Hoje (25/09) é comemorado o Dia do Rádio. A data foi escolhida em comemoração ao aniversário de Roquete Pinto, considerado “Pai do Rádio Brasileiro”. Em 1923, Roquete inaugurou oficialmente a primeira rádio do Brasil, a Sociedade do Rio de Janeiro. Antes dela, a Rádio Clube do Recife já havia entrado no ar, sendo a primeira rádio no ar no Brasil e que ainda está em operação.

Vale lembrar que a primeira transmissão de rádio no país já havia ocorrido no dia 7 de setembro de 1922, para um discurso de Epitácio Pessoa, na época presidente do Brasil, que este ano comemorou 92 anos. Segundo fontes históricas, o inventor do rádio foi Guglielmo Marconi, com a criação do “telégrafo sem fio” em 1896. A invenção do italiano proporcionou o desenvolvimento do rádio que conhecemos hoje. 

Na realidade, o rádio foi patenteado pelo cientista e inventor italiano Guglielmo (Guilherme) Marconi, no início do século 20. A primeira transmissão radiofônica no Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1922, por ocasião do centenário da independência.

Uma estação de rádio foi instalada no Corcovado e, além de música, emitiu o discurso do presidente da República, Epitácio Pessoa. No ano seguinte foi fundada por Roquete Pinto a primeira emissora de rádio do país: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

No entanto, o rádio tem mais razões para ser considerado brasileiro. Roberto Landell de Moura (1861-1928), padre e cientista gaúcho, também havia realizado experiências semelhantes às de Marconi – antes do italiano..

Entre 1901 e 1904, Landell de Moura esteve nos Estados Unidos, onde patenteou inventos, entre os quais um “transmissor de ondas” ou “transmissor fonético a distância” que seria exatamente o rádio. Sua patente, porém, era limitada e perdeu a validade. Marconi ficou com a fama. Trata-se de uma situação semelhante àquela que ocorreu com Santos Dumont e os irmãos Wright.

Mas, é de conhecimento nacional que em 1894, pelas mãos do padre e cientista gaúcho Roberto Landell de Moura, com o desenvolvimento deste aparelho semelhante ao telégrafo de Marconi, transmitindo e receptando sinais em São Paulo, mais precisamente da Avenida Paulista até o bairro de Santana (Zona Norte da capital paulista). Informações dão conta que somente em 1900 Landell conseguiu mostrar publicamente o seu invento, dando brecha para que Marconi ficasse conhecido como inventor do rádio. 

Dia 25 de setembro, Dia do Rádio | Rádio Barão Fm 105.9

A rádio mais antiga em operação no Brasil é a Clube AM do Recife, que em 2019 chegou aos 100 anos em operação. A emissora, que ultimamente abrigava a Rádio Globo AM 720 do Recife, realizou sua primeira transmissão radiofônica a partir de um estúdio improvisado na Ponte d’Uchoa, no Recife, em 6 de abril de 1919, tendo à frente o radiotelegrafista Antônio Joaquim Perei. Idealizada, construída, operada e direcionada para um grupo elitista, a emissora não teve muita repercussão, por não existirem receptores nas residências àquela época.  

Em 1920, já sob a orientação de Oscar Moreira Pinto, passou a transmitir de suas novas instalações na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro. Em fevereiro de 1923, com um pequeno transmissor de 10 watts, teve sua abrangência aumentada para toda a área do Recife. Em 1934 passou a ser dirigida pelo maestro Nelson Ferreira. Em 1950 inaugurou seu primeiro auditório, para 200 pessoas. 

Em 1952 passou a pertencer à cadeia dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, quando inaugurou novo auditório para 2000 pessoas. Em 2008 tornou-se uma das integrantes da Rede Clube Brasil de Rádio. Em 1931, a Rádio Clube promoveu a primeira transmissão ao vivo de futebol no Norte/Nordeste.

Antes da televisão

25 de setembro: hoje é o dia do rádio – A Gente diz

O rádio foi o primeiro grande veículo de comunicação de massas. Na verdade, dele vieram os primeiros profissionais e até os programas da TV. Por exemplo, você sabia que, antes das telenovelas, existiram as radionovelas? Os ouvintes escutavam os capítulos da mesma maneira que hoje, só que tinham que “ver” as cenas em sua imaginação.

Os primeiros aparelhos de rádio eram grandes caixotes de madeira, como você vê na foto que ilustra esse texto. Usavam válvulas e precisavam ser ligados na tomada para funcionar. Com o tempo, eles foram diminuindo de tamanho e passaram a funcionar com pilhas. Hoje em dia, os rádios estão integrados a outros aparelhos de som.

As emissoras de rádio podem ser captadas também através da internet. Pela web você pode ouvir emissoras do mundo inteiro, basta você pesquisar o que quer ouvir.

O sucesso do rádio se deve ao fato de que ele pode estar em qualquer lugar a qualquer hora e é acessível à maioria da população, tanto em zonas urbanas quanto rurais. Por isso, quem apostava que ele ia desaparecer quando a televisão surgiu se enganou redondamente.

