FALTA MUITO. Quando resolvemos discutir com antecedência o centenário de Marília, apresentamos algumas sugestões importantes visando justamente a qualificação da cidade para a inclusão no hall de cidades inteligentes de nosso país, mas, infelizmente, somos apenas uma voz que clama no deserto diante de uma administração decepcionante e travada dentro de um circulo que esbanja egocentrismo, soberba, arrogância e incompetência.

Esta página, enquanto não se institui oficialmente como entidade, já apresentou importantes sugestões em diferente áreas visando justamente a melhoria na qualidade de vida de nossos munícipes e a otimização dos serviços, itens primordiais das chamadas “smarts cities”, senão vejamos;

•    CRIAÇÃO DO PROJETO FRENTE SEGURA- BOLSÃO DE MOTOS

(Mobilização iniciada em 25 de maio de 2018, inclusive com documento protocolado na Emdurb. Consiste na sinalização de um bolsão para estacionamento de motos logo atrás da faixa de pedestres que antecede os semáforos, objetivando a redução de acidentes envolvendo motos ). ESTA FOI ACATADA PELA EMDURB E COLOCADA EM PRÁTICA

•     IMPLANTAÇÃO DO APLICATIVO PRATO ABERTO

(Sugerida em 27 de maio de 2018 a Plataforma digital permite as mães em tempo real acompanhar pelo celular, tablet ou computador a qualidade da merenda oferecida nas escolas municipais ) INFELIZMENTE NÃO APRECIADO

•     IMPLANTAÇÃO DA TRIBUNA LIVRE NA CÂMARA MUNICIPAL DE MARÍLIA.

( Apresentada em 11 de junho de 2018, propunha a alteração do artigo 196 do regimento interno da casa, transferindo para toda segunda feira no horário da sessão ordinária, em período que antecede o pequeno expediente ou dentro do mesmo a exemplo do que já ocorre em outras cidades em verdadeiro exemplo de democracia e cidadania). INFELIZMENTE VETADO.

•     INDICAÇÃO DE UM PROJETO DE LEI PERMITINDO A INSTALAÇÃO DE BLOQUEADOR DE AR EM HIDRÔMETROS.

(Apresentada em 11 de junho de 2019, a sugestão visa tornar justa a cobrança no valor da conta de água. Marília é uma cidade que sofre muito com a falta de água e são inúmeros os relatos de pessoas que ficam dias sem o liquido precioso, mas, a fatura sempre vem com valores até maiores, justamente pelo ar que fica nas tubulações e passa pelos hidrômetros como se fosse a água ) DESCARTADA DE IMEDIATO PELA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL.

•      REMODELAÇÃO DA PRAÇA SÃO BENTO.

(Outra sugestão apresentada em 3 de novembro de 2019 que propunha a parceria com as faculdades de engenharia e arquitetura da cidade para um amplo projeto urbanístico visando a economia e total reestruturação da praça mais tradicional da cidade e que era cartão de visita até o inicio dos anos 90. Infelizmente começaram uma reforma a cerca de um ano atrás e até hoje não concluíram. Pior que isto é que sepultaram a fonte e a transformaram em uma grande circunferência de concreto sem qualquer justificativa consumindo milhões de reais. A gestão expertise decidiu seguir na contramão de outras cidades que revitalizaram suas praças promovendo o turismo e o entretenimento entre as famílias).

•       COBRANÇA DE CICLOVIAS NA CIDADE.

(Matéria publicada em 13 de março de 2021 que  cobrava um plano avançado e abrangente de mobilidade urbana, contemplando a construção de ciclovias nas principais artérias da cidade para incentivar o ciclismo, auxiliar no meio ambiente e contribuir com o trânsito. A sugestão caminha a passos de tartaruga e desde a publicação até hoje apenas um trecho na Avenida Benedito Alves Delfino foi iniciada).

•    IMPLANTAÇÃO DE UM PARQUE TEMÁTICO NA TERRA DOS DINOSSAUROS.

(Sugestão apresentada em 18 de outubro de 2021, na volta da página ao JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA questionando sobre a necessidade da exploração turística da cidade por um presente que a natureza nos concedeu e que infelizmente, por motivos misteriosos, ainda não explorados. É vergonhoso ver outras cidades sem qualquer característica ou histórico paleontológico construírem parques temáticos de dinossauros faturando milhões com a indústria do turismo enquanto estranhamente a administração municipal nada faz, alias, apenas incentiva a proliferação de condomínios, em sua maioria irregulares de acordo com o plano diretor. NUNCA COGITADO .

