Peritos investigam se o produto pode ter provocado uma doença que causou enfermidades em ao menos oito pessoas em Minas; capixaba está entre vítimas. Ministério mandou fechar a fábrica.

Pelo menos duas redes de supermercados da Grande Vitória já retiraram das prateleiras os produtos da cervejaria Backer, fabricante da cerveja Belorizontina, que está sob investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. Uma substância tóxica, denominada dietilenoglicol foi encontrada em dois lotes da bebida no estado mineiro.

Peritos investigam se a cerveja pode ter provocado uma doença que causou insuficiência renal e alterações neurológicas em ao menos oito pessoas em Minas Gerais. Uma delas morreu na última terça-feira (7).

De acordo com a analista de Marketing da Rede Carone, por precaução, todas as bebidas da marca foram retiradas das prateleiras na quinta-feira (9). Ainda segundo a empresa, nenhum lote que foi comercializado no estado estava entre os que estão sob investigação da Polícia de Minas Gerais.

A empresa disse que só voltará a comercializar o produto após a finalização das investigações no estado de Minas Gerais. O Espirito Santo é o primeiro estado do país a tomar esta medida.

A rede Perim também comercializava os produtos da marca. Segundo a assessoria de imprensa do supermercado, todos os produtos da Backer foram retirados das gôndolas das lojas nesta sexta-feira (10). A empresa também garantiu que nenhum lote, que está sob investigação, veio para o Espírito Santo.

O MOTIVO : Capixaba é uma das pessoas internadas com sintomas de contaminação

Uma das oito pessoas que foram intoxicadas por uma doença misteriosa em Minas Gerais é o capixaba Luiz Felippe Teles Ribeiro, de 37 anos. Ele é natural de Marataízes, no litoral capixaba, e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Espírito Santo, reside em Minas Gerais já há algum tempo.

A Secretaria de Saúde do estado mineiro informou que o paciente está internado num hospital privado de Belo Horizonte, mas não deu mais detalhes do estado de saúde de Luiz Felippe.

O sogro dele, Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, estava hospitalizado em Juiz de Fora, a 270 km de Belo Horizonte e acabou falecendo na noite da última terça-feira (7). Ele foi internado com os mesmos sintomas que outras sete pessoas.

Segundo a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, os doentes apresentaram náusea, vômito, dores abdominais, paralisia facial, perda de visão parcial ou total, alteração de sensório e paralisia descendente.

Por nota, a empresa responsável pela produção da cerveja informou que “continua colaborando com as autoridades, que tem todo interesse em esclarecer os fatos e reitera que a substância dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos”.

O JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA percorreu três supermercados na cidade e não encontrou a marca de cerveja.

Ministério manda fechar Backer: “Risco iminente à saúde pública”

Na tarde desta sexta feira, 10, alegando “risco iminente à saúde pública”, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o fechamento cautelar da Cervejaria Backer, fabricante da cerveja Belorizontina.

Laudo da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou, na quinta-feira (09/01/2020), a contaminação de duas amostras da cerveja com a substância dietilenoglicol. A suspeita é de que a bebida tenha causado uma doença misteriosa que já matou uma pessoa e afetou pelo menos outras nove.

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