O radialista é o profissional de comunicação social responsável por criar, produzir e dirigir programas para rádio e televisão. Ele pode fazer textos, roteiros, organizar a programação e fazer locuções.

Pode também ser editor, operador de câmera, de som, ou de vídeo, discotecário, continuísta, contrarregra, sonoplasta, encarregado de tráfego (a distribuição dos programas) e ainda desempenhar outras funções. A profissão de radialista foi regulamentada em 1978.

PANORAMA ATUAL: Credibilidade do rádio cresce 43% e meio é ouvido por 80% da população

Dia Mundial do Rádio é celebrado neste sábado | Agência Brasil

Através de uma união inédita que reuniu 17 emissoras de rádios do Rio de Janeiro, aconteceu ontem (19) uma edição especial do “Mix de Mídia”, organizado pelo Grupo de Mídia RJ. A partir de uma apresentação especial da Kantar IBOPE Media, foram revelados números importantes do rádio brasileiro, com base nos 13 mercados regulares aferidos pela empresa. Segundo a Kantar, o meio é ouvido por 80% da população, sendo um avanço de 2% na comparação com o dado de 2020. Outro ponto forte do meio é a credibilidadeavanço de 43% em apenas um ano. E 10% da população afirma ouvir rádio via web no Brasil. 

As apresentações da Kantar IBOPE Media foram realizadas por Giovana Alcântara e Gabriela Vitral, com a atualização dos dados relacionados ao comportamento da audiência e do mercado publicitário. Na sequência, houve um debate entre  Daniella Ferro (TIM), Fernando Morgado (consultor e professor) e Markus Castanheira (Universal Music), que discutiram sobre o panorama atual do rádio. A mediação foi feita por Antônio Jorge Alaby Pinheiro. 

“O rádio é um meio que se renova há muito tempo e serve de exemplo para as demais mídias. Sendo assim, não há mais espaço para discursos alarmistas quando se trata do futuro do meio. É fundamental investir cada vez mais na capacitação de toda a cadeia produtiva da comunicação, mostrando que o rádio vai muito além do dial e gera resultados das mais diversas formas, diz Fernando Morgado, consultor que esteve entre os debatedores.

Em contato com o tudoradio.com, Morgado também faz um alerta: “Ainda vemos muitas pessoas confundindo o rádio enquanto aparelho e o rádio enquanto linguagem. Mudar a forma de consumir rádio não significa deixar de consumir rádio, pelo contrário. Conforme o meio se expande, alcançando novos tipos de aparelho, mais tempo ele passa a ocupar na jornada do ouvinte. Essa é uma questão que parece básica, mas não é. Ainda vemos muita confusão nesse sentido por aí”.

Devido a grande procura pelo evento desta quinta-feira (19), o Grupo de Mídia RJ decidiu realizar uma segunda edição do “Mix de Mídia” com os mesmos participantes, em data que será definida.

Os dados atualizados

Trabajadores sindicalizados de radio y TV tendrán incremento de 4.7% al  salario | El Economista

Segundo a Kantar IBOPE Media, em 30 dias o rádio é ouvido por 80% da população nas 13 regiões metropolitanas pesquisas, sendo 2% a mais do que em 2020 (dados do trimestre abril a junho de 2021, 05-05h/todos os dias). Três a cada cinco ouvintes escutam rádios todos os dias, com cada um deles ouvindo cerca de 4 horas e 26 minutos (por dia). Também é destaque o perfil dessa audiência, equilibrado entre as faixas etárias e com boa presença nas classes sociais AB e C.

Os dados da Kantar apontam que 71% dos ouvintes afirmaram que ouviram rádio em casa, 24% no carro, 10% em outros locais, 8% no trajeto e 2% no trabalho. Tirando a audiência residencial, todos os outros locais apresentaram alta no consumo de rádio em relação a 2020, devido à maior circulação da população em 2021 nas 13 regiões pesquisadas.

A pesquisa indica que 80% dos ouvintes acompanharam o rádio através de um receptor comum, 25% pelo celular, 4% por outros equipamentos e 3% pelo computador. Na comparação com o mesmo período (trimestre abril a junho), o consumo de rádio via celular em 2020 representava 23%.

Sobre as regiões analisadas, em 30 dias o rádio é ouvido por 89% da população na Grande Belo Horizonte (com um tempo médio de 04h25), 85% na Grande Porto Alegre (04h21) e Grande Florianópolis (04h03), 84% na Grande Fortaleza (04h29) e Grande Curitiba (03h59), 82% no Grande Rio de Janeiro (praça de maior tempo médio, com 05h10), 81% no Grande Recife (04h40) e Grande Goiânia (04h13), 79% na Grande Vitória (04h16), 78% no Distrito Federal (03h32), 77% na Grande Salvador (04h02) e 76% na Grande São Paulo (04h15) e Campinas (03h52).

