No discurso, Bolsonaro afirma que a reforma acaba com os privilégios e reequilibra as contas do governo. Mas na prática não é assim. O relatório final da CPI da Previdência mostra que empresas priva das devem cerca de R$ 450 bilhões à previdência, dentre elas a JBS, o Bradesco, Lojas Americanas e a Vale.

Estima-se que somente R$ 175 bilhões são recuperáveis. Isto é, as empresas devem, dão calote e são os trabalhadores que pagam a conta. No mês que passou o desemprego continuou apresentando números alarmantes em torno de 12,5% e atingindo 12,7 milhões de pessoas. A reforma da previdência também não veio sozinha. Com a reforma trabalhista ficou mais difícil contribuir. O emprego estável é uma realidade distante para os brasileiros.


Como esperar a contribuição regular ao INSS sem o aquecimento econômico e a geração de empregos formais? Além disso, a reforma previdenciária não considera os empregos mais desgastantes, que agora têm a idade de aposentadoria e o tempo de contribuição aumentados.

Porém, com a incapacidade do governo federal de articulação no Congresso, abre-se a chance de barrar o projeto, que viria sem duvida nenhuma da deixar o País em uma situção ainda mais travada, principalmente na área economica.

Em 2017 uma grande greve geral engavetou a proposta de reforma. A mobilização realizada no ultimo dia 1º de maio envolvendo todas as centrais sindicais não chegou a assustar, no entanto, a articulação de uma greve geral poderá ser um artificio para a oposição que pode sim derrotá-la novamente. É o mal necessário, porém a dosagem está equivocada.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.