A reposição das botijas de gás só deve ser normalizada nas próximas semanas

A procura pelo gás de cozinha tem crescido nos últimos dias. Com muitas pessoas em casa, no isolamento social para evitar a disseminação do Novo Coronavírus, a demanda pelo produto aumentou e está deixando os revendedores com baixo volume de botijões cheios. 

De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo o consumo entre os paulistas e consequentemente os Marilienses, aumentou em 23% nas últimas semanas. Segundo a entidade, uma nova carga do produto, importado da Argentina, chegou na terça-feira (31) ao Porto de Santos e começou a ser engarrafado em botijões.

A quantidade de gás importada da Argentina é suficiente para encher 1,6 milhão de botijões. O Sindigás voltou a pedir aos consumidores que evitem comprar mais do que o necessário, permitindo que pessoas que estão sem o produto consigam comprá-lo também.

“O atraso (no abastecimento) é resultado do aumento da procura pelo produto devido à pandemia da Covid-19“, ressalta a Sindigás em nota. “Não houve redução no fluxo de entrega do produto considerando uma demanda normal. O que ocorreu foi uma leve antecipação de compras por consumidores preocupados com a pandemia e o isolamento social.”

Os restaurantes e lanchonetes, que já precisam lidar com o baixo volume de clientes por causa da pandemia, agora tem mais um motivo para se preocupar. O S. L.M, por exemplo, é dono de um restaurante na zona sul da cidade, e está preocupado se vai conseguir encontrar o gás. “O meu botijão só vai durar até este sábado (11), e eu não estou conseguindo encontrar o gás em lugar nenhum. Tem distribuidora que não atende mais o telefone”, conta. 

De acordo com o último boletim do Ministério de Minas e Energia, a demanda de gás natural já vem aumentando desde o inicio do ano. Em janeiro, a demanda cresceu 8 milhões de metros cúbicos em relação a dezembro de 2019. 

Falta gas de cozinha no DF. Foto: Vitor Mendonca/Jornal de Brasilia

O sindicato pede para que as pessoas não estoquem o gás em casa, além de trazer riscos de segurança para das pessoas, também agrava a escassez do produto. 

Nossa reportagem realizou uma patrulha pela cidade e visitou 06 revendedoras em pontos diferentes, sendo que, em quatro a placa ” Não temos gás” estava afixada no portão de entrada ou guichê de vendas. Em um ponto de venda na zona sul, coincidentemente uma caminhão estava chegando para o reabastecimento e na e zona oeste, as últimas unidades estavam sendo comercializadas na portaria.

Em comunicado, a distribuidora Ultragaz também afirma que “o isolamento social tem provocado uma mudança de comportamento nos consumidores para estocar gás, comprando um segundo botijão de reserva”. Segundo a empresa, seus revendedores receberam a orientação de manter a prática normal de preços, apesar da liberdade que têm de fixar seus próprios valores. “A Ultragaz enfatiza que não admite a prática de preços abusivos e vê como essenciais à garantia das boas práticas do mercado as ações de fiscalização que vêm sendo tomadas pelos organismos de controle, especialmente o Procon”, acrescenta.

A Liquigás, distribuidora da Petrobras, declarou em nota que ainda que não há interrupção no fluxo da cadeia de abastecimento em nenhum estado brasileiro e que todas as unidades de distribuição estão operando para atender a demanda dos consumidores residenciais, comerciais e industriais.

NÃO PAGUE À MAIS : Preço máximo do botijão de gás de 13 kg deve ser de R$ 70.

O preço máximo do botijão de cozinha de 13 kg deve ser de no máximo R$ 70,00 reais no estado de São Paulo, anunciou recentemente Fernando Capez, Diretor executivo do Procon-SP.

Segundo ele, equipes do Procon de todo estado, inclusive Marília estão orientadas a fiscalizar as distribuidoras para identificar e punir os comerciantes que estiverem praticando preços abusivos.

Antes da Pandemia, o gás de cozinha na cidade variava entre R$65.00 e R$ 80,00 reais, sendo que hoje, o botijão oscila entre R$ 75,00 e R$100,00 reais. A orientação é que, em casos de abuso de preços, o consumidor pode estar solicitando a nota que comprove o valor cobrado e efetuar a denuncia.

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