O governador do estado de São Paulo, João Dória anunciou, no início da tarde desta quarta-feira (27), a prorrogação da quarentena no estado por 15 dias, com flexibilizações progressivas, que serão feitas levando em conta as características de cada município.

Várias cidades da região terão regras distintas por aparecerem em classificações diferentes com relação aos critérios para flexibilização progressiva.

Mais uma vez, a cidade de Marília ficou atras de Bauru, mesmo com números favoráveis e estatisticamente melhor do que a cidade sem limites. Pelos critérios de disponibilidade de leitos e pelo número de pessoas infectadas ou os óbitos registrados pela Covid-19, sem contar a disponibilidade de leitos disponíveis credenciaram automaticamente nossa cidade a uma abertura mais ampla, porém, por motivos que fogem ao nosso conhecimento, não foi o que aconteceu.

A região de Bauru (SP), por exemplo, aparece com direito às regras da fase 3, com abertura de um número maior de setores, mesmo já registrando 14 mortes e quase 300 casos confirmados com um número restrito de leitos para pacientes com o novo coronavírus.

A região de Bauru foi classificada na fase 3 – a frente de Marília – e já pode a partir da próxima segunda feira, 1º de junho retomar, com restrições, as atividades de bares, restaurantes e similares, além de salões de beleza. Sem restrição, podem funcionar imobiliárias, concessionárias e escritórios.

A região de Marília ainda está na fase 2, considerada de “controle”, com possibilidade de abertura com restrições. A flexibilização deverá ser feita por decreto pelos prefeitos das cidades observando também os planos regionais. Para se ter uma ideia, o governador nivelou a nossa cidade as mesmas proporções de risco dos grandes centros como a capital paulista, São José do Rio Preto e Campinas.

Como ‘fase dois’ no plano de reabertura, significa que a partir de segunda-feira, dia 1º de junho, cinco setores da economia local poderão ser retomados com restrições.

São eles: atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio em geral e shopping centers. Construção civil e indústria, que não chegaram a parar, seguem funcionando.

No caso específico dos shopping centers, por exemplo, envolvem redução do fluxo de clientes para 20% do normal, redução do horário de funcionamento para quatro horas por dia e medidas de distanciamento entre as pessoas.

Já bares, restaurantes e similares, espaços públicos, salões de beleza, academias, teatros, cinemas, eventos com aglomeração, transporte e educação seguem vedados na região de Marília na fase 2.

Ao todo são cinco fases em que as regiões serão reclassificadas periodicamente. Em cada uma delas são permitidas a reabertura de certos tipos de estabelecimentos. Segundo o governo, será feita uma reavaliação semanal e caso os indicadores se mantenham estáveis por 14 dias, as regiões podem mudar de fase

Uma região só poderá passar a um maior relaxamento após esses 14 dias da mudança de fase, mantendo os indicadores de saúde estáveis por um período completo de incubação, ou seja, os donos de bares, restaurantes, academias, transporte coletivo e educação terão que esperar no mínimo mais 15 dias para “sonhar” com a liberação de seu negócio.

Curiosamente já na tarde de ontem, diversos políticos da “terrinha” realizaram gravação de vídeos para redes sociais paternalizando a conquista. Um deles foi o deputado Vinícius Camarinha que durante estes dias da quarentena não havia se manifestado a respeito do assunto. Já o presidente da Câmara Marcos Rezende convocava a imprensa para o lançamento do “Manifesto Municipalista”. É a velha máxima da politica Mariliense que consegue agregar paternidade variada quando o filho é bonito, mas, se por acaso for meio fora do normal…….não aparece um.

O estranho é constatar que, todos os critérios favoreciam a cidade de Marília, porém no final da manhã de hoje, comprovou-se mais uma vez, que a força política de Bauru é de longe, bem maior que a nossa. É incompreensível ter um prefeito do mesmo partido do governador e um deputado que faz parte da base de João Dória não conseguirem demarcar território em defesa dos marilienses, conquistando apenas emendas carimbadas e o que sobra de outras cidades.

Segundo o Plano São Paulo, as prefeituras terão autonomia para criarem regras com exigências para reabertura dos setores autorizados conforme as fases em que as regiões se encontram. Isso deve ser feito por meio de decretos assinados pelos prefeitos, em observação aos planos regionais.

RECAPITULANDO

As regiões que cumprirem as determinações do governo do estado poderão reabrir na primeira fase: estabelecimentos comerciais e de serviços com área de venda igual ou inferior a 400 m² – incluindo espaços que ficam dentro de shoppings. Outras regras, mais específicas, ainda serão definidas.

As regiões que mantiverem os mesmos indicadores por 14 dias seguidos vão poder seguir para a segunda fase e reabrir lojas maiores, com área superior a 400m² – também considerando as lojas de shoppings com regras específicas.

Após outros 14 dias de índices de Saúde estáveis, as regiões seguirão para a terceira fase, que vai permitir a reabertura de hotéis, pensões e demais acomodações.

As cidades poderão ir para a quarta e última fase após outros 14 dias de índices positivos na Saúde. Nesta etapa, serão reabertos setores como:

  • Cinemas e teatros;
  • Cultos religiosos, igrejas e missas;
  • Parques, academias e práticas esportivas sem contato físico;
  • Clubes sociais e esportivos;
  • Creches, escolas e universidades.

Caso os índices de Saúde piorarem, as cidades poderão voltar para fases anteriores.

Até 20 de julho, alguns setores permanecerão fechados independente dos índices de Saúde e fases de cada região:

  • Feiras;
  • Clubes;
  • Cinemas;
  • Igrejas;
  • Teatros;
  • Academias;
  • Museus;
  • Bibliotecas;
  • Atividades culturais, de lazer, esportivas coletivas;
  • Shows, boates;
  • Festas públicas e particulares;
  • Exposições;
  • Jogos;
  • Leilões;
  • Reuniões sociais;
  • Utilização de praças e outros locais públicos para a prática de esportes e atividades que provoquem aglomerações.
Doria anuncia Plano São Paulo para a retomada consciente a partir ...

Explicando o inexplicável ( as etapas )

Na fase 1, vermelha, que é a fase de contaminação e de abertura somente de setores considerados essenciais [logística, segurança, abastecimento e saúde], encontram-se as cidades que compõem as regiões da Baixada Santista, de Registro e da Grande São Paulo, com exceção da capital paulista. Por isso, essas cidades continuarão em quarentena até pelo menos o dia 15 de junho e não poderão dar início à retomada econômica neste momento. Nessas três regiões, o sistema de saúde está pressionado por altas taxas de ocupação de UTI e avanço de casos confirmados de pacientes com covid-19.

Já a capital paulista, juntamente com Marília foi colocada na fase 2, laranja, de controle, e já poderá dar início à abertura controlada de shoppings centers, comércio, imobiliárias e concessionárias. Na fase 2 encontram-se também as regiões de Campinas, Taubaté, Piracicaba, São João da Boa Vista, Ribeirão Preto, Franca, São José do Rio Preto, Araçatuba, e Sorocaba. Segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, a abertura na capital não deve ser iniciada no dia 1º de junho, já que a prefeitura vai começar a receber, a partir deste dia, propostas dos setores para como deve ocorrer a abertura. “Só quando essas propostas estiverem assinadas é o que o setor poderá reabrir. A partir do dia 1º de junho, a discussão começa a ser ativada na prefeitura de São Paulo”.

“A fase 2 é de controle, onde temos ainda medidas restritivas mas já é possível iniciar uma flexibilização com medidas mais restritivas em alguns setores com menor risco à saúde”, disse Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico. “Na fase 2, já iniciamos uma abertura com restrições de atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio e shopping center. A ideia é que isso seja feito com restrição de fluxo de horários e também com medidas rígidas de distanciamento. No caso de shopping center, fluxo em torno de 20% da capacidade original, respeitando distanciamento de um metro e meio e funcionamento com horário reduzido de quatro horas nessa etapa e limitação do uso da praça de alimentação”.

Na fase 3, amarela, de flexibilização, poderão ser abertos também salões de beleza e bares e restaurantes. Mas sempre obedecendo critérios que foram estabelecidos pelo governo paulista e que serão pactuados pelas prefeituras e as entidades e associações setoriais. Nesta fase se encontram as regiões de Bauru, Araraquara/São Carlos, Barretos e Presidente Prudente.

Nenhuma região do estado ainda se encontra nas fases 4 ou 5. A fase 4, verde, de abertura parcial, prevê ainda a liberação de academias. Na fase 5, azul, de normal controlado, serão abertas todas as atividades econômicas do estado, inclusive cinemas, teatros e eventos esportivos, por exemplo. “Incluímos uma quinta fase pela razão de que, infelizmente, enquanto não houver vacina ou a cura da doença, teremos que conviver com o que chamamos de normal controlado. Quando chegarmos nessa fase, de tudo em funcionamento, sem cura ou vacina, ainda será um funcionamento com medidas rígidas de higiene e de distanciamento social”, disse a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.

O Plano SP não previu como será a retomada das escolas e das aulas. Isso, segundo o governador, ainda está em fase de estudo e será anunciado em breve.

Cada uma das fases é determinada pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes contaminados pelo coronavírus e o número de novas internações no mesmo período. Uma região só poderá passar a uma nova etapa após 14 dias do faseamento inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis. Caso haja redução dos níveis, a região poderá voltar a uma fase anterior.

A grande preocupação passa a ser com o surto ocorrido em um supermercado local que contaminou até ontem 13 funcionários, mas, que poderá expandir de forma expressiva nos próximos dias devido aos contatos ocorridos e, que com isso poderá influenciar em uma decisão negativa por parte do governador.

DIRETO DA REDAÇÃO.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.