Hoje o Brasil registrou a primeira morte causada pela variante ômicron da covid-19. O óbito foi confirmado pela secretaria municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, em Goiás.
A vítima era um homem de 68 anos que estava internado e era portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava vacinado com as duas doses do imunizante contra a covid-19 e a dose de reforço. O homem tinha tido contato com uma pessoa que havia testado positivo para a doença e cuja infecção pela variante já havia sido confirmada.
O secretário de Saúde da cidade, Alessandro Magalhães, reforçou a necessidade de vacinação acompanhada do uso da máscara, da correta higiene das mãos e do distanciamento social sempre que possível: “Nós perdemos um paciente vacinado, mas que tinha problemas crônicos de saúde, que são importantes fatores de risco da covid-19. Infelizmente, ele não resistiu. Uma vida perdida em meio a milhares salvas pela imunização”.
Ele também disse que o programa de vigilância genômica do município detectou a disseminação da variante ômicron, apesar de a delta ainda ser predominante. “Na semana epidemiológica 48, de 2021, a prevalência da variante delta era 100%. Já na semana 52, última do ano, alcançamos 93,5%”, explicou.
Ômicron pode ser menos grave, mas não é leve, diz chefe da OMS
A variante ômicron do coronavírus, que é mais infecciosa, parece provocar formas menos graves da doença do que a delta, mas não deve ser classificada como “leve”, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (6).
Durante uma entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.
Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho. Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.
Falando na mesma coletiva em Genebra, o conselheiro da OMS, Bruce Aylward, disse que 36 nações nem mesmo alcançaram 10% de cobertura de vacinação. Entre os pacientes graves em todo o mundo, 80% não foram vacinados, acrescentou.
Aumento nas infecções
A OMS afirmou, também nesta quinta-feira, que o número de novos casos de Covid-19 atingiu um pico na última semana, com um aumento de 71% em relação à anterior.
Segundo a organização, já vinha sendo observado um aumento gradual nas infecções desde outubro, mas que o registrado na semana de 27 de dezembro a 2 de janeiro foi sem precedentes. Apesar do aumento nos casos, o número de novas mortes diminuiu 10%, segundo o boletim da OMS.
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