A Prefeitura de São Paulo, capital, anunciou que colégios públicos e particulares não poderão reabrir para atividades, em setembro, como estava previsto e com a permissão do governo do Estado. Essa decisão foi tomada após estudo mostrar que alta contaminação, e, maior porcentagem de assintomáticos está entre as crianças.

Os números que basearam a decisão foram divulgados na última 3ª feira (dia 18) e são parte do inquérito sorológico realizado pelo município em 6 mil crianças e adolescentes matriculados na rede municipal de ensino e com idades entre 4 e 14 anos.

De acordo com o inquérito, 16,1% dos 675,9 mil estudantes nessa faixa etária já tiveram contato com a covid-19 na capital. A prevalência é maior do que a média da cidade, que é 10,9%, segundo o último inquérito sorológico com toda a população.

Além disso, outro fator que preocupa é a maior proporção de assintomáticos entre os estudantes. Enquanto que entre os alunos contaminados o percentual é de 64,4%, na média geral da população esse número é de 40%. “O retorno das aulas, portanto, seria temerário em um momento como esse, em que estamos controlando a doença. É muito mais complicado manter o distanciamento na escola do que em bares, restaurantes e supermercados”, afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB).

Previsão para outubro e com protestos
A volta das aulas presenciais só está prevista para 7 de outubro, mas essa data ainda é vista com cautela pela Prefeitura de São Paulo. Em Marília, um abaixo-assinado foi criado e pede que a volta das aulas da rede municipal não ocorra este ano (2020) devido à pandemia do novo coronavírus. Cerca de 400 adesões (assinaturas) foram conseguidas e as reivindicação sõ referente especificamente às Escolas Municipais de Ensino Infantil (Emeis) e Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs).

“Nós professoras, fizemos um grupo no WhatsApp para as crianças fazerem as vivências. Na minha opinião não é uma coisa tão produtiva para uma criança. Eu estou me sentindo uma péssima mãe por não poder estar acompanhando, pois trabalho o dia todo, só estou em casa depois das 19h. Está difícil não só pra mim, mas para outros pais que não estão conseguindo seguir também”, disse uma professora que não quis se identificar.

O que diz a Secretaria de Educação de Marília
Após questionamento por parte das professoras, o secretário da Educação de Marília, Helter Bochi, afirmou que o município está alinhado ao Plano São Paulo e às recomendações das autoridades da Saúde. “Não há como o município agir isoladamente, uma vez que temos na mesma faixa etária alunos da rede municipal e estadual. O retorno deve abranger todos os alunos que estudam em Marília, independente de qual sistema pertencem”, afirmou Bochi.

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