Com o valor de R$ 1.067,00, ou seja, cerca de R$ 22,00 a mais do atual salário mínimo que é de R$ 1.045,00, o governo federal pretende anunciar para 2021. O rendimento mensal do brasileiro, de fato, não teve nenhum reajuste real e, mesmo assim, a proposta já consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), divulgado pela área econômica.

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) sofreu uma queda de 2,09%, se caso for confirmado, o reajuste salarial mínimo poderá sofrer uma queda em 2021. O governo acabou em 2019 com a política de reajuste real do salário mínimo. Agora o valor salarial se limita a seguir a determinação da Constituição, que fala em preservação do poder aquisitivo do trabalhador.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi quem implementou o ganho real do salário mínimo informalmente, no ano de 1994, logo após a adoção do Plano Real. Em seguida as gestões petistas oficializaram a medida.

Sem ganho real no salário o governo consegue um alívio financeiro, uma vez que o aumento do salário mínimo reajusta automaticamente benefícios previdenciários e assistenciais. Para cada R$ 1 de aumento no valor do mínimo, o governo amplia em cerca de R$ 355 milhões as despesas por ano.

Sem o verdadeiro Poder de compra

Mas, se acontecer esta redução, não irá significar que o trabalhador irá receber menos, até porque, o reajuste do salário mínimo varia de acordo com o aumento dos preços, registrados a partir das taxas de inflação.

O índice de inflação (aumento geral no nível de preços) é que vai confirmar o poder de compra dos trabalhadores. O DIEESE através de cálculos mostra que mais de 49 milhões de brasileiros vivem só com um salário mínimo. Na verdade, o salário mínimo deveria estar em mais de R$ 4.000,00 por mês, não o valor atual de R$ 1.045,00. O governo leva em conta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação do ano anterior, para calcular o salário.

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