Após o anuncio da última quarta feira ( 27 ), onde o TCU (Tribunal de Contas da União) confirmou a renovação antecipada da concessão ferroviária da Malha Paulista da Rumo. As reuniões e mobilizações políticas se intensificaram objetivando a implementação o mais rápido possível para aquela que é sem duvida nenhuma um pontapé significativo para o desenvolvimento do país.

O contrato, que iria vencer em 2028, ganhou mais 30 anos e terá duração até 2058, com antecipação de aportes na ordem de R$ 5,8 bilhões. A ferrovia é uma das mais importantes do país, com acesso direto ao Porto de Santos, maior terminal de contêineres do Brasil.

Classificadas pelo PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) do governo federal, outras quatro concessionárias de ferrovias estão com seus aditivos de prorrogação em estudo. Na fila para a antecipação da prorrogação das concessões se encontram a MRS Logística, com previsão de investimentos de R$ 10,8 bilhões e R$ 2 bilhões em outorga; a EFVM (Estrada de Ferro Vitória Minas), R$ 8,8 bilhões em investimentos e R$ 1,52 bilhão em outorga; a EFC (Estrada de Ferro Carajás), sendo R$ 8,2 bilhões de outorga e outros R$ 231 milhões em investimentos, e a FCA (Ferrovia Centro Atlântica), que ainda não teve seus valores estipulados pelo PPI.

A Rumo é a maior operadora de ferrovias do Brasil e oferece serviços logísticos de transporte ferroviário, elevação portuária e armazenagem. A companhia opera 12 terminais de transbordo, seis terminais portuários e administra cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias. A empresa possui mais de mil locomotivas e 28 mil vagões.

Em nota oficial, a empresa Rumo logística, concessionária responsável pela malha paulista informou que a reativação do ramal está condicionada a assinatura do contrato de renovação que ainda depende de ajustes da ANTT.

A assinatura do contrato com o Ministério da Infraestrutura viabilizará um aporte aproximado no valor de $ 7 bilhões em obras de redução de conflitos urbanos e expansão da capacidade, entre outros investimentos na ferrovia que corta o estado de São Paulo até a cidade de Santos.

Em consequência disso haverá um aumento de 150% na capacidade de transporte da malha paulista- de 30 milhões de toneladas para 75 milhões de toneladas anuais.

Na noite de ontem, sexta feira ( 29) foi realizado um encontro nas dependências da Universidade Eurípides de Marília (Univem), quando detalhes sobre a retomada da ferrovia na região foi o tema apresentado pelos Deputados Reinaldo Alguz (Estadual) e Enrico Misasi (Federal), que estão se encontrando com autoridades da região para explicar como será o processo de reativação das linhas férreas no trecho entre Panorama e Bauru, passando pela cidade de Marília, até o porto de Santos.

Durante pouco mais de uma hora o encontro mostrou que a Empresa Rumo, responsável pela malha paulista, sendo a maior operadora de ferrovias do Brasil, fez estudos sócio econômicos no centro-oeste paulista e pretende criar centro de distribuições baseada na malha rodoviária, fluvial e ferrovia.

Alguns problemas para a retomada foram apresentados e que as cidades terão que assumir. Primeiro a questão urbana, com os conflitos familiares e depois a questão dos entornos, pois em algumas cidades e localidades, houve a invasão urbana por parte de algumas família em que a passagem do trem passou a ser perigosa, além da retirada de alguns trilhos. Isso pode ameaçar o cronograma e criar conflitos sociais enormes além até de demandas judiciais travando o desenvolvimento.

A retirada dos trens nos centros urbanos foi outra questão apresentada, e neste sentido, Marília passa a ter um problema grave, pois a cidade conta com os trilhos na região central. Haveria a necessidade do rebaixamento, semelhante ao que foi feito na cidade de Maringá, sendo que, também foi aventada a possibilidade de se desviar a exemplo de outras cidades, mas, que dependerá de um grandes investimentos, sem mencionar as questões de bitolas, batentes, trilhos, vagões e locomotivas diferenciadas.

O fato é que para a alegria de alguns, a os trens estarão de volta em no máximo dois anos. Um grande e decisivo fator será o empenho das administrações municipais que poderão, se unidas, agilizar em muito a implantação deste importante e econômico dispositivo de cargas. Com criatividade e iniciativa para parcerias, grandes projetos podem surgir.

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