O mercado reflete os receios de investidores globais com os impactos do coronavírus nas economias de países emergentes, além de um movimento de proteção

O dólar comercial atingiu na manhã desta sexta-feira, 7, o maior patamar da história, sendo cotado acima de R$ 4,311. O mercado reflete os receios de investidores globais com os impactos do coronavírus nas economias de países emergentes, além de um movimento local de proteção. Só em 2020, a moeda norte-americana subiu 7% e nos últimos 12 meses, 15,5%.

Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, a falta de notícias positivas sustenta o dólar no exterior, onde ganha terreno frente às moedas pares e de países emergentes. “Lá fora, o noticiário segue focado nos impactos e avanços do coronavírus. As commodities também sentem o impacto, mas esse movimento está exagerado”, comenta.

A moeda ensaiava renovar a máxima histórica desde a quinta, 6, quando perto do fim do pregão disparou a R$ 4,287, mas fechou na segunda maior cotação nominal da história a R$ 4,286. Para a economista da Veedha, com este cenário, o mercado fica na expectativa pela intervenção do Banco Central (BC). “Ontem [quinta], teve um fluxo forte de saída”, comenta o diretor de uma corretora estrangeira.

O mercado também segue de olho no relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll de janeiro, no qual investidores estão na expectativa pelos números da criação de empregos, no qual a projeção é de 160 mil vagas, e nos dados de salários.

“A reação do mercado aos dados tende a refletir mais o grau de confiança no ritmo da atividade norte-americana do que ajuste nas expectativas da política monetária”, avalia a equipe econômica da corretora Commcor. 

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.