Não é só o possível retorno do Orkut que está movimentando a nostalgia dos brasileiros. A loja de departamentos Mesbla, ícone do segmento no século passado, mas que entrou em falência nos anos 90, anunciou seu retorno nas redes sociais e com uma propaganda cobrindo o metrô do Rio de Janeiro, nesta semana. A volta da loja, porém, está limitada às vendas online.

O site da Mesbla funciona como um marketplace, em que outras marcas podem expor e vender seus produtos, e divide-se nas categorias de roupas de cama, eletrônicos, eletrodomésticos, móveis, informática e livros. A marca não tem intenção, por ora, de abrir lojas físicas novamente. 

Em Belo Horizonte, a Mesbla ocupou a esquina da rua Curitiba com a avenida Afonso Pena e tornou-se uma das referências da paisagem do Centro. Ainda hoje, o edifício onde ela operava tem o nome da marca. Já em Marília funcionou na rua nove de julho, 1001, esquina com a rua Mauá, onde funciona o Shopping Atenas.

Os novos donos da Mesbla, os sócios Marcel Jeronimo e Ricardo Viana, afirmam ter investido cerca de meio milhão de reais para lançar a plataforma de comércio.

A história de 110 anos da Mesbla

A Mesbla foi fundada em 1912, no Centro do Rio de Janeiro, como filial de uma empresa de máquinas e equipamentos francesa. Em 1924, ela se tornou autônoma e, nos anos 80, com lojas que raramente tinham área inferior a 3.000 m², empregava dezenas de milhares de pessoas em todo o país. 

Após o Plano Real, em 1994, seu declínio se acentuou, com uma dívida bilionária, e, em meados de 1999, decretou a falência. Os planos de retorno da Mesbla vêm desde 2010, quando a empresa já ensaiava uma volta online.

Consumidores comemoram volta das Mesbla

“Uma nova história para toda vida”, diz o slogan da campanha de retorno da Mesbla — a marca era conhecida, antes, pela frase “Prazer em servir”. A nova chamada da marca tocou a nostalgia dos consumidores, que deixaram mensagens movimentaram as redes sociais e lembraram outros fenômenos e cenários marcantes do último século que estão de volta, como a telenovela “Pantanal” e a inflação.

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