A notícia já viralizou nas redes sociais e já foi manchete também em outro portal de noticia nesta quarta feira (16). O ex-vereador João dos Santos Diniz Neto, o popular João do Bar (PP) que não foi reeleito, e, por esta razão entrou com uma ação contra prefeitura para receber uma indenização trabalhista, acaba de ser nomeado pelo prefeito Daniel Alonso como assessor de gabinete da secretaria municipal de agricultura, pecuária e abastecimento, coincidentemente próximo à pouca distância de sua casa.

Para quem não se lembra, O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA possui um rico e valioso arquivo onde encontramos nos registros que, logo após o resultado negativo das urnas, que não lhe concedeu o direito de retornar ao cargo, o mesmo ingressou com ação na Justiça querendo  receber nada mais, nada menos que R$ 62.702, 84 da Câmara de Marília a título de 13°  salário e férias referentes à legislatura 2017/2020.

O fato é que ele já saiu vencedor, pois, segunda a Vara da Fazenda de Marília decidiu o ex-vereador João dos Santos Diniz Neto, o popular João do Bar (PP) que não foi reeleito, tem sim o direito a engordar sua conta bancária em mais de R$ 90 mil a título de 13º salário e férias, mais adicional de um terço do valor, por ter exercido o cargo de vereador na Legislatura de 2017 a 2020. Parece incrível, mas, é verdade.

Um escárnio político

Na ocasião a decisão do vereador causou uma revolta e indignação da população, um verdadeiro escárnio político que abriu precedente para que outros vereadores façam o mesmo. Verdade é, que o também vereador Mauricio Roberto também entrou com uma ação. João do Bar obteve este ano 1629 votos e não foi reeleito, ficando apenas como primeiro suplente no PP, que elegeu Rogério das Graças, o Rogerinho e o dentista Élio Ajeka.

Em suas justificativas, o ex edil alegou ter exercido o mandato sem afastamentos ou interrupções, afirmando que durante a vereança, não recebeu 13º salário, nem gozou de férias anuais. A decisão foi considerada legal, no entanto viralizou nas redes sociais na tarde de hoje como “imoral”, pela ótica dos internautas que se manifestaram, não só pelo atual momento, mas, pelos precedentes que irão se abrir, como já citamos.

Para fundamentar ainda mais o seu pedido a defesa do comerciante e ex vereador desconsiderou ainda não haver previsão legal na legislação municipal para o pagamento. Nenhum dos outros 12 vereadores de Marília recebeu esse tipo de adicional. O subsídio – ou salário – é de R$ 6.718 mensais, que foi mantido após forte mobilização da população, pois, para os que esqueceram, houve uma sessão polêmica onde foi votado o reajuste dos salários em quase 30%.

A nomeação foi publicada no DOMM ( Diário Oficial do Município de Marília ) juntamente com outras duas nomeações, sendo uma para secretaria de direitos humanos e outra para Turismo e trabalho, fazendo parte do festival de nomeações ocorridas nos últimos 20 dias para outras secretarias. A lembrança nos remete ao discurso de campanha do gestor expertise que sempre afirmou “Sou contra cargos comissionados”, mas, pelo visto, em ano eleitoral, ele mudou de opinião.

O comerciante João do Bar, quase retornou à Câmara Municipal em uma negociata envolvendo o vereador Rogerio das Graças (Rogerinho-PP) que outubro de 2021 quase assumiu o DAEM, onde inclusive chegou a sentar na cadeira, mas, foi impedido pela inconstitucionalidade de seu pedido de afastamento que na realidade deveria ser de renuncia. Com isso João do Bar que já estava com o terno pronto para reassumir, ficou de fora.

Nomeado como assessor de gabinete da secretaria municipal de agricultura, pecuária e abastecimento, João do Bar está inserido como cargo de comissão C-2 ou seja; com uma remuneração aproximada hoje de pouco mais de R$ 3,5 mil reais e compõe o festival e nomeações que estranhamente vem ocorrendo. Seriam para fins de campanha eleitoral ?? Somente os próximos meses nos mostrarão..

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