Embora tenha sido protocolado em 1º de abril ( DIA DA MENTIRA ), tudo levava a crer que, realmente houvera uma renuncia coletiva dos vereadores Evandro Galete, João do Bar e Albuquerque, no entanto, após reuniões de bastidores, o Presidente da Câmara Municipal convocou para esta segunda feira, uma sessão extraordinária com a mesa constituída e ainda afirmando desconhecer os fatos.

APENAS PARA ENTENDER

Após desencontros em votações no dia 1º de abril, em atitude inédita na câmara de Marília foram os pedidos de renúncia da Mesa Diretora, dos vereadores Evandro Galete, 1º secretário; João do Bar, 2º secretário; e José Carlos Albuquerque, 4º secretário e atual líder do prefeito na Casa. “Não tínhamos mais condições de ficar na Mesa”, resumiu o vereador Evandro Galete, falando “pelo grupo”.

GRUPO DOS 7 e o inicio do Imbróglio  – O grupo a que ele se referia na época foi apelidado na Câmara de G7, integrado por Galete, João, Albuquerque, Marcos Custódio, Maurício Roberto, Zé Luiz Queiroz e Delegado Damasceno, que assinaram na ocasião um pedido para adiar a votação dos projetos que instituia o Plano de Carreira dos servidores municipais – Administração Direta, DAEM, IPREMM e da própria Câmara. Eles não foram atendidos e os projetos colocados na pauta de sessão extraordinária convocada para a 3ª feira (31/3), da qual não compareceram – além dos 7, outros 2 justificaram ausência com atestados médicos. Como todos sabem, o presidente realizou a sessão normalmente.

DISCÓRDIA GERAL  – Os integrantes da Mesa não concordavam “com a forma como a presidência conduzia” o Legislativo e acusam Marcos de usar e permitir o uso dos microfones da TV Câmara na extraordinária, “sem nenhuma previsão regimental” para tanto. Eles se referiam à falta de quórum na sessão e, mesmo assim, a presidência ter mantido os trabalhos e discursos por quase uma hora e meia. “Falaram o que quiseram, acabaram com a gente, agora terão de arcar com as consequências”, dizem os vereadores. Outra queixa é que quando o assunto é polêmico, a autoria é da Mesa; quando é bom politicamente, o presidente assume.

XEQUE MATE  – A falta de sintonia foi tanta que, o G7 se transformou em G10 e a noticia reproduzida em todos os veículos de comunicação era pelo pedido de afastamento do presidente Marcos Rezende.

Presidente Marcos Rezende promulga aumento de 29% nos salários dos ...

CHÁ DA TARDE COM CACHIMBO DA PAZ

Ficou clara e notória a intervenção da tropa de elite do gabinete junto aos rebelados para que o “cachimbo da paz” no Legislativo fosse possível terminando a rebelião dos dez vereadores que pretendiam pedir a cassação do mandato do presidente da Casa. 

Por incrível que pareça, Marcos Rezende chegou a afirmar para um outro veículo de imprensa que nunca houve nenhuma alteração na Mesa Diretora da Câmara. Sobre os protocolos citados, resumiu. “Não tive conhecimento. Para mim nunca teve nenhuma alteração. A Câmara estava em quarentena, sem expediente”.

Projeto de instalação de sessão remota , conforme havia sugerido o JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA.

Após reiteradas matérias sobre o assunto neste SITE, citando inclusive alguns locais onde foram implantadas, Câmara de Marília vai realizar nesta segunda-feira (4), às 11h, uma sessão extraordinária para votar proposta de mudança no Regimento Interno e permitir a realização de sessões camarárias por sistema remoto (tipo vídeo-conferência).

A parte técnica do sistema já foi implantado no plenário da Câmara e “testado” informalmente. O texto do projeto foi baseado na proposta do Senado Federal, conforme publicado pelo JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA que na ocasião apontou a solução como uma tendência nacional nos grandes centros devido a pandemia.

O principal objetivo das sessões remotas é votar eventuais projetos de urgência do Executivo nesse período de pandemia do coronavírus. 

Durante a realização da sessão virtual é necessária apenas a presença do presidente da Casa. Mas, outros vereadores podem comparecer em plenário, caso desejem. 

Pelos menos três vereadores já comunicaram que não comparecerão em sessão presenciais, por serem idosos e pertencerem ao grupo de risco do coronavírus: Mário Coraíni (o mais velho, com 84 anos), Luiz Eduardo Nardi e Wilson Damasceno. 

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