Já estava escrito nas estrelas, ou melhor, nas entrelinhas que esta que também é uma das mais antigas unidades de saúde da cidade e, com uma das maiores instalações físicas iria ser desativada também a mando do prefeito do Daniel Alonso e do secretário municipal da saúde Cássio Luis Pinto. Sim, estamos falando da tradicional UBS São Miguel.

Após os processos que culminaram com o fechamento da UBS’s do Bandeirantes ( mesmo com duas audiências com a população que não aprovava a mudança), JK e recentemente do bairro Costa e Silva, chegou a vez do São Miguel, em um planejamento que prevê em uma etapa inicial fechar seis unidades e posteriormente as outras seis, de um total de 12 que serão transferidos para o programa ESF ( Estratégia Saúde da Família ).

A reunião com os funcionários ocorreu na manhã da última segunda feira (11) quando todos foram informados da mudança. Nossa reportagem esteve visitando o local e conversando com algumas funcionárias que demonstraram claramente o medo de represálias e o temor com o futuro de seus cargos com as mudanças que virão.

Segundo uma das funcionárias, a COMITIVA DA DESESPERANÇA já chegou anunciando a previsão de mudança para modelo USF, e batendo no peito que muitos secretários de saúde que o antecederam, tentaram ,mas recuaram quando a população “gritou”, mas que com ele NÃO teria intimidação, nem com toda pressão, inclusive da mídia ( SE REFERINDO AO JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA ). O mesmo se orgulhou de dizer que está levando a frente e assim o fará pois quer deixar seu nome na estória da cidade.

Nas justificativas, o discurso vazio que foi levado no Jardim Bandeirantes, Bairro JK e Núcleo Costa e Silva. Segundo o secretário, será 1 médico generalista para atender 8 horas, preparado para atender a todas as necessidades desde o adulto, até o recém nascido, da mulher da gestante. Isto é incrível. Só esqueceu de falar que caso precise não terá mais ginecologista e tampouco pediatra. Caso seja necessário, será encaminhado para a fila das especialidades..…É o caos generalizado ou em outras palavras, o sucateamento do sistema de saúde que funcionou por décadas na cidade.

Quase 12 mil moradores terão que se deslocar para outras unidades ou contratar plano de saúde.

A UBS SÃO MIGUEL, atende uma área de abrangência com um número de aproximadamente 16 mil moradores, sem dúvida uma área extensa, que começa na rua Joaquim de Abreu Sampaio Vidal e vai até o Marília Shopping, e da avenida Dr Calim Gadia, se extentendo até a rua Antônio Prado ( rua da Pista de Skate) e hoje com uma demanda que até há uns 3 anos atrás não era atendida, pois população até tinha convênio, mas que, com a crise e o desemprego, passaram também a atender ou seja; estamos falando de uma população idosa muito grande dos bairros Aquários, Maria Martha,Riviera, São Domingos e adjacências.

QUANTO CRUELDADE, POIS SERÃO QUASE 12 MIL MORADORES (a maioria idosos ) ARREMESSADOS a própria sorte NA PROCURA PELA UBS MAIS PRÓXIMA ( de 2 à 3 QUILÔMETROS ) ou gastar a pequena aposentadoria com planos de saúde, se necessitar passar por um especialista.

A sensibilidade não consta no dicionário desta administração que parece não conhecer um dos bairros mais antigos da cidade. O bairro São Miguel tem em sua maioria uma população idosa, muito acostumada com os profissionais que atuam no atendimento da unidade. Para se ter uma noção, o clínico e a ginecologista, atuam há quase 20 anos na UBS São Miguel, quase a idade do posto, que foi inaugurado em 2.000, na administração do ex prefeito Abelardo Camarinha. Sequer consideram que com tanto tempo se criou até um vínculo entre os médicos e os pacientes. Um tratamento frio e calculista que almeja apenas a terceirização da saúde no município.

NA CONTRA MÃO : Governo Federal lança campanha de fortalecimento das UBS’s com programa para atuação de médicos pediatras e ginecologistas-obstetras em postos de saúde.

A atuação de Marília e este verdadeiro desmonte para o atendimento generalista é no mínimo contraditória. Voltando apenas um pouquinho no tempo, recordamos uma ação importantíssima do governo federal que, para garantir mais acesso e cuidado às mulheres e crianças no Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde lançou, no dia 6 de janeiro deste ano, o programa CUIDA MAIS BRASIL. O Governo Federal irá repassar, no primeiro ano do programa, R$ 194 milhões para atuação de médicos pediatras e ginecologistas-obstetras junto a Atenção Primária. Assim, esse atendimento ficará mais perto das Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo Brasil.

Atualmente, 5,7 mil pediatras e 5,3 mil ginecologistas-obstetras estão vinculados diretamente a 1.311 e 1.364 equipes, respectivamente, sem incentivo financeiro federal. O Cuida Mais Brasil vai incentivar a inclusão desses profissionais na Atenção Primária, aumentando a capacidade de atendimentos nas UBSs. Com o programa, o número de equipes com médico pediatra pode chegar a mais de 8 mil e 7 mil com ginecologistas-obstetras em todo país, MENOS EM MARÍLIA, claro……

O programa busca fortalecer o cuidado materno-infantil e a atuação dos médicos pediatras e ginecologistas-obstetras; aumentar a capacidade da Atenção Primária para resolver os problemas de saúde; ampliar profissionais médicos apoiando as equipes; apoiar e complementar as equipes da APS na condução de condições crônicas, ciclos da vida e condições epidemiológicas prioritárias para o SUS.