•   REURBANIZAÇÃO DE COMUNIDADES COM O PROJETO FAVELA BAIRRO.

(Outra brilhante ideia apresentada em 16 de dezembro de 2021. Mais do que vontade política é um ato humanitário. Integrar a favela à cidade é a principal metal do Programa Favela-Bairro aonde foi implantado. A cidade possui 18 favelas e por incrível que pareça, a cidade com 250 mil habitantes não possui uma secretaria da habitação, que alias é interessante para determinadas construtoras e com isso nenhum projeto de inclusão habitacional e alias de forma econômica de reurbanização de favelas seguindo exemplo de grandes centros. Comunidades que vivem em áreas de risco, com esgoto a céu aberto e outras irregularidades. A única politica adotada é a distribuição de cestas básicas, infelizmente uma visão pífia de inclusão social ). SEQUER FOI APRECIADA

O que é uma cidade inteligente?

O enfoque atual é na cidade criativa e sustentável, que faz uso da tecnologia em seu processo de planejamento com a participação dos cidadãos.

Segundo a união Européia, Smart Cities são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida.  Esses fluxos de interação são considerados inteligentes por fazer uso estratégico de infraestrutura e serviços e de informação e comunicação com planejamento e gestão urbana para dar resposta às necessidades sociais e econômicas da sociedade. De acordo com o Cities in Motion Index, do IESE Business School na Espanha, 10 dimensões indicam o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, o meio-ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia.

Atualmente, cidades de países emergentes estão investindo bilhões de dólares em produtos e serviços inteligentes para sustentar o crescimento econômico e as demandas materiais da nova classe média.  Ao mesmo tempo, países e cidades desenvolvidas precisam aprimorar a infraestrutura urbana existente para permanecer competitivos. Na busca por soluções para esse desafio, mais da metade das cidades europeias acima de 100.000 habitantes já possuem ou estão implementando iniciativas para se tornarem de fato Smart Cities, e no Brasil não é diferente, pois gestores com expertises DE FATO, estão investindo pesado para que suas respectivas cidades sejam transformadas em cidades otimizadas e consequentemente inteligentes. Enquanto isto, Marília segue servindo apenas para o interesse daquela meia dúzia de especuladores.

UM PEQUENO PASSO : Água mole em pedra ou cabeça dura, tanto bate até que fura..

Após a primeira publicação desta matéria na edição de janeiro do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA e posteriormente a segunda na edição de fevereiro, fomos de uma certa forma surpreendidos com a realização do 1º evento presencial da Rede Cidade Digital (RCD) do estado que será realizado em Marília, dia 10 de março. A cidade sediará o Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes DO CENTRO-OESTE PAULISTA, que fique bem claro, e que discutirá inovações que auxiliem no desenvolvimento delas.

Fica o aviso aos navegantes do poder; “SE FAZ NECESSÁRIO A INTERAÇÃO COM O POVO, antes de qualquer evento para fotos e discursos políticos sem conhecimento de causa, ou seja: apenas teoria retirada de revistas especializadas.

Indo direto ao ponto é necessário esclarecer que as cidades inteligentes são justamente aquelas que utilizam os avanços tecnológicos para mitigar estes gargalos e melhorar sua infraestrutura, tornando-se mais eficientes. Os investimentos em todo o mundo gravitam em torno de cinco áreas principais: meio ambiente, mobilidade urbana, qualidade de vida, economia e interação entre governos e cidadãos.

Em algumas cidades, rotas alternativas são oferecidas aos motoristas quando o sistema de trânsito prevê congestionamento. Medidores de água e de energia são capazes de informar e otimizar gastos. Outras também oferecem aplicativos para que os cidadãos sejam atuantes nas decisões sobre sua cidade. Em uma cidade comandada por um determinado grupo, fica difícil imaginar que esta democratização venha a ocorrer….

