A cidade de Marília recebeu, em 05 de fevereiro deste ano, o título de “Município de Interesse Turístico” (MIT). A oficialização veio durante uma sessão extraordinária da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Com isso, o município passou a ter o direito a receber recursos para aplicação em projetos de infraestrutura turística.

Um exemplo disso foi a apresentação do projeto “Praça do Mirante”, feito pelo arquiteto Manoel Ortiz, da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano. A obra será feita entre a Via Expressa Sampaio Vidal e a Rua Augusto Genta, na zona sul da cidade, e será a primeira a se contemplar deste recurso.


No entanto, pelo potencial da cidade e o grande numero de estudantes e consumidores que recebe das cidades vizinhas, o que se percebe é a falta de um projeto amplo de exploração turistica com opções que possam não só contemplar os marilienses que não possuem sequer uma área de recreação e laser mas, também atrair turistas, sendo tornando uma grande e rentável fonte de recursos.


A prova disso, é o que aconteceu com o PARQUE AQUATICO DE MARÍLIA, que custou mais de R$ 2 milhões de reais e hoje está entregue ao abandono, se tranformando em um deposito de lixo. Na contramão de nossa cidade, assistimos dezenas de caravanas que partem daqui com destino ao Parque Aquático Cidade da Criança de Presidente Prudente ou o deslumbrante Parque Termas dos Laranjais em Olímpia e tantos outros.

A administração de Vinicius Camarinha acabou por abandonar uma grande opção de lazer aos finais de semana e, a atual administração de Daniel Alonso ao invés de buscar parcerias ( PPP) para reativa-lo e, como prometeu na campanha de 2016, preferiu transforma-lo em deposito de lixo e posteriormente vender a área para cobrir o rombro do IPREM que se acumula desde as ultimas administrações.

O mesmo exemplo segue o bosque municipal, que por falta de visão turistica acaba se tornando apenas em uma reserva com farta arborização provenientes da Mata Atlântica do Interior. Quando se fala de um Mini-Zoo, a população prefere se deslocar até a cidade de Garça ou quem sabe, dar um um “pulinho” em Bauru ou Sorocaba que conseguem atrair milhares de pessoas nos finais de semana devido as inúmeras atrações. Parafraseando o grande Jornalista Boris Casoy; “-ISTO É UMA VERGONHA”.

A ONG MARÍLIA CENTENARIA, possui em seus quadros pessoas altamente qualificadas e com projetos ambiciosos para á area de turismo. Como já citamos na edição de outubro deste jornal, tudo começa pela Praça Maria Izabel ( praça São Bento ), passando pelas praças abandonadas dos bairros explorando os nossos valiosos Vales e itambés além de outras alternativas que verdadeiramente possam transformar essa cidade em um grande polo de desenvolvimento turístico.

Não citamos aqui, a exploração dos trilhos que cruzam todo o trecho urbano, como fez Bauru, São José do Rio Preto e Paraguaçu Paulista com inclusive um melhor aproveitamento da área próxima a antiga estação ferroviária.


É lamentável assistir a chegada de um visitante na cidade e, que ao chegar no terminal rodoviário da cidade se depara com um PIT ( Ponto de Informações Turísticas ) na qual recebe um fooder com as principais atrações turísticas da cidade apresentando templos religiosos, campo do MAC e o único grande destaque que é justamente o Museu Paleontológico.

Triste e pobre para um município que sabemos tem condições de apresentar muito mais, bastando apenas e de fato “arregaçar as mangas” e trabalhar parcerias inteligentes que possam explorar essa verdadeira mina de ouro chamada turismo.

FIM DO SONHO

Após a publicação dessa matéria em nossa versão impressa na última sexta feira ( 13 ), nos causou uma grande decepção ao abrir o Diário Oficial do Município no último sábado (14), quando fomos surpreendidos com a publicação informando que realiza ainda esta semana os leilões do Parque Aquático e de outras cinco áreas públicas para recompor os cofres do Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília).

O primeiro edital, de número 13/2019, na modalidade de Concorrência Pública, é referente à licitação do tipo maior oferta e terá o seu encerramento na quinta-feira (19), às 9h, com abertura dos envelopes às 9h10. Trata-se justamente do Parque Aquático, com 98,8 mil metros quadrados, área avaliada em R$ 4, 6 milhões (exceto toboáguas). O que poderia ser uma possibilidade de parceria para um ambicioso projeto de lazer e turismo acabara de ser sepultado.

O segundo edital, número 14/2019, com mesma modalidade, terá o encerramento na sexta-feira (20), às 9h, com abertura dos envelopes às 9h10, com total de cinco imóveis.

Terrenos que irão para leilão além do Parque Aquático:

  • Matrícula número 59.005 no 1º Oficial de Registro de Imóveis e Anexos de Marília/SP, com lote dominial no Loteamento Veneza, com área total de 1.653,60 metros quadrados, com valor inicial de R$ 431.664,09.
  • Matrícula número 60.431 no 1º Oficial de Registro de Imóveis e Anexos de Marília/SP, com área dominial no Loteamento Fazenda São Sebastião II, totalizando 4.682,00 metros quadrados, com valor inicial de R$ 1.821.485,10.
  • Matrícula número 55.508 no 1º Oficial de Registro de Imóveis e Anexos de Marília/SP, sendo um terreno no Loteamento Residencial e Comercial Fazenda São Sebastião, com área total e 7.197 metros quadrados, com valor inicial de R$ 2.346.977,25.
  • Matrícula número 47.787 no 2º Registro de Imóveis de Marília, sendo um lote comercial no Residencial Terras da Fazenda, totalizando 7.500,09 metros quadrados, com valor inicial de R$ 3.701.581,41 metros quadrados.
  • Matrícula número 60.017 no 1º Oficial de Registro de Imóveis e Anexos de Marília/SP, sendo uma área dominial no Loteamento Villa Flora Aquarius, totalizando 6.320,81 metros quadrados, com valor inicial de R$ 2.438.290,47.
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