A alta procura de pessoas com sintomas respiratórios nas Unidade de Pronto Atendimento (UPA), UBS’s adaptadas para o atendimento de principalmente o PA SUL gerou longas filas de espera nesta segunda-feira (03) e terça feira (4). Segundo relatos de quem procurou as unidades, quem chegou por volta das 13 horas por exemplo foi atendido somente no final da tarde.

“Várias pessoas com febre, tosse em meio a todos. Desde crianças a pessoas idosas em cadeira de rodas, sem distanciamento nenhum”, revelou um dos pacientes que aguardava atendimento.

Não só na UPA, mas em outras unidades o movimento foi alto de pacientes com sintomas respiratórios. Mesmo com a alta procura, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) não apresentou nenhum plano de reestruturação temporariamente para as unidades, apesar dos números da Covid que voltaram a crescer e dos óbitos que estão novamente sendo registrados.

“Upa e P.A lotados! não fazem exames, mesmo médico que atendem casos normais é os mesmos que atendem os do covid , explicado a demora. Esse na foto é o posto do castelo Branco um dos únicos que ficaram para atender casos gripais (virus) Não há palavras para descrever os descaso da saúde em Marília”, estas foram as declarações de outra paciente que postou a reclamação nas redes sociais de forma indignada com o atendimento da saúde na cidade e postou um flagrante na unidade da UBS Castelo Branco.

Apesar das Unidades de Saúde exclusivas para o atendimento de sintomas respiratórios não existe um plano emergencial em virtude do Flurona e da Ômicrom no pós festas.

Uma expectativa era real; com as confraternizações de final de ano, afrouxamento das restrições e medidas protetivas a proliferação dos vírus seria inevitável. Marília, conhecida regionalmente pela grande quantidade de chácaras locadas para eventos, bateu todos os recordes neste final de ano, onde queira ou não as famílias queriam se desestressar de quase dois anos de confinamento. O resultado não poderia ser outro.

Pior que todo este cenário já desenhado, onde qualquer profissional de saúde poderia com tranquilidade prever, é assistir a morosidade da secretaria municipal de saúde e do gestor da expertise administrativa não tomar nenhuma providência.

Entre o dia 20 de dezembro até a manhã desta quarta feira (5 ) as Unidades de Saúde convertidas em pontos de atendimento de casos suspeitos e com sintomas leves de gripe e covid-19 mantem o mesmo padrão de atendimento, enquanto o PA SUL segue com a mesma precariedade. 

Recentemente, o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA publicou uma matéria relatando a deficiência no atendimento que foi registrado pelas lentes de uma leitora do jornal. A única providência tomada pela administração foi colocar mais uma lona e mais cadeiras. Cadê mais médicos para o atendimento ???

Casos de internação voltam a crescer e falta iniciativa para se evitar o que houve durante todo o ano de 2021.

O Coronavírus não foi embora, e para piorar a situação surgem agora o Ômicrom e por último a Flurona ( fusão dos vírus ) o que automaticamente deveria fazer com que a SMS adotasse para adaptar ao fluxo de atendimento por exemplo um aumento no horário de atendimento para atuar com horário estendido, das 7 horas às 20 horas diminuindo o acesso a UPA e ao PA SUL, mas……

A sugestão da mudança decorre da alta demanda por parte de pessoas com sintomas leves, como tosse, dor de garganta, febre, congestão nasal, perda do olfato ou paladar.

Não estamos aqui responsabilizando integralmente ninguém, pois, uma parte da responsabilidade é do próprio povo e do relaxamento das medidas não farmacológicas de proteção por parte da população, como o uso de máscaras e higienização das mãos, além da ocorrência de reuniões, eventos e confraternizações sociais presenciais no período das festas de fim de ano. Mas, a administração municipal peca mais uma vez, por não agir no preventivo.

Uma segunda ação que a SMS deveria adotar para adaptar o fluxo de atendimento ao aumento da demanda por situações decorrentes de sintomas respiratórios era criar um canal de teleatendimento para estes casos. Se existe o mesmo, a administração peca pela péssima divulgação para a população.

Esse canal seria o mais adequado para quem suspeitar ter sido contaminado por covid-19 ou gripe, pelo conforto de ser atendido por profissionais de Saúde sem sair de casa e sem o risco de contaminar ou ser contaminado pelos vírus ao buscar atendimento presencial.  

Assim, pessoa que sentir sintomas respiratórios leves deveriam procurar, prioritariamente, o atendimento na Central de Atendimento, onde, por telefone, poderia ter seu caso avaliado por profissionais da Saúde, com os encaminhamentos adequados com uma escala de atendimento no mínimo de 12 horas, mas….

Na manhã de hoje, nossa reportagem esteve em uma das unidades de saúde da cidade e constatou que a lotação de pacientes começou logo cedo na Unidade. O auxiliar de serviços gerais E.A.S chegou por volta das 6h. Ele estava com dor de cabeça, no corpo e coriza, mas não tinha sido atendido até as 10h.

“Deveria ter mais médicos. Deveria ter um bom atendimento. Estamos nos sentindo desprezados pela Saúde”, disse.

O também auxiliar de serviços gerais N.S.P chegou às 8h e passou pela triagem. Porém, não tinha conseguido ainda uma consulta

“Vim aqui porque é o que eu tenho. Não tenho outra coisa. Não tenho dinheiro para pagar um médico particular, então preciso do SUS. O atendimento é esse: precário”, afirmou.

Embora alguns veículos de comunicação tentam passar uma outra realidade, afinal, são bem pagos para isto, a realidade também pode ser constatada até no HC ( Hospital das Clinicas de Marília ) onde fluxo de pessoas é intenso, afinal, o atendimento é regional. SOCORRO….

Enfim, é a saúde de Marília sendo sucateada, apesar do discurso do tal expertise. Pacientes se acumulando na porta das unidades de saúde, descaso de quem deveria se preocupar, omissão dos senhores vereadores e demais órgãos competentes e o mariliense adoecendo sem a devida assistência, conforme o preconizado pela nossa constituição que diz claramente; ” SAÚDE, UM DIREITO DE TODOS”. ISTO É UMA VERGONHA !.

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