Estudantes fazem ato em frente à entrada principal da USP, zona oeste de São Paulo. Alunos protestam contra os cortes na educação e a reforma da Previdência – 15/05/2019 (Bruno Rocha /Fotoarena/Fotoarena)

Nesta quarta-feira, às 15h, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, vai ao Congresso explicar contingenciamento das verbas da pasta.

Alunos, professores e funcionários de diversas instituições de ensino fazem uma paralisação nesta quarta-feira, 15, em protesto contra os cortes de verbas na educação.

Na Universidade de São Paulo (USP), instituição estadual que foi afetado com as reduções de despesas para bolsas de pós-graduação, manifestantes fecham uma das entradas da Cidade Universitária e parte das vias no entorno da sede principal da instituição, no Butantã, na Zona Oeste da capital paulista. Às 14h, está previsto um protesto na Avenida Paulista, próximo ao vão do Masp.

Em Fortaleza, as ruas do bairro do Benfica amanheceram fechadas por protestos de estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC). Segundo a CUT, o protesto na região envolveu cerca de oitenta estudantes. No Distrito Federal, estudantes de medicina da Universidade de Brasília (UnB) fazem o protesto com atendimentos médicos para a população na rodoviária da capital federal.

Em Belo Horizonte, o ato começou no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), na avenida Amazonas, bairro Nova Suíça, na Zona Oeste da cidade. As manifestações miram a decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de contingenciar gastos do MEC com universidades e programas de pós-graduação. Em alguns locais, as bandeiras também incluem críticas à reforma da Previdência.

De acordo com o governo, os cortes são necessários, em razão do déficit fiscal nas contas públicas. Parte dos cartazes em protestos cita a expressão “balbúrdia”, usada por Weintraub na primeira declaração pública sobre a necessidade de contingenciar – cortes que podem ser posteriormente revertidos – gastos. Naquele momento, o ministro citou apenas três universidades, a UnB, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), que teriam suas verbas reduzidas por fatos ocorridos em dissonância com o que ele acredita ser os objetivos das instituições.

Em meio aos protestos, às 15h, Abraham Weintraub deverá comparecer à Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos. Ele já iria ao Legislativo, na Comissão de Educação, mas uma derrota do governo transformou o convite em convocação (não pode ser recusado) e transportou a sabatina para o Plenário, onde participam os 513 deputados. A convocação foi aprovada por 307 votos a favor e 82 contra.

Paralisação

Em nota divulgada na terça-feira 14, a União Nacional dos Estudantes (UNE) estimou em 82 as instituições, entre universidades públicas, privadas e institutos federais, que estarão paralisadas ao longo desta quarta-feira. O protesto também deve ser realizado por professores de redes estaduais e municipais de educação.

Enquanto em São Paulo noticias extra oficiais apontam para a paralisação inclusive de algumas empresas de transporte coletivo, em Marília, o movimento parece calmo, no entanto, não ausente, ou seja, haverá sim mobilização e manifestações pelas ruas da cidade.

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