O que era para ser um processo eleitoral sério e sem intercorrências devido a importância do cargo e relevância de sua atuação, acabou se tornando uma verdadeira bagunça na manhã de hoje no CEESJA, na rua 24 de Dezembro, no centro de Marília, sendo necessário a presença do policiamento que chegou a adentrar o local de votação.

Nossa reportagem foi acionada e como único veiculo de comunicação presente na votação que escolherá os 10 novos conselheiros, comprovou a falta de organização para um processo que exigia no mínimo respeito para com os eleitores que saíram de suas casas nesta manhã de domingo( 06 ).

Conforme foi determinado para todo o Brasil, a eleição deveria começar pontualmente às 08:00 hs, mas, segundo os fiscais, houve problema com as urnas e o portão só foi oficialmente aberto 08:34 minutos. A imensa fila contornava a rua 24 de dezembro chegando a rua sete setembro já na esquina com a rua XV de novembro.

No sentido contrário, a mesma seguia pela rua Cel. José Brás até a mesma rua XV de novembro. Pelo menos umas 80 pessoas desistiram de votar e retornaram para suas casas. O Srº R.C.S, construtor e morador do bairro Sta Antonieta lamentou; ” Eu atravesso a cidade para votar, gasto combustível e chego aqui essa pouco vergonha. vou embora e acho que não volto mais e nunca mais voto. Isto é uma palhaçada e um desrespeito com o cidadão”, declarou ele.

A desorganização geral não parou por aí, e na parte interna a falta de informações e de pessoas para o atendimento provocou o grande acumulo de pessoas em múltiplas filas que somente após muitas reclamações acabaram por amenizar a situação.

Já nas secções eleitorais, não havia atendimento prioritário, sendo que foi necessário a intervenção deste jornalista para que a lei fosse respeitada, sendo que, o mesmo caso já havia sido registrado na entrada, ou seja, uma completa falta de planejamento para um processo eleitoral tão sério. A aposentada M.S.S de 64 anos reclamou; ” Não tem fila para idoso e a pessoa da mesa me deu um papel e não sabia falar para onde eu ia votar. Colocaram gente sem noção pra trabalhar. Agora a gente se esforça, sai de casa pra votar e encontra essa bagunça”, falou a nossa reportagem

BOCA DE URNA DESCARADA

Como já mencionamos em matéria publicada no dia de ontem, infelizmente neste eleição para o Conselho Tutelar que teria ter como foco a criança e o adolescente, acabou por se tornar um campo de batalha entre algumas igrejas e grupos políticos.

Um ônibus de uma igreja foi vista descarregando pessoas próximo ao local e dentro do próprio local de votação a famosa “boca de urna” tanto por parte de evangélicos como parte de pessoas ligadas á grupos políticos, era realizada abertamente sem qualquer fiscalização, o que demonstrou mais uma vez a falta de uma estrutura capaz de melhor organizar o processo com material humano suficiente para coibir as visíveis deficiências que acabam desmotivando os eleitores.

Como um veiculo de imprensa que joga o seu papel como elemento transformador de uma cidade que peca sempre pelos mesmos erros, aproveitamos para lembrar a eleição passada (2015), quando na Escola Estadual Gabriel Monteiro, se repetiu o mesmo processo, onde um eleitor demorava até duas horas na fila para efetuar o seu voto.

Tal situação voltou a ocorrer e, este próprio jornalista demorou exatamente este tempo para concluir o seu desejo de participar democraticamente da votação ( 2 horas e 10 minutos ).

Outro fato lamentável, foi a falta de urnas eletrônicas suficientes para atender toda a demanda de eleitores. Em cada sala, foi instalada apenas uma urna, e, para piorar ainda mais, foi registrado caso de uma urna que apresentou problemas e o voto teve que ser manual. Segundo informações, ontem, sábado, foi o dia determinado para testes, no entanto, parece que não conseguiram resolver o problemas e, tão pouco dimensionaram um fluxo de pessoas que poderiam comparecer.

Enquanto Jornalismo sério que não busca o sensacionalismo ou desenvolve a politica do “quanto pior melhor”, nós manifestamos o nosso repúdio a total falta de organização por parte da comissão organizadora, no entanto, como norma de nossa conduta, apresentamos aqui, a sugestão da regionalização dos locais de votação, facilitando assim o acesso da população com a possibilidade de uma participação ainda maior.

Acrescentamos ainda, a necessidade de se contratar e treinar pessoas para a fiscalização e orientação dos eleitores durante todo o processo, pois, os fiscais de candidatos se preocupam mais em fazer boca de urna do que propriamente auxiliar no processo.

Reforçamos aqui, a necessidade de mais urnas eleitorais nas secções e a implantação da fila de prioridades para idosos, gestantes e cadeirantes, de preferência na parte térrea do local a ser realizado. O resultado da eleição será divulgado ainda no final da tarde de hoje e o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARíLIA trará em primeira mão para seus leitores.

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