A informação é bastante preocupante. Com as fortes chuvas que caem sobre a cidade, já era previsto um aumento nos casos, no entanto, no prazo de apenas sete dias ouve um salto de quase 250% nos números de casos oficiais e em 65% o numero de casos sob investigação segundo dados da secretaria municipal de saúde.

No último boletim, divulgado a apenas sete dias, constavam 18 casos positivos e 241 casos suspeitos. Neste novo boletim da Vigilância Epidemiológica foi confirmado que Marília já conta com 61 casos e outras 398 pessoas figurando como suspeitas. O maior índice de casos positivos está no bairro Argollo Ferrão, na zona Oeste da cidade, com 24 confirmações, onde por sinal já houve uma operação de limpeza.

Pelo Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa), realizado em janeiro, foram encontradas larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya em 3,3% dos imóveis vistoriados em diversos pontos da cidade. Os números assustam e preocupam, pois, o Ministério da Saúde considera que índices inferiores a 1% indicam “condições satisfatórias” e de 1% a 3,9% é considerada “situação de alerta”. Quando acima de 3,9%, a infestação representa “risco de surto de dengue” , ou seja, estamos a apenas, 0,6% do quadro de um surto.

Neste momento, se faz necessário uma ação conjunta da população que, precisa fazer a sua parte, da administração municipal através de mobilização de secretarias e parceiros e também da imprensa em uma ampla campanha de conscientização. A Dengue mata Mesmo .

É IMPORTANTE SABER

Pesquisadores da Universidade Estadual do Colorado (CSU) já descobriram que o mosquito Aedes aegypti consegue transmitir ao mesmo tempo, em uma única picada, os vírus da dengue, zika e chikungunya, mas, é sempre bom lembrar. Os resultados foram publicados na revista Nature Communications em maio de 2019.

Para realizar a experiência, os cientistas infectaram os mosquitos em laboratório com os três tipos de vírus, fazendo em seguida testes para verificar a taxa de transmissão. Segundo os responsáveis pelo estudo, ainda não há um motivo para acreditar que uma coinfecção possa ser mais grave do que ser atingido por um único vírus.

Aedes aegypti 3 em 1

A próxima etapa do estudo é descobrir como uma coinfecção afeta a evolução dos vírus dentro do mosquito, se um desses vírus é dominante e consegue ser mais forte os outros no organismo desses insetos.

“Pensamos que os vírus querem competir ou ajudar entre si de alguma forma. Todos esses vírus têm mecanismos para suprimir a imunidade dos mosquitos, o que pode ser feito em sinergia. Por outro lado, todos eles provavelmente exigem recursos semelhantes dentro das células infectadas, o que pode gerar uma concorrência”, falou disse Greg Ebel, coautor da pesquisa.

A líder da pesquisa, Claudia Ruckert, pós-doutora do laboratório de doenças infecciosas e artrópodes da CSU, destaca que não há qualquer evidência forte de que uma coinfecção possa resultar em sintomas ou um quadro clínico mais grave. No entanto, as descobertas sobre casos de dois ou mais vírus no mesmo paciente são contraditórias.

A pesquisadora ainda levanta a possibilidade de que as coinfecções em seres humanos não tenham sido diagnosticadas da maneira correta. “Dependendo de como os diagnósticos são usados, e dependendo de como os médicos pensam, é possível que a presença de um segundo vírus não seja notada. Isso pode definitivamente conduzir uma interpretação errada da gravidade da doença”, avaliou Claudia Ruckert. Além de analisar essa relação entre os diferentes vírus no corpo dos mosquitos, a pesquisa pretende inserir a febre amarela nas próximas experiências.

Em síntese, é melhor prevenir do que remediar…

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.