UM PASSO À FRENTE : Enquanto Marília adormece, outras cidades criam leis para se tornar ‘Cidade Inteligente’

A lei prevê “princípios e regras que nortearão a implantação de equipamentos, dispositivos e infraestrutura” para adequação do município

Que a pauta da câmara municipal de Marília é recheada de requerimentos de congratulações e outros já não é segredo prá ninguém. O que falta são projetos inteligentes. Este é um deles. Com a publicação de lei sobre o tema, a cidade de Americana passou a ter diretrizes rumo ao conceito das cidades inteligentes, ou “smart cities”. O projeto foi aprovado pelos vereadores e sancionado pelo prefeito Chico Sardelli (PV) sendo de autoria da vereadora Nathália Camargo (Avante). 

A lei prevê “princípios e regras que nortearão a implantação de equipamentos, dispositivos e infraestrutura” para adequação do município ao conceito, considerando “Cidade Inteligente” aquela que “possua inteligência coletiva, que tenha responsabilidade ambiental, que promova o desenvolvimento social e que estimule o crescimento econômico equilibrado por todo o território da cidade”

Júnior Roma, da Consultoria Política das Cidades, que atua na área de gestão pública, inovação SmartCities e estratégias para governos, considera que, antes da definição de normas e regras, da forma que foi feito, é preciso conectar todos os segmentos da sociedade. 

Poderes executivo, legislativo e judiciário, Ministério Público, universidades, organizações de classe, setor privado, associação comercial, telecomunicações e, principalmente, o cidadão, devem participar do desenvolvimento. 

“A partir desse ponto é que se inicia a construção de um projeto de Cidade Inteligente, que deve contemplar planejamento urbano, mobilidade urbana, infraestrutura, conectividade, uso de dados, e, o mais importante, as pessoas. Os princípios para implantação do conceito não devem partir de uma iniciativa unilateral”. 

Esse caráter coletivo é previsto na lei, que determina que se sobreponha aos interesses individuais nas ações, com expansão equilibrada da cidade e oferta igualitária de infraestrutura e serviços sociais, garantindo o acesso a todos os cidadãos.  Também prega o desenvolvimento de tecnologias que otimizem e democratizem o acesso aos serviços públicos essenciais. 

É uma visão diferenciada que acompanha o raciocínio de outras cidades e vem de encontro com o Projeto de Lei 976/21 apreciado no congresso nacional e que estabelece uma política para estimular o desenvolvimento no Brasil das chamadas cidades inteligentes, que aproveitam tecnologias de última geração na gestão do espaço urbano e no relacionamento com os cidadãos. O texto ainda tramita na Câmara dos Deputados.

A Política Nacional de Cidades Inteligentes (PNCI) define os princípios gerais e objetivos que deverão ser seguidos pelos municípios, responsáveis constitucionais pela política urbana. A proposta prevê apoio federal na implantação das medidas, com a criação de um fundo de financiamento.

Segundo os parlamentares, o projeto “tem alto potencial para a transformação da realidade socioeconômica do nosso País”. Eles afirmam ainda que o texto fornece um roteiro seguro para municípios brasileiros.

Como uma cidade pode se tornar inteligente?

O processo para que uma cidade se relacione melhor com a tecnologia a ponto de ser considerada uma smart city pode ser longo e envolve passos como análise de dados, comunicação e sustentabilidade. Segundo o estudo The development os smart cities in China, realizado pela Utrecht University, na Holanda, as camadas que contemplam o processo de tornar uma cidade inteligente são: as redes, a coleta de dados, as plataformas e as aplicações inteligentes.

“O cidadão tem um papel fundamental para o desenvolvimento deste processo, onde podemos destacar a utilização dos canais digitais na interação com as aplicações desenvolvidas para as cidades e com a gestão pública, através de seus canais de atendimento”, avalia Mauro Fukuda, diretor de Estratégia, Arquitetura e Tecnologia da Oi.

Aqui praticamos o jornalismo verdade e trabalhamos com a visão construtiva de se pensar nas atividades e fatores que podem tornar uma cidade mais inteligente.  Junte-se a nós nesta conversa, e entre em contato conosco. A MARILIA CENTENÁRIA não abre mão desta discussão. Precisamos pensar a cidade que queremos para o nosso centenário, e assim iremos continuar, mesmo com os entraves e obstáculos da classe politica obcecada apenas pelo poder e sua benesses e “aquele grupinho” altamente interessado em travar a cidade.

DIRETO DA REDAÇÃO COM INFORMAÇÕES DA MARILIA CENTENÁRIA

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