Movimentação em ponto de ônibus na avenida paulista.

Pesquisa realizada no período de pandemia revelou que mais pessoas preferem transporte particular, bicicleta ou andar a pé

Com a pandemia de covid-19, uma reconfiguração do transporte na capital paulista tem ocorrido, de acordo com levantamento da Rede Nossa São Paulo e do Ibope Inteligência, divulgado hoje (15). O estudo revela que, pela primeira vez desde 2017, a quantidade de pessoas que utilizam um meio de transporte particular ou individual supera a parcela de quem opta pelo sistema público municipal. As parcelas equivalem a 52% e 48%, respectivamente.

Apesar de a diferença ser pequena, o dado indica uma transformação radical já que há três anos o volume de passageiros do transporte público municipal representava 65% do total. Em 2017, os ônibus municipais eram o meio de transporte de 47% das pessoas e, neste ano, passaram a ser a escolha de 35% delas.

A porcentagem daqueles que optam pelo metrô como meio de transporte também sofreu a queda de 13% para 8%, como efeito das mudanças de hábito provocadas no contexto da crise sanitária. Quanto ao volume de passageiros das linhas de trem, a variação foi de 4% para 2%.

Ao mesmo tempo em que a população usa menos o transporte coletivo para evitar o contágio de covid-19, cresce de 22% para 25% a parcela dos que preferem usar automóveis, e de 8% para 15% a dos que preferem andar a pé. O mesmo comportamento ocorre em relação ao uso de aplicativos de transporte, que aumentou de 2% para 6%, e táxis, que hoje representa 3%.

Ainda de acordo com o estudo, embora os aplicativos tenham caído no gosto popular, três em cada dez paulistanos não recorrem a eles. As regiões onde mais há demanda são o centro e a zona oeste.

A bicicleta, que, há três anos, era a alternativa de 1% dos entrevistados, agora ganha espaço e alcança 3% da amostragem, que ouviu 800 pessoas de 16 anos de idade ou mais. O patamar é quase o mesmo das motocicletas (1%).

Os pesquisadores também informam que dois em cada cinco paulistanos estão usando ônibus municipal uma vez por semana ou menos. Entre aqueles que utilizam cinco vezes na semana ou mais, preponderam pessoas que residem nas regiões leste (26%) e norte (25%) e pertencentes às classes D e E (30%), ou seja, de baixa renda.

O estudo destaca, ainda, que a principal queixa dos passageiros do transporte público é a superlotação (23%), que causa ainda mais preocupação durante a pandemia, já que mostra que as medidas de distanciamento recomendadas por autoridades de saúde não estão sendo respeitadas. Esse foi o problema de mobilidade mais citado por entrevistados como causa de apreensão no período pós-pandemia.

Distanciamento social

Mesmo com as medidas de distanciamento social em vigor, somente duas em cada dez pessoas estão permanecendo em casa. Entre a parcela que tem saído para a rua, quase metade (47%) gasta até duas horas em seus deslocamentos e pouco mais de um quarto (26%) mais de duas horas. Sem tantos veículos nas vias, o tempo médio gasto pelos paulistanos para se locomover pela cidade diminuiu 14 minutos, na comparação com 2019, sendo, atualmente, de 2 horas e 11 minutos.

A redução foi sentida principalmente na zona leste, onde a queda foi de 42 minutos. Contudo, quem ainda mais gasta tempo se movendo de um ponto a outro são os moradores da região sul (2 hora e 29 minutos). No outro extremo, estão os moradores da zona oeste e do centro, cujo deslocamento leva, em média, 1 horas e 53 minutos para ser completado.

De modo geral, mais de um terço da população local (35%) tem realizado sua principal atividade de casa. Porém, tal condição não é aproveitada equitativamente, sendo privilegiadas as classes A e B (45%). No caso de lares de pessoas com renda superior a cinco salários mínimos e diploma de ensino superior, as proporções chegam a 52% e 45%.

Outros fatores sociais também são determinantes nesse cálculo. A maioria que tem podido desempenhar suas atividades com maior segurança é branca (38%), tem idade entre 25 a 34 anos (42%) e reside na região central (40%).

