Marília tem o seu primeiro caso de vítima fatal provocado pela Dengue. Trata-se da Senhora Sandra Ap. M. Gonçalves de apenas 38 anos. A mesma era esposa de um querido Motorista do SAMU ( Eliseu ) e deixa 02 filhos. A noticia foi confirmada no final da tarde deste sábado ( 25) e ainda sem um pronunciamento oficial da Secretaria municipal de Saúde.

Apesar da sujeira, falta do famoso fumacê e de um trabalho mais efetivo no combate ao mosquito, fontes extra oficiais nos passam um numero superior a mais de 520 casos na cidade e mais de 2500 casos em investigação. Ao contrário das outras cidades, a secretaria municipal não divulga semanalmente os números reais e a população segue inerte ao problema sem saber a grave realidade que estamos prestes a enfrentar se não houver uma ampla mobilização.

Em Tupã por exemplo os números da dengue em Tupã não param de subir, e, ontem, sexta-feira (24 ) foram confirmados 3722 casos da doença e 790 pacientes aguardando resultados. Só nesta semana, foram confirmados mais de 600 casos.

A cidade enfrenta a pior epidemia da história e poucas ações do poder público são vistas nas ruas. Apenas a UPA oferece atendimento espontâneo aos pacientes que chegam a esperar mais de 8 horas para passar pelo médico.

A Secretaria de Saúde de Bauru (SP) divulgou na ultima terça-feira (21) a confirmação de 1.150 novos casos de dengue, a maioria deles autóctones (contaminação no próprio município) e apenas dois importados.

Com esses novos casos, Bauru chegou à marca de 18.028 pessoas que contraíram a doença neste ano, o que ratifica a condição de pior epidemia de dengue da história da cidade. Desse total, apenas 32 casos são importados.

O número de mortes manteve-se em 17 casos, o mesmo da semana passada. Outros casos suspeitos ainda aguardam resultados do Instituto Adolfo Lutz.

E outras cidades de nossa região, infelizmente os números não param de subir e também já com registro de óbitos. Em algumas cidades como Lins, até o exército foi utilizado em operações de combate ao mosquito.

Já em Marília, foram realizadas campanhas educativas objetivando conscientizar a população sobre a importância de combate ao mosquito. Nossa reportagem tentou um contato com o secretario municipal de saúde, mas, não obtivemos sucesso, no entanto, o espaço está aberto para a sua manifestação.

O alerta é vital : Dengue pode matar e com certeza deixa as pessoas bastante debilitadas.

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus.

Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo. Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.

Formas de apresentação
A dengue pode se apresentar – clinicamente – de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.

1- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

2- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

3- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.

Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

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