Os dados são similares aos números apresentados pela própria Kantar IBOPE Media no AESP Talks do final de julho, que contou com a participação de Melissa Vogel (CEO da empresa). Nos dois casos foram detalhados a ferramenta Extended Radio, que é um avanço na medição híbrida do rádio. As emissoras assinantes da Kantar IBOPE Media e o mercado continuarão com as pesquisas regulares do meio e também terão a disponibilidade dos dados em tempo real fornecidos pelo novo serviço. As métricas geradas pela ferramenta são semelhantes aos dados fornecidos por outras plataformas e mídias digitais, suprindo uma demanda do mercado. Essa aproximação dos dados de rádio com o digital é uma discussão global no setor.

Ouvintes de rádio web no Brasil

Rádio MEC celebra Dia da Música Clássica com repertório especial | Agência  Brasil

A Kantar também detalhou o consumo do rádio através da internet. Hoje, o tempo médio diário dedicado é de 2 horas e 44 minutos entre os ouvintes de rádio via web. A pesquisa indica que 10% da população nas 13 regiões metropolitanas pesquisas ouviram rádio web nos últimos 30 dias (trimestre abril a junho de 2021).

Desse público que consome rádio via web, 67% está nas classes AB, com maior participação nas faixas etárias mais jovens (26% de 20 a 29 anos e 31% de 30 a 39 anos). 

Também foi destacado a “explosão de consumo dos meios pela internet“, ou seja, o público passou a buscar pela distribuição on-line de conteúdos de rádio, jornal, revista e televisão. Para se ter uma ideia desse avanço, o rádio contava em 2016 e 2017 com cerca de 3% de seu consumo via internet. Esse percentual subiu para 4% nos anos seguintes, 6% em 2020 e disparou para 13% em 2021.

Ainda sobre os ouvintes via web, 66% afirmam ter ouvido rádio pelo celular, 37% pelo computador e 8% em outros equipamentos. E o pico de audiência é no período da manhã, nas faixas das 09h-10h e 10h-11h. Também há uma evolução no consumo via computador entre 13h e 17h e no celular entre 18 e 21h.

E sobre podcasts, 31% dos entrevistados ouviram o formato nos últimos 3 meses, segundo a Kantar. Isso representa um aumento de 32% na comparação com o último ano.

Credibilidade do rádio em alta

Um dos destaques da apresentação feita pela Kantar IBOPE Media foi sobre a credibilidade do rádio, que está em alta. Segundo a pesquisa, houve um avanço de 43% entre 2020 e 2021. 69% dos entrevistados afirmaram que confiam no rádio para se manter informados. Para se ter uma ideia do avanço, o percentual no ano passado era de 48% e de 49% em 2019. 

Publicidade: retomada do investimento e a confiança no rádio 

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A Kantar também teve um olhar especial para a publicidade no rádio. Segundo a pesquisa, 50% da efetividade de mídia é direcionada pela qualidade criativa da publicidade. E também foi mapeado os formatos mais queridos de propaganda em áudio para a audiência. São eles: 42% para comerciais entre os programas e as músicas, 27% para promoções na programação da emissora, 22% para ações publicitárias feitas por locutores durante os programas de rádio, 16% para anúncios inseridos na playlist do aplicativo de escuta e, por fim, 10% para anúncios em canais próprios das marcas dentro de aplicativos.

A pesquisa também revelou uma retomada no volume de inserções publicitárias no rádio. Houve um avanço de 16% na comparação entre o primeiro semestre de 2020 com o mesmo período deste ano. Antes, devido ao impacto causado pela pandemia do novo coronavírus na economia, a Kantar registrou uma queda de 36% entre 2019 e 2020 (dados relativos ao primeiro semestre de cada ano). 

São 4.933 anunciantes que investiram em rádio no 1º semestre de 2021, sendo 2.376 deles exclusivos do meio e 2.593 novos.  

Já sobre as marcas, 5.433 delas investiram no rádio no 1º semestre deste ano, sendo 2.543 exclusivo do meio e 3.106 que passaram a anunciar nas estações. Os dados são da pesquisa Advertising Intelligence da Kantar.

Entre as categorias que mais investem em rádio, 10,8% está no setor de super hipermercados atacadista, seguido de ensino escolar e universitário (6,9%), serviços saúde (6,6%), outros serviços consumidor (5,4%), auto revendas concessionárias (3,2%), lojas de departamento (2,9%), telecom fixa física (2,6%), restaurantes e lanchonetes (2,3%), outros medicamentos (2,2%), tônico, fortificante e vitamina (2,1%), varejo montadora (1,9%), serviços segurança (1,9%), construção e incorporação (1,8%), varejo telecomunicações móvel (1,8%) e outros tipos de comércio com 1,7%.

O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, se congratula com TODOS os profissionais que militam no rádio em seus diversos departamentos. Como editor deste veículo de comunicação, me sinto lisonjeado em constar na minha carteira profissional o registro de RADIALISTA e ter atuado em importantes emissoras de rádio de nossa região.

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