Ministério lança campanha para valorizar unidades básicas de saúde

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, visitaram a UBS Alto do Céu em João Pessoa para lançamento da campanha publicitária sobre Atenção Primária. João Pessoa/PB 10/11/2021, Créditos: Paula Bittar/MS

A incógnita aumenta ainda mais sobre o que realmente estaria por trás do que está acontecendo em Marília, quando retornamos no tempo, um pouco mais e relembramos que O Ministério da Saúde lançou no dia 17 de novembro de 2021, em João Pessoa, uma campanha de promoção da atenção primária à saúde. A iniciativa tem como foco a valorização das unidades básicas de saúde (UBS), também conhecidas como postos de saúde. POR QUE SÓ EM MARÍLIA NÃO ESTÁ HAVENDO ESTA VALORIZAÇÃO ?

A atenção primária é a porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS), abarcando ações tanto para indivíduos quanto para coletivos de prevenção, diagnóstico, tratamento e redução de danos. É a partir das unidades básicas que os indivíduos com demandas de saúde podem ser atendidos e encaminhados, se necessário, para outros locais, como hospitais.

Durante a cerimônia de lançamento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou sobre essa modalidade de política pública, destacando que o governo federal já aumentou os recursos para a área de R$ 17 bilhões para R$ 24 bilhões.

“Quanto mais invisto na atenção primária, menos vou gastar na atenção primária à saúde”, declarou o ministro. Queiroga acrescentou que o Executivo pretende investir mais na formação de profissionais de saúde para atuar na atenção primária. O secretário de Atenção Primária à Saúde do ministério, Raphael Câmara, também ressaltou a importância da porta de entrada para o SUS e o fato de tal modalidade do sistema estar capilarizada no Brasil.

“A atenção primária está em todos os municípios. Nem todo município tem hospital ou tem especialista, mas toda cidade tem seu posto de saúde, agentes comunitários e profissionais de saúde cuidando da saúde da população”, disse.

O secretário estadual de saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, ressaltou a importância de não olhar somente para o atendimento à saúde como aquele feito nos hospitais e na chamada alta complexidade. “A ideia ´hospitalocêntrica´ de só valorizar quem está nos hospitais tem que de ser ponderada, para valorizarmos também quem está nas unidades básicas. Isso é fundamental para que tenhamos brasileiros com doença temos que fazer a prevenção”, defendeu Medeiros.

Procura-se as placas

A obsessão politica e a ganância pelo milhões a serem economizados é tão grande que ninguém faz questão nenhuma de esconder esta verdadeira operação que na realidade está objetivando simplesmente tirar as despesas da prefeitura e transferir direto para o governo federal, com uma estratégia fantástica da terceirização que sem duvida nenhuma abastece uma imensa indústria de cargos indicados.

Pior que tudo isto é a vaidade que que contamina a maioria dos políticos de nossa cidade. Pasmem, que em todas as UBS’S procuramos as placas de fundação das mesmas, mas, infelizmente eles misteriosamente desapareceram. Não foi diferente na UBS SÃO MIGUEL quando nossa reportagem questionou, as funcionárias até procuraram, mas, para a surpresa de todas, havia desaparecido durante as mudanças que ocorreram durante a pandemia.

Como se vê, o grande interesse é deixar o nome cravado em algum lugar. Quem bom seria se o nome ficasse gravado na memória de todos pelo legado dos relevantes serviços prestados em prol do bom atendimento à população e a melhoria nos resultados obtidos em função de mais médicos especialistas e um melhor atendimento.

APENAS UM DEFENSOR : Jornal do Ônibus de Marília, é o único veículo de comunicação a questionar as mudanças.

Antes de quaisquer discurso baixo e rasteiro procurando denegrir o posicionamento deste portal de noticias, a EDITORA PONTO A PONTO, vem por meio deste esclarecer que jamais se colocou contra a política de implantação de PSF’s, que alias, se iniciou na gestão do grande e sempre lembrado Drº José Ênio Sevilha Duarte, com uma equipe técnica comandada pela eximia Dra Marilda.

O questionamento é como toda a mudança está sendo feita, priorizando o modelo de terceirização total do sistema de saúde do munícipio, ao invés de buscar a melhoria no atendimento. Se tínhamos 12 UBS’s e 40 PSF’s, ao nosso ver, tudo ficaria mais prático se a gestão expertise optasse pela administração humanitária, aumentasse para 48 PSF’s sendo que cada UBS poderia coordenar 4 PSF’s, se transformando em MINI-AMES com os médicos especialistas. Outra sugestão era justamente instalar em cada UBS uma farmácia como antes para facilitar o acesso da população. PRECISAMOS DE MAIS HUMANIZAÇÃO E MENOS GANÂNCIA.

Enfim, meus amigos e amigas, que faziam uso da UBS SÃO MIGUEL, servidoras que por anos se dedicaram ao atendimento com excelência de toda a população. Uma história foi rasgada e todos foram vencidos por um modelo de gestão que não negocia, apenas impõe seus desejos e vontades de acordo com seus interesses. Discursos que criticam quem se opõe, mas, não apontam soluções para ajudar o povo, apenas criam ações para sacrifica-los ainda mais. ESTE É O RETRATO DE UMA CIDADE QUE SÓ AVANÇA PARA CONDOMINIOS, E O RESTANTE DO POVO QUE SE LASQUE…

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