E não é que o episódio voltou a se repetir ? Nossa reportagem foi procurada na última sexta feira (22) por um grupo de cuidadoras CONTRATADAS da empresa IAPE que presta serviços para a prefeitura municipal de Marília, no atendimento as crianças com necessidades especiais nas creches e emeis do município.

O fato vem da agravante de um suposto calote em rescisões trabalhistas, segundo mais de uma dezena de audios comprobatórios enviados a nossa redação, confirmando que, algumas funcionárias teriam sido dispensadas, sem nada receberem.

Nossa reportagem apurou que a tal empresa, denominada como IAPE (Instituto de Apoio à Pessoa com Deficiência e Inclusão Social), possui sede na capital paulista, mas, foi contratada pela prefeitura municipal pela bagatela de 5,3 milhões de reais para oferecer por 12 meses um total de 200 cuidadoras de alunos com necessidades especiais nas unidades escolares do munícipio, como já citamos.

RISCO EMINENTE : Retorno às aulas poderá ocorrer sem as cuidadoras.

Curiosamente, o contrato com a referida empresa vencerá no próximo mês de março e segundo as denunciantes, apenas 80 servidoras ainda continuam no cargo, mas com a denuncia de pendência nos vencimentos do mês de dezembro/2021 e janeiro/2022.

Em um dos áudios, uma das denunciantes aponta um gestor de nome “Adriano” de omisso em toda a situação. Segundo ela, o mesmo não atende o telefone e não se comunica com as servidoras para falar de quem é a culpa e o que está acontecendo; “Ele foge, as funcionárias tentam falar com ele e o mesmo não atende o telefone. Tanto ele como a Paula”, diz em um trecho.

INCÓGNITA : Cuidadoras levantam duvidas sobre a real identidade da empresa.

Em um dos áudios, uma das cuidadoras levantou um questão importante, até então nunca comentada; “Porque não é possível, na CUIDARE, CONVIVA e agora na IAPE, é o mesmo Adriano como gestor ? Se a empresa é diferente, porquê são os mesmos funcionários ? Eu trabalhei nas três e ele, o Adriano era o gestor. Ou seja; muda o nome, mas, a empresa é a mesma, não muda quem comanda”.

Em outro áudio, é possível constatar novos relatos, no mínimo suspeitos; “Eu não acho, eu tenho a certeza, porque uma cuidadora que é minha vizinha que agora trabalha em uma grande empresa, trabalhou na IAPE. Ela me falou que deu um problema no CPF dela. A questão é que tudo ocorreu quando ela trabalhou na CUIDARE. Ela me falou que o documento dela deu problema e o pagamento ficou bloqueado. Ela citou que informou ao Adriano que iria procurar a antiga empresa para resolver a questão, mas, ficou surpreendida quando o mesmo falou que resolveria a questão, pois ERAM TODAS UMA MESMA EMPRESA, OU SEJA, SEGUNDO DECLARAÇÕES DO MESMO, SÓ TERIA TROCADO A RAZÃO SOCIAL, mas, a empresa era a mesma. Eles entram com um outro nome, mas, é a mesma pessoa, o seu Nélson que é o dono. NOTA= No áudio ainda consta outros relatos e denúncias graves a respeito do assunto.

Já em outro áudio, uma das cuidadoras comenta que já consta ações na justiça contra a empresa; “O caso da fulana acabou indo parar na justiça, está na mão do juiz, devido ao que fizeram com ela”, concluiu entre outras informações.

Nossa reportagem dentro do seu peculiar espirito democrático tentou um contato como pseudo gestor de nome Adriano pelo telefone 97***–****, mas, infelizmente a mensagem era; “ESSE TELEFONE NÃO EXISTE”.

Tentamos um contato com a empresa, comparecendo pessoalmente ao escritório localizado na rua Nelson Spielman, quase esquina com a rua Nove de Julho, mas, apesar das inúmeras tentativas, ninguém nos atendeu, e a porta realmente estava fechada. Em tentativa via telefone, o numero que nos foi fornecido, 33**-***4, TAMBÉM CONSTA COMO INEXISTENTE.

Cadê o meu salário que era para estar aqui ?

Em todos os relatos uma reclamação era constante; “CADÊ O NOSSO SALÁRIO ? “. As cuidadoras informaram que o salário de dezembro pagaram apenas metade e as férias de janeiro, as funcionárias teriam assinado de forma antecipada os papeis, mas, o dinheiro não caiu na conta até a publicação desta matéria. ISTO É INCRÍVEL !!!

Outro fator que no mínimo merece uma averiguação é a denuncia gravíssima dos valores efetuados; “Eu trabalho por seis horas, e nunca recebi mais de R$ 800,00 reais. O vale alimentação tem previsão de deposito de R$ 100,00 reais, mas, depositam somente R$ 50,00”, consta em uma das denuncias.

Segundo uma das cuidadoras ouvidas, o gestor Adriano teria enviado a mesma um mensagem de texto afirmando que não havia nenhuma previsão do dia do depósito. Segundo ele, o presidente da empresa estava em negociação com a prefeitura para saber quando iria ser feito o pagamento, mas, realmente não existiria uma data exata para que a quitação da pendência, já assinada, mas não efetivada.

Em uma ultima tentativa efetuamos um nova tentativa, desta feita com a gestora de nome Paula, através do telefone 11-9****-***6, mas, a mensagem é a mesma: TELEFONE NÃO EXISTE.

Em verdade vos digo, biblicamente falando “È digno de seu salário o trabalhador”. “É o trabalhador (a) que sustenta a sua dignidade, pois, esta não lhe é um favor, mas um valor intrínseco.” Jesus fala que o ser humano não pode ficar à deriva de sua fragilidade. Entre outras medidas isso passa por acesso a trabalho e salário dignos.

Indo mais adiante encontramos no evangelho de Mateus 10:10 – “não levem nenhum saco de viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno do seu sustento”, Enfim são diversas citações a respeito que significam um só direito; “Quem trabalha, DEVE receber pelo seu suor derramado”.

Mesmo assim, dentro da prática de nosso jornalismo que busca de forma imparcial a verdade dos fatos, sempre tentando ouvir todas as versões de um fato, deixamos aqui um espaço em aberto para um nota ou justificativa da empresa. Mais adiante, estendemos a abertura para a prefeitura municipal e principalmente os senhores vereadores que ganham justamente para fiscalizar TODOS os atos do executivo. OU NÃO ???

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