Agência Brasil procurou a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes para comentar as críticas feitas por usuários do transporte público local, registradas no levantamento, e até a publicação da matéria ainda aguardava retorno.

O questionável cenário de Marília, onde comércio abre, mas empresas mantém frota reduzida, linhas extintas e fusão de itinerários.

DESCASO : Sem fiscalização alguma, empresas de transporte coletivo  continuam a aglomerar passageiros. Usuária fez nova denúncia. | Jornal do  Onibus Marília

Sobre o assunto, em 20 de junho a assessoria de imprensa da AMTU divulgou a seguinte nota a todos os veículos de imprensa; “O fechamento e flexibilização do comércio provocou não só uma incerteza na quantidade de passageiros a se transportar, mas também na da manutenção do serviço. Desde março, o transporte em Marília chegou a ser suspenso por completo durante três dias, passou grande período liberado apenas para profissionais de saúde e depois de serviços essenciais, quando estava na fase 1 (vermelha), chegando a uma liberação parcial, de fase 4 (verde), nas últimas semanas, sendo novamente retraído para fase 2 (laranja) a partir de agora”.

Na mesma nota a empresa relatou a mesma situação ocorrida com outras empresas nas milhares de cidades pelo país. Na oportunidade a complementação da nota relatava; “As concessionárias, que até janeiro transportavam até 50 mil pessoas por dia, registraram na última semana no máximo 8 mil clientes por dia, apenas 16% de sua fonte de recursos, a venda de tarifas. As empresas, entretanto, mantiveram 35% das viagens do normal, ou seja, ninguém perdeu acesso por ônibus a nenhum ponto da cidade. A partir de segunda-feira, entretanto, vai ampliar para 55% das viagens do normal que irá para atender sem risco 16% do público”.

Desde a última terça feira, por força dono decreto do governador João Dória, o comércio passou a trabalhar, mesmo na fase amarela em 10 horas ininterruptas, ou seja: das 08 da manhã até às 18Hs. Com isso, o fluxo de trabalhares voltou a sua carga e fluxo do período antes da pandemia.

A redação do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, vem recebendo diversas denúncias de aglomerações nos ônibus das empresas que prestam o serviço de transporte coletivo na cidade. Segundo M.L.S moradora no condomínio São Bento, a linha Santa Clara foi extinta durante a pandemia e a prejudicou em muito. Agora, com a reabertura do comércio em horário normal ela está sendo obrigada a pagar uber para chegar no horário no trabalho.

A moradora L. A, moradora no Jardim Bandeirantes, afirmou que retiraram um carro da linha e deixaram somente um ônibus de hora em hora durante a pandemia, mas, com a abertura do comércio continua a mesma coisa.

Por reiteradas vezes nossa reportagem chegou a lembrar em matérias especificas exemplos como da cidade de Maringá (PR) onde a empresa que presta serviço de transporte coletivo foi multada duas vezes por aglomerações, sendo a primeira no valor de R$444 mil e a segunda no valor de R$ 462 mil reais. Foi o suficiente para organizar as linhas e a quantidade de passageiros naquela pujante município.

Em Marília, por incrível que pareça, ninguém se mobilizou em defesa do usuário do transporte coletivo. Quando nossa reportagem manteve contato com o PROCON, a informação que recebemos foi a de que, o órgão precisa ser provocado para que possa agir.

Quanto a administração Municipal e câmara de vereadores, sequer ouve uma menção por parte de algum vereador. Já o Ministério Público que já chegou a enviar um representante no inicio do ano para chegar a precariedade do atendimento, nunca mais se manifestou a respeito.

Como já é tradição, o espaço está aberto para as partes citadas dentro do direito constitucional de resposta.

OPINIÃO = A impressão que se fica é que, o pobre trabalhador está jogado a própria sorte, pois, o vírus do Covid-19 continua circulando. Que o grandioso Deus venha a proteger àqueles que realmente fazem o desenvolvimento de nossa cidade.

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