Antes de qualquer comentário negativo ou pejorativo deixamos bem claro que; nosso departamento de jornalismo é bem consciente de que este não é o momento para esta discussão. Existem prioridades a serem elencadas e resolvidas em nossa cidade, como por exemplo: médicos nos postos de saúde, remédios nas farmácias, eficiência na manutenção da malha viária e limpeza da cidade, a histórica falta de água em todas as regiões, criação de emprego e renda e o mais importante; projetos de inclusão social e habitação de intesse social.

O turismo ´e uma grande ferramenta para gerar emprego e renda, atrair recursos e por incrível que pareça solucionar até problemas de mobilidade urbana, aliás um grande gargalo do município quando se fala em interligação entre as regiões da cidade. A verba do turismo é uma verba carimbada e portanto, havendo projetos existirão fontes de recursos na esfera estadual e federal. Em assim sendo, sanada as prioridades, se faz necessário um olhar mais técnico da administração municipal para os nossos itambés para exploração turística usando a temática da terra dos dinossauros como já citamos aqui e também explorando de forma otimizada a mobilidade que poderia ser implantada em forma de PPP.

A mistura da aventura com a praticidade com a relevante importância do fator tempo. Marília é uma cidade localizada naquilo que chamamos de itambés. O acesso da zona norte com a zona leste ou zona sul com a oeste, entre outras, é uma grande questão de mobilidade a ser enfrentada em razão do crescimento desordenado. Umas das alternativas é sem duvida nenhuma, uma grande solução até mesmo para a exploração turística. Estamos falando do Bondinho. Antes é bom relembramos a história deste importante dispositivo de transporte.

Seria uma incoerência não citarmos o mais famoso do Brasil. Estamos falando do  bondinho do Pão de Açúcar, que foi construído por meio de uma ousada operação, que levou três anos (1909-1912) e envolveu cerca de 400 pessoas. Para construir a estrutura, alpinistas escalaram os morros da Urca e do Pão de Açúcar, com equipamentos em mochilas, e operários se arriscaram na edificação das estações a 400 m de altura. Em 2012, a construção do bondinho do Pão de Açúcar completou 100 anos e fez parte das comemorações do centenário de abertura dos portos cariocas. Na época, o bondinho do Pão de Açúcar custou 2 milhões de contos de réis, valor que, calculado nos dias atuais, significa mais de R$ 100 bilhões.

O que são bondinhos?

É uma Cabine que carrega pessoas ou coisas de um local para outro, geralmente, está suspensa por cabos; funicular ou teleférico.

Qual a diferença entre bondinho e teleférico?

Que faz o transporte de alguma coisa a distância; que transporta algo ou alguém de um local para outro; diz-se dos cabos teleféricos. Cabine que, suspensa por cabos, carrega pessoas ou coisas de um local para outro; funicular aéreo ou bondinho.

Como funciona o teleférico?

O teleférico é um tipo de transporte aéreo de pessoas ou materiais por meio de cabos. … Os teleféricos modernos são movidos à energia elétrica. Normalmente, são utilizados dois terminais: um em cada extremidade do teleférico; são usados para embarque e desembarque e para acionamento do movimento dos cabos.

Qual o maior teleférico do Brasil?

Serra de São Domingos. O teleférico que leva à Serra de São Domingos é considerado o maior do país, com percurso de 1.500 metros e torres que chegam a 20 metros de altura.

Qual o teleférico mais alto do Brasil?

O Teleférico de Campos do Jordão é o mais alto do Brasil. Altitude do Morro do Elefante são de aproximados 1.800m, entre o início do percurso até seu topo no Morro o Teleférico alcança 160 m de altitude tendo assim uma vista privilegiada de boa parte da cidade.

Para que serve o teleférico?

O teleférico é um meio de transporte bastante utilizado em locais íngremes, como montanhas e florestas, pela sua adaptação a terrenos acidentados e pela sua facilidade em transpor vales e cumes de montanhas, onde a instalação de outros meios de transporte seria bastante difícil.

