Chegar aos 50 anos com saúde já não é mais um problema para a maioria das pessoas, mas uma coisa é certa: os cuidados devem se intensificar a partir dessa idade.


As mulheres, que começam a sentir os efeitos da menopausa, precisam fazer exames regulares para identificar possíveis sintomas do câncer de mama e também têm de cuidar mais da saúde dos ossos.


Os homens também são acometidos pelo avanço da idade. A partir dos 50 anos, eles precisam fazer exames anuais capazes de identificar precocemente o câncer de próstata, segunda principal causa de morte entre o público masculino depois do de pulmão. Para que tomem consciência da importância da prevenção, foi instituído o “Novembro Azul”, mês dedicado a falar sobre a doença.


O câncer de próstata, quando detectado no início, tem 90% das chances de cura. Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), um levantamento do Instituto estima que foram de 68.220 novos casos da doença em 2018. Contudo, muitos homens acabam deixando os exames de lado por puro preconceito e descobrem o problema quando já está em um estágio avançado.


Todo dia é dia de cuidar da saúde. Mas o mês de novembro vem se tornando uma ocasião especial para focar na prevenção de algumas doenças. Como está se tornando tradicional nos últimos anos, a campanha Novembro Azul visa chamar a atenção do público masculino com relação ao diagnóstico precoce do câncer de próstata.


Tabu


O principal motivo que faz com que eles evitem a visita ao médico é o exame de toque, responsável por detectar qualquer alteração na próstata. O exame de toque e apenas complementar ao exame de sangue, chamado PSA, que identifica algumas enzimas produzidas pela próstata no sangue e ajuda no diagnóstico do problema, mas não é eficiente sozinho.


Tendo em vista que boa parte dos homens não realiza os exames para detecção de alterações nessa glândula, o câncer acaba se tornando mais difícil de ser descoberto na fase inicial, diminuindo sua chance de cura. O medo e a ansiedade com relação a tal diagnóstico podem, inclusive, influenciar ainda mais o imaginário masculino, trazendo condições sérias, como a depressão.


O temor não é instaurado nesses indivíduos apenas pela possibilidade da morte, mas, sim, pelas limitações físicas que os tratamentos, por vezes, acarretam, como a diminuição da capacidade de ereção, cansaço e até mesmo a retirada dos testículos.


Por esse motivo, a mente precisa estar sã para que o tratamento seja o menos doloroso possível, além de o apoio de familiar e profissional ser essencial no enfrentamento dessa batalha.


A incidência da doença é mais comum depois dos 50, mas se houver casos na família, o risco de aparecimento precoce é maior. Os exames são recomendados anualmente, mas o médico urologista é o mais qualificado para determinar a frequência de visitas. O acesso à informação, o apoio da família e as campanhas de conscientização como o “Novembro Azul” têm ajudado os homens a procurarem os consultórios, fazendo com que o assunto deixe de ser um tabu.

Tratamento


Durante o tratamento, é importante que o profissional e o paciente discutam sobre questões relativas a virilidade e a masculinidade, para que os pensamentos possam ir além da concepção familiar e social, além de permitir que o indivíduo se redescubra nesse novo contexto.


Um dos tratamentos mais modernos para o câncer de próstata é a cirurgia robótica, procedimento minimamente invasivo com alto nível de precisão e segurança. O sangramento é menor que em casos de cirurgia convencional, a recuperação é mais rápida e o tempo de utilização de sonda na uretra também é reduzido. Com essa cirurgia, os pacientes têm 5% menos chance de ter problemas de incontinência urinária alem de minimizar os riscos de disfunção erétil.


Mente e corpo contra o câncer de próstata


Em vista dos avanços tecnológicos e novas descobertas aplicadas aos tratamentos, a chance de cura sobre o câncer de próstata tem se tornado cada vez maior. Assim, o que antes era uma ‘sentença de morte’, hoje pode ser encarado como um duro enfrentamento para a recuperação da saúde, porém passível de grande chance de vitória.


Entretanto, mesmo após a notícia da cura, é imprescindível que o acompanhamento com um especialista continue, pois a pessoa precisa compreender sua realidade atual e até mesmo como conviver com possíveis sequelas do quadro.

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