Vítima de 49 anos estava passando pelo local quando foi atingida na tarde de ontem, sexta-feira (24). Prefeitura diz que reforma no prédio estava sendo realizada sem a autorização do Executivo; local foi interditado.

O vendedor de doces que morreu após ser atingido por parte do muro de um prédio que desabou no centro da cidade de Jaú, distante 166 quilômetros de Marília na tarde de ontem, sexta-feira (24) e foi enterrado na manhã de hoje sábado (25) no cemitério municipal daquele município.

Paulo Sérgio Ananias tinha 49 anos e, conforme apurado pela, estava passando pela rua Amaral Gurgel, quando foi atingido pela estrutura que é uma antiga casa de massas e estava passando por obras. A vítima não resistiu aos graves ferimentos e morreu no local.

Parte do muro também caiu sobre um caminhão que estava parado. Não havia ninguém no veículo. Equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil foram acionadas no local e pretendem demolir a obra o quanto antes para evitar novos desmoronamentos. Com isso, o prédio foi interditado.

A Defesa Civil informou que verificou que foram retiradas vigas de sustentação, o que pode ter levado à queda do muro. “Tiraram as vigas do estruturamento. Vigas de sustentação do telhado e veio ficar mais frágil a parte do muro”, diz o coordenador da Defesa Civil, Jean Souza.

Ainda segundo o órgão, quatro famílias que moram em imóveis vizinhos ao prédio tiveram que ser retiradas de suas casas. Elas ficaram em um hotel até a liberação da área.

Homem morre atingido por parte de prédio que desabou em Jaú — Foto: Arquivo Pessoal

Em nota, a prefeitura informou que os proprietários do prédio haviam dado entrada em processo junto à Prefeitura solicitando autorização para reforma, que ainda não havia sido autorizada.

“Mesmo sem autorização da prefeitura, os proprietários deram início à reforma. A Prefeitura lamenta e se solidariza com a família da vítima. A Prefeitura dará sequência às medidas cabíveis relacionadas ao caso”, informou.

Muro desabou e matou uma pessoa em Jaú — Foto: Arquivo pessoal/Luizinho Andretto

De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Márcio Almeida, “um fiscal esteve no local no dia 16 de setembro, fez notificação e pediu que apresentasse documentação da obra. Não tinha autorização da prefeitura e notificamos, pedimos que a obra fosse interrompida”, afirma.

Já a defesa da empresa afirma que a obra era realizada com autorização.

“Não temos essa notícia de embargo nenhum. A obra estava funcionando normalmente e se não estivesse, teria prosseguido. É um prédio antigo, que estava sendo trabalhado. Mas o que aconteceu realmente só com perícia e bastante análise que se vai poder, atestar e comprovar. Estamos tomando providências que é socorrer a família e dar toda assistência, e cuidar para que o locar seja liberado e famílias do entorno possam ter a tranquilidade restabelecida “, diz a advogada Daniela Rodrigueiro.

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