A sessão camarária da próxima segunda feira deverá novamente ser o palco das atenções do cenário político e porque não dizer de toda população, levando-se em consideração que estamos em um período eleitoral onde, toda e qualquer movimentação poderá ser refletida nas urnas no próximo dia 15 de novembro.

Os nobre edis, poderão votar já na segunda-feira (26), se abre ou não o procedimento ( comissão processante ) que pode resultar na cassação dos mandatos dos vereadores Luiz Eduardo Nardi e Danilo Bigeschi. O pedido foi protocolado na Câmara de Marília, no final da tarde de ontem, quarta-feira (21).

Os Documentos apresentados para a sustentação do pedido revelam que o relatório da Polícia Federal (PF) – no âmbito da Operação Reboot, que apurou o escândalo dos tablets– revela a atuação de Danilo como lobista em favor do próprio cunhado, Fauzi Fakhouri Júnior.

Ainda segundo a documentação, o vereador Danilo na época do fato, agiu vazando informações da Secretaria da Saúde e tentando articular a contratação de serviços desde o primeiro mês da administração do ex prefeito Vinicius Camarinha (PSB). O edil chegou a atuar como secretário de Saúde na gestão passada.

Para agravar ainda mais a situação, o ” escândalo dos tablets” invade, segundo a denuncia, os alicerces do legislativo mariliense, pois, os documentos mostram também que dois anos antes de fraudar licitação dos tablets, o esquema de Fauzi lesou a Câmara Municipal, com Nardi à frente da presidência.

As novas evidências apontam também tráfico de influência, favorecimento e omissão no governo Vinicius Camarinha. A apuração apontou crimes em Marília e outras cidades, como Osasco e São Vicente, onde a empresa de Fakhouri atuava em conluio com as mesmas empresas de fachada que lesaram os cofres públicos de Marília.

A quebra do sigilo identificou conversas por e-mail entre Danilo – então nomeado a coordenador de Serviços Administrativos da Secretaria Municipal da Saúde – e seu cunhado, em janeiro de 2013, logo após Vinicius ser eleito prefeito de Marília.

Os documentos enviados ao Legislativo mostra ainda que em 2014, sob a presidência de Luiz Eduardo Nardi, a Câmara de Marília contratou a Kao Sistemas de Telecomunicações Ltda., de Fauzi Fakhouri, com dispensa de licitação. A empresa foi contratada para preparar um relatório de média mensal de uso de telefone fixo e móvel e prestar assessoria na elaboração de edital, para que a Câmara pudesse contratar serviço de telefonia com maior economia.

VEREADORES ALEGAM INOCÊNCIA

Em nota divulgada para a imprensa, o vereador Danilo afirmou que “ estão utilizando informações de 2013 que não estão relacionados aos fatos ocorridos em 2016, período em que o mesmo não era vereador. Por isso que é totalmente descabido propor CP para apurar quebra de decoro parlamentar”.

Já o vereador Nardi disse que “os orçamentos foram obtidos por firmas escolhidas através de consultas da internet, pesquisa feita pelo pessoal da Câmara que cuida de contratações. Não conhecia as firmas, não tive nenhum contato com as mesmas, minhas contas foram aprovadas no TC [Tribunal de Contas], não há nenhum procedimento na Justiça, MP [Ministério Público], sobre um simples contrato para relatório e levantamento da telefonia móvel na Câmara” . desabafou o vereador.

É bom lembrar que Nardi se livrou recentemente de um pedido de Comissão Processante. Fato é que, a com a farta documentação apresentada, a sessão da próxima segunda feira promete ser recheada de emoções e discursos inflamados. Nossa reportagem acompanha o caso.

DIRETO DA REDAÇÃO.



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