Ação cumpriu mandados de busca em residência de três pessoas do alto escalação do governo Daniel Alonso (PSDB), além de prédios públicos e escritório político do grupo

JÁ ESTÁ FICANDO VERGONHOSO. Novamente a cidade de Marília é destaque nos principais jornais do Brasil por uma ação investigativa da Policia Federal. Para não fugir do roteiro, mais uma vez, o palco é a prefeitura municipal de Marília, onde o alvo direto é o gabinete do prefeito Daniel Alonso e seus asseclas próximos.

Na manhã desta quarta feira, homens da PF (Polícia Federal ) deflagraram a “Operação Gold Sneaker”, que apura fraude em licitação e superfaturamento de mais de R$ 1 milhão na aquisição de tênis escolares realizada pela Prefeitura de Marília para alunos da rede municipal de ensino.

A reportagem do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA apurou que os Agentes da Policia Federal cumpriram simultaneamente 15 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Federal. A ação teve seis alvos em Marília, quatro em Sapiranga (RS), dois na capital paulista, um em Canela (RS), Navegantes (SC) e Maringá (PR). Entre os alvos da “Operação” em Marília estão três funcionários do alto escalão do governo Daniel Alonso (PSDB), os chamados, “homens de confiança”.

A PF não divulgou informações sobre o conteúdo do material apreendido, mas, a sabe-se que a ação cumpriu mandados no prédio da prefeitura de Marília, no setor de licitações e no famoso “QG” do grupo, um escritório utilizado para reuniões políticas.

O “modus operandi”

A ação foi realizada pela “necessidade de aprofundamento das investigações sobre eventual pagamento de propina a servidores públicos municipais”, segundo a PF. A investigação começou após comunicação do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) sobre possível fraude e a utilização de recursos federais para o pagamento da empresa vencedora da licitação realizada pela administração municipal.

“Elementos colhidos até o momento apontaram que a fraude teria ocorrido em Pregão Presencial realizado pela prefeitura municipal de Marília, mediante a inclusão de cláusula restritiva à participação de licitantes, consistente na exigência de apresentação de laudos técnicos comprobatórios da qualidade dos produtos fornecidos, porém em prazo exíguo”, afirmou a PF.

Ainda conforme os responsáveis pela operação, também existem indícios de “conluio entre as empresas participantes, buscando elevar os preços dos produtos licitados”. Os produtos foram arrematados em R$ 2,2 milhões. A PF estima que o superfaturamento causou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos.

A versão da gestão expertise.

Logo após o ocorrido e devido a repercussão que já invadiu as redes sociais e os principais canais de TV aberta e portais de noticias com independência para informar o fato, a assessoria de imprensa divulgou a seguinte nota :

Nota: Operação PF Prefeitura de Marília : Em relação a operação da Polícia Federal na manhã dessa quarta-feira (01), a Prefeitura de Marília informa que mais uma vez atendeu a todas as solicitações dos agentes federais e que os mesmos não retiraram nenhum documento/aparelhos da Prefeitura referente as denúncias. Esclarecemos a toda população que é de interesse desta administração, que pauta seus atos pela legalidade e honestidade, que seja apurada a denúncia para total transparência desta gestão eficiente.
Diretoria de Divulgação e Comunicação
Prefeitura de Marília

Os investigados podem ser indiciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de delitos previstos na lei de licitações. As penas podem superar os 24 anos de reclusão.

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