutenção de seu vício, teria recebido entorpecentes de indivíduo de apelido ‘Nando’ (19 anos – morador naquela região) para venda a terceiros, mas ao invés de vendê-los, os consumiu.

Ainda na sequencia da coletiva o mesmo disse; “Neto Alonso, como era conhecido, sob contínuo uso de entorpecentes, ainda teria consumido uma segunda carga de drogas a ele entregue por Nando, fato que lhe causou a morte, eis que este último e o coautor Edinho (41 anos – morador no bairro Tofolli), passaram a agredi-lo até a morte com socos e pauladas na cabeça, para em seguida jogá-lo em desfiladeiro próximo, com o intuito de ocultação do cadáver, que somente foi localizado após muito empenho de terceiros, no dia 12 de janeiro, sendo de lá retirado no dia seguinte, com apoio de helicóptero”,  concluiu.

Rumores e boatos norteavam a suspeita que o rapaz havia caído acidentalmente no penhasco.  “Entretanto, minucioso exame necroscópico concluiu que a característica das fraturas do segmento cefálico remete a lesões repetidas advindas de diferentes regiões, o que fala contra uma lesão única provocada por precipitação, e que os ferimentos corto contusos produzidos em segmento cefálico são compatíveis com lesões produzidas por terceiros e não por uma queda, denotando uma possível natureza homicida”, fecha a nota divulgada.

“Trata-se de homicídio praticado por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa do ofendido, o que qualifica o crime, equiparando-o a hediondo, com pena de 12 a 20 anos de reclusão”, explica o Delegado Garcense Drº Valdir Tramontini.

As prisões temporárias dos investigados foram decretadas após requerimento do delegado, sendo que Nando, que registra antecedentes criminais por tráfico de entorpecentes, foi preso já na manhã de ontem (28). Já o outro envolvido, “vulgo” Edinho (com antecedentes por roubos e posse/tráfico de entorpecentes) se encontra foragido.

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