O verão é o período de maior risco para aparecimento do animal, segundo o Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde registrou, no ano passado, 141,4 mil acidentes com escorpiões, segundo nota divulgada nesta sexta-feira (11). O número representa um aumento de 16 mil ocorrências em relação ao ano anterior, e um crescimento de quase 50 mil em relação a 2016. Os dados referentes a 2018 ainda são preliminares.

Em 2016, 115 pessoas morreram por conta de acidentes com escorpiões no Brasil. Em 2017, foram 184 vítimas fatais. A pasta ainda não tem o levantamento sobre mortes no ano passado porque esse número só é calculado dois anos depois do ano de referência.

Esses números causam uma preocupação por notarmos um crescimento acentuado a cada ano, principalmente no verão.

Em Marília, tentamos um contato com a secretaria da saúde no momento da edição desta matéria, mas não obtivemos sucesso. Pelo que apuramos em off, não existe nenhuma politica especifica para o combate ao escorpião.

O Caminhoneiro Franscisco O. dos Santos, residente no Jd. Bandeirantes afirmou ter conseguido colocar 06 em um vidrinho e levou no posto de saúde, mas, que não obteve nenhuma orientação e nem recebeu a visita de agentes comunitários ou de endemias. “Eu quando vejo tento recolher ou matar, mas o perigo é caso ele venha picar uma pessoa como já aconteceu. A mulher ficou no hospital uma semana e ninguém ficou sabendo”.

A Diarista Sônia M. Marques de Oliveira, afirmou não saber mais o que fazer e, que após entrar em contato com a secretaria não obteve recebeu nenhuma visita e tampouco alguma orientação. Segundo ela, na sua comunidade aparece todo dia, e, a única solução é colocar fogo no mato. “Eles falaram que o presidente do bairro iria dar uma olhada, mas, até hoje não apareceu ninguém e, a situação é preocupante pois, temos aqui um grande numero de crianças”

Confira dicas de como evitar acidentes com escorpiões:

  • Use telas em ralos no chão, pias e tanques;
  • Procure vedar possíveis frestas nas paredes e colocar soleiras nas portas;
  • Afaste camas e berços das paredes;
  • Faça uma checagem em roupas e sapatos antes de vestir ou calçar, para se certificar de que nenhum inseto entrou;
  • Mantenha jardins e quintais livres de entulhos, folhas secas e lixo doméstico;
  • Guarde o lixo da casa em sacos bem fechados, pois os resíduos podem atrair baratas, que servem de alimento para o escorpião;
  • Mantenha a grama aparada;
  • Evite colocar a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos;
  • Use luvas e botas para manusear entulho e materiais de construção, por exemplo;
  • Se morar em área rural, procure preservar os predadores dos escorpiões: lagartos, sapos, e aves noturnas, como as corujas;
  • Evite usar pesticidas, pois eles não têm eficácia comprovada para controlar o animal em ambientes urbanos.

Trabalhadores da construção civil, madeireiras, transportadoras ou distribuidoras de hortaliças, legumes e frutas são considerados grupos de risco, assim como crianças. Abaixo dos 7 anos de idade, os pequenos também correm mais risco de ter sintomas longe do local da picada — por isso é necessário socorrê-las o mais rápido possível.

Como reconhecer:

A reação à picada depende do tipo de escorpião. Imediatamente após a mordida, a pessoa pode começar a sentir:- dores fortes- náuseas- vômitos- aumento da pressão arterial- suor intenso- baixa rápida da temperatura do corpo

O que fazer em caso de acidentes?

O Ministério da Saúde e o Instituto Butantan recomendam ir, imediatamente, ao local de atendimento mais próximo. Confira outras medidas que também podem ser adotadas:

  • A pessoa que foi picada deve ficar em posição deitada e permanecer calma;
  • Lavar o local da picada com água e sabão ajuda, mas só se isso não for atrasar o atendimento médico;
  • Mantenha o local da picada elevado;
  • Dê água à vítima.
  • Não esprema e nem sugue o local da picada.
  • Procure o serviço de emergência- Se há condições de segurança, leve o escorpião (vivo ou morto) ao serviço de atendimento de emergência (assim será mais fácil descobrir o soro adequado para tratar a vítima)

Em caso de acidentes leves — que, segundo o Ministério da Saúde, são 87% das ocorrências — não é necessário aplicar antídoto, mas só o profissional de saúde poderá fazer essa avaliação.

Como prevenir:

– Use sempre calçados e luvas apropriadas ao manusear materiais de construção ou lenha- Em locais onde há presença destes animais, vede a soleira das portas com frisos de borracha ou com saquinhos de areia- Não coloque as mãos em tocas e lugares escuros onde o escorpião possa se esconder – Feche bem os sacos de lixo e mantenha os terrenos próximos de sua moradia limpos, evitando baratas e moscas, animais que costumam atrair esses predadores- Examine roupas, calçados e roupas de cama e banho antes de usá-las.

A redação do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, está a disposição da secretaria municipal de saúde ou zoonoses para qualquer esclarecimento pertinente a matéria.

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