Foi realizada na última segunda feira, a 119ª sessão ordinária da 3ª legislatura da 19ª legislatura da câmara municipal de Marília, sendo a última do ano 2019.

Conforme noticiamos anteriormente, cerca de 25 projetos constavam e foram apreciados pelos nobre edis, sendo dois projetos como objetos de deliberação, uma discussão do parecer do tribunal de contas do Estado de São Paulo e outras 22 matérias legislativas.

SESSÃO DOS HORRORES

Após uma sessão que durou mais de 07 horas de duração chegando a invadir madrugada afora os vereadores aprovaram desde doação de áreas por uma questão de legislação eleitoral até criação de cargos atendendo a solicitação do Prefeito Daniel Alonso. Foram aprovados 11 cargos na Emdurb, 8 na Codemar, 3 no DAEM e 1 na administração direta.

Um dos projetos mais polêmicos da noite e, que exigiu exaustivos discursos em tribuna foi a aprovação das contas da prefeitura municipal do ano 2015, durante a gestão do ex prefeito e atual deputado Vinicius Camarinha, que contava com o parecer favorável do Tribunal de contas, mas, com questionamentos da comissão de finanças e orçamento. O resultado foi de 10 à 03 a favor da aprovação.

Outro projeto aprovado por unanimidade de votos, os vereadores também aprovou gratificação mensal de R$ 1.000,00 a PMs em atividade no trânsito da cidade, a título de pró-labore e mediante convênio do Município com o Estado. O pagamento será efetuado pela Prefeitura até o 15º dia útil do mês subsequente ao trabalhado, seguindo cronograma estabelecido pela própria corporação militar. Com isso, a fiscalização de trânsito deverá ser reforçada e com certeza a quantidade de multas irá aumentar consideravelmente.

A REVOLTA DO POVO

Já adentrando a noite de terça feira, a votação que gerou uma péssima repercussão junto a população nas ruas e centenas de manifestações nas redes sociais ( Facebook e grupos de WhatsApp) se deu por conta do aumento no salário dos próprios vereadores.

A Câmara aprovou, também por unanimidade, projeto que fixa os subsídios dos vereadores para a próxima legislativa – 2021/24. A correção aplicada sobre os valores atuais ficou no meio termo e foi de 29%. Sendo assim, o contracheque dos vereadores passará de R$ 6,7 mil para R$ 8,670.

Na tarde de ontem, nossa reportagem foi ás ruas e ouviu a população a respeito do assunto. Conversamos com a dona de casa M.C.S de 58 anos que reprovou a decisão; “Revoltante. Ninguém teve um reajuste desse. É uma vergonha a cidade abandonada com tanta coisa pra fazer e eles se preocupando com os salários. Sou contra”, declarou.

Ao ouvir o comerciante L. S. G.O, de 62 anos a opinião foi a mesma; ” Não vejo a necessidade de um aumento tão exorbitante em um momento de dificuldade econômica de nosso país. O comércio você esta vendo aí, está tudo parado e a gente tem que pagar os impostos em dia, senão é punido e o dinheiro vai pra onde ??? Para pagar o salário deles ??? Vc tem a resposta ?? Questionou ele.

O Vendedor ambulante N. A. P de 46 anos comentou; ” olha, eu não gosta de comentar sobre politica aqui nesta cidade, senão a gente paga o pato, mas, eu acho que foi errado. Eu tenho que trabalhar acho que o ano inteiro pra ganhar esse salário. Acho que não é justo”, disse o mesmo.

O aposentado J. D, de 62 anos reclamou; “Como pode eles aprovarem um reajuste desse se eu como aposentado nos últimos 05 a 08 anos não tive um aumento desse. É uma vergonha isso !!! Nossa cidade está abandonada e eles fazem o querem e ninguém faz nada. Virou uma cidade sem lei”, frisou ele encerrando nossa matéria nas ruas.

Tentamos um contato com pelo menos 03 vereadores para suas justificativas, mas, infelizmente não obtivemos retorno. Em off, conseguimos apurar que, não está descartada a convocação de uma sessão extraordinária ainda para este ano, onde a pauta não foi divulgada. Nos bastidores comenta-se sobre a possível votação no numero de vereadores para a próxima legislatura.

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