Turismo amplia demanda por teleféricos com retomada pós-pandemia

A demanda por instalação de teleféricos está em alta no Brasil desde o segundo semestre do ano passado, após a retirada gradual das restrições a mobilidade impostas pela pandemia da covid e a retomada das atividades turísticas, segundo a consultoria paulistana Elevei, especializada neste nicho de mercado. Atualmente a estimativa é de que o país tenha cerca de 50 maquinas em empreendimentos turísticos, que tem um poder de multiplicar esse número para 200, diz Helder Paiva, dono da Elevei.

Tem um frase no setor que diz, “Todo prefeito que instala um teleférico é reeleito”. A maquina não muda só a paisagem de uma cidade , mas, melhora o movimento de turistas. Com impacto em toda a economia.

Atualmente a Elevei participa de 4 projetos no estado de São Paulo e que ainda estão em fase adiantada de estudos; Guarulhos, Mairiporã, Itapecerica da Serra e São Roque são as cidades que podem ganhar um Teleférico.

O estado já conta com máquinas em cidades como :  Atibaia, Campos do Jordão, Aparecida do Norte,  Serra Negra, São Vicente, Presidente Prudente, Pedreira, São José do Rio Preto ( que será reformado ), Cotia ( Começou a montar ) , Itu e São Bernardo do Campo (2).

Bondinhos solucionam mobilidade urbana em cidades com morros

Implantação de teleféricos é considerada mais barata que soluções viárias em regiões montanhosas

A imagem de bondinhos pendurados em um cabo subindo uma montanha era vista apenas como opção de turismo até pouco tempo atrás. No entanto, o lançamento bem-sucedido de teleféricos em algumas cidades movimentadas e de topografia acidentada indica que esse tipo de transporte pode ser uma solução viável para a mobilidade urbana.

A principal vantagem é a capacidade de subir morros íngremes por uma fração do custo de investimento de um novo túnel ou ponte. Os bondinhos também costumam ser mais rápidos de implementar do que novas estradas e são de fácil manutenção.

O sistema permite que os passageiros fujam do tráfego intenso e reduzam o tempo de deslocamento em terrenos montanhosos. Os bondinhos apresentam design moderno, com conforto térmico, e são alimentados por eletricidade, sem emissão de gases de efeito estufa. Além disso, oferecem uma boa vista da cidade.

A posição aérea dos bondinhos possibilita a fácil integração à paisagem urbana, sem encontrar obstáculos no chão e com a ocupação de pouco espaço urbano. O teleférico fornece um serviço que se move continuamente e é acessível a passageiros com mobilidade reduzida e a cadeirantes, pois o piso da cabine está nivelado com a plataforma.

Para a implantação do sucesso do modal em novos locais, é necessário fazer a integração com as redes de transportes já existentes e definir tarifas adequadas e acessíveis para a população, especialmente comunidades carentes que costumam habitar morros e encostas.

Um estudo do Banco Mundial sobre teleféricos urbanos observa que a duração média da viagem para o sistema atual é de 2,7 km, com estações a cada 800 metros. Eles geralmente atingem velocidades entre 10 e 20 km/h e transportam até 2 mil pessoas por hora em cada direção.

A maioria dos teleféricos urbanos fica pendurada em um cabo acima, embora alguns também sejam puxados por um acessório na parte de baixo. Em ambos os casos, os fundamentos da tecnologia são aproximadamente os mesmos. Na sua forma mais simples, um longo cabo de aço gira entre as polias em cada extremidade do percurso.

De qualquer forma, os teleféricos são uma opção para os planejadores de transporte urbano. Os bondinhos não são uma alternativa ao transporte de massa de alta capacidade, porém oferecem uma solução complementar que poderia ajudar muitos moradores isolados nos morros a acessarem empregos e oportunidades na cidade.

Diante do exposto, nesta edição, a MARILIA CENTENÁRIA questiona; “Por que até hoje, não se cogitou a possibilidade de se instalar bondinho ou teleférico interligando as regiões da cidade ? Leva-se em consideração que tal serviço também pode ser feito através de concessão a exemplo do que ocorre com o precário transporte coletivo da cidade. Em verdade vos digo: Marília tem político demais, o que falta são os mesmos discutirem políticas públicas para contemplar a cidade ao invés de só subirem na tribuna para discursos entusiastas ou politiqueiros na defesa do interesse deles ou do prefeito de plantão. É mais uma ideia da MARILIA CENTENÁRIA, pensando a cidade que queremos em nosso